quinta-feira, 17 de abril de 2014

Astrônomos descobrem 1.º exoplaneta habitável semelhante à Terra

Agências internacionais
WASHINGTON - Cientistas anunciaram a descoberta do primeiro planeta fora do sistema solar de um tamanho similar ao da Terra e onde pode haver água em estado líquido em sua superfície, o que o faria ser habitável. A novidade reafirma a probabilidade de que haja planetas irmãos à Terra na nossa galáxia, a Via Láctea. O trabalho, conduzido por um cientista da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, foi publicado nesta quinta-feira, 17, na revista científica Science.
O planeta recém-descoberto - REUTERS/NASA
REUTERS/NASA
O planeta recém-descoberto
"É o primeiro exoplaneta (planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol) do tamanho da Terra encontrado na zona habitável de outra estrela", explicou Elisa Quintana, astrônoma do centro de investigação da Nasa, que liderou as investigações. "A descoberta é algo particularmente interessante porque o planeta, batizado de Kepler-186f, orbita uma estrela anã vermelha (a Kelper-186), menos quente que o Sol, em uma zona onde pode haver água líquida."
De acordo com os cientistas, o planeta recém-descoberto tem 1,1 vez o tamanho da Terra, está na quinta posição contada a partir de seu sol e precisa de 129,9 dias terrestres para dar uma volta de torno de sua estrela - o que equivale a um ano.
Já a estrela anã possui aproximadamente metade do diâmetro do Sol terrestre e fica a 490 anos-luz da Terra. Essa zona é considerada habitável porque a vida, tal como conhecemos, tem possibilidade de se desenvolver no local, segundo os cientistas.
Para Fred Adams, professor de Física e Astronomia da Universidade de Michigan, "se trata de um passo importante na busca por um exoplaneta idêntico à Terra."
DO ESTADÃO

Post do Leitor: FHC, no governo, foi estadista; Lula, chefe de facção

O que diferencia os dois ex-presidentes? (Fotos: Ana Araujo//Tasso Marcelo)
Fazia tempo que não acontecia, mas hoje tenho o prazer de publicar mais um Post do Leitor do amigo do blog Mauro Pereira, representante comercial em Itapeva (SP)
FHC É O FLAGELO DO LULOPETISMO
POST DO LEITORPor esses dias, tive o prazer de reler excelente artigo assinado por Carlos Alberto Sardenberg estabelecendo um comparativo entre os ex-presidentes do Brasil, General Ernesto Geisel e Luiz Inácio Lula da Silva. Com texto predominantemente didático e absoluto conhecimento do tema proposto, Sardenberg nos brindou com uma aula sobre as diferenças que tornaram Geisel e Lula iguais.
Ainda que louvando o fértil saber do articulista renomado, me permito a licenciosidade de percorrer a contramão do seu raciocínio e apontar algumas das diferenças que mantiveram Fernando Henrique Cardoso e Lula diferentes.
Talvez a única semelhança entre eles se expresse no fato de ambos terem desfrutado de dois períodos de quatro anos à frente do Executivo Federal, mas até essa igualdade, beneficiada pelo princípio da naturalidade, se esvai na decisão do então ministro da Educação, e atual prefeito de São Paulo inventado por Lula, proclamando que nem sempre o resultado de quatro mais quatro é oito.
Baseado nesse inovador conceito matemático, entendo ser perfeitamente honesto presumir que os próprios petistas se incumbiram de mantê-los diferentes, o que pode ser creditado como uma das maiores contribuições de Fernando Haddad para o enriquecimento da biografia de FHC.
As diferenças
Vou passar o mais distante possível de qualquer avaliação individualizando a produção intelectual ou a formação acadêmica, pois seria pura perda de tempo. Uma eternidade os separa. Acho menos acachapante iniciar este breve paralelo a que me propus invocando o respeito que devotaram à instituição Presidência da República.
Se FHC restituiu a esse símbolo nacional sua importância e sua dignidade depauperadas pelas passagens devastadoras de Geisel, Sarney e Collor com a postura de chefe de Estado, Lula, no entanto, o remeteu de volta àquele período sombrio vulgarizando-o com o comportamento de chefe de facção. As desigualdades poderiam muito bem ser sintetizadas apenas nesse episódio específico que por si só já seria cabal, mas o exemplo utilizado, como poderemos constatar, é só uma pequena amostragem.
Se FHC revolucionou as comunicações abrindo o caminho para a popularização do telefone, até então privilégio reservado aos ricos, e estruturou o país para ingressar na modernidade da internet que batia à porta, Lula, por sua vez, acenou com uma bolsa-banda larga que não saiu do papel e, em nome de uma estranha democratização da informação, buscou o tempo todo censurar a imprensa.
Se FHC deixou como legado os fundamentos de uma política econômica vitoriosa que derrotou a inflação estratosférica que prejudicava somente os mais pobres e cuja estabilidade propiciou a reintegração do Brasil ao convívio das nações desenvolvidas, além de garantir o retorno dos investimentos internacionais em praticamente todos os setores da produção, Lula, como contrapartida, legou à sua sucessora um buraco enorme nas contas federais que está inviabilizando a administração da presidente Dilma Rousseff e desacelerando as obras do PAC, festejadas, ressalte-se, somente nas propagandas oficiais e nos confins do Brasil Maravilha registrado em cartório, território este habitado apenas pelo lulopetismo delirante.
Se FHC, apesar de algumas derrapadas infelizes, destacando-se o advento da reeleição, que na minha opinião não deveria ter acontecido, registre-se, e a infeliz declaração de apoio à liberação do consumo da maconha, ainda assim é reconhecido até hoje por sua preocupação com os ditames constitucionais e pelo relacionamento respeitoso com os outros dois Poderes, Lula, por sua vez, ganhou notoriedade pelo pouco apego à Constituição, pelo descarado aparelhamento do Judiciário e pela determinação de suprimir o Legislativo. Se não conseguiu, andou bem próximo disso.
Se FHC se empenhou em criar uma malha de proteção social, Lula se incumbiu de instalar uma rede de servidão eleitoral.
Do comportamento humano à lisura no desempenho político
Concluindo, a diferença entre Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva se revela contundente em todos os aspectos passíveis de análise, desde o comportamento humano à lisura no desempenho político, passando pela celebração da ética até ao exercício da competência, culminando no estadista que FHC foi sem nunca ter reivindicado e que Lula, descartando-se a vassalagem, sempre quis ser sem jamais ser reconhecido.
Se FHC é criticado por seu muito ter sido pouco, Lula o contrapõe por seu pouco ter sido muito. Simplificando, é mais edificante saudar o pouco concreto e realizado do que recorrer à exuberância manipulada do muito, abstrato e malandro, que se materializa apenas no inferno improdutivo das boas intenções. Simples. Não para os petistas, é óbvio.
DO RICARDO SETTI-REV VEJA

O miliciano do PT que insultou Joaquim Barbosa culpa VEJA por ter acabado de perder o emprego e a pose de valentão

O site do Correio Braziliense divulgou há pouco uma boa notícia: O assessor parlamentar da deputada federal Érika Kokay que hostilizou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na saída de um bar na Asa Sul, Rodrigo Grassi pediu exoneração do cargo. Ao Correio, ele contou que tomou a decisão após o vídeo que ele postou na internet ter sido usado como forma eleitoreira nas redes sociais para prejudicar a deputada. Pilha, como é conhecido, vai se dedicar à militância e pode ainda abandonar o Partido dos Trabalhadores, ao qual é filiado desde a adolescência, para militar com isenção.
Confira a abertura e o primeiro tópico da nota produzida por Grassi para explicar a opção involuntária pelo desemprego. O colunista faz dois apartes entre parênteses e em negrito.
Em atenção à notícia mentirosa e covarde veiculada pela revista Veja em 10/04/14 e propagada pela imprensa e redes sociais sobre a minha participação em ato de protesto contra o ministro Joaquim Barbosa, informo: (A notícia foi veiculada pelo site de VEJA.  Como atesta o vídeo que ilustrou o post, o que se vê não é um ato de protesto. É uma sequência de agressões verbais promovidas aos berros por um grupelho de boçais filiados ao PT)
1) Jamais fui procurado pelo repórter da Veja para falar a minha versão sobre tal manifestação, nem antes e nem após a matéria ser publicada; (Não foi necessário ouvir o meliante. Dias antes do berreiro insultuoso na rua de Brasília, o adorador de Dirceu tratou de incriminar-se em outro vídeo. Disse o suficiente para virar criminoso confesso)
Nos itens seguintes, a verdade, a lógica e a sensatez são submetidas a uma selvagem sessão de tortura. No fecho de duas linhas, o besteirol é besuntado com um pensamento de diário de debutante e uma bravata de soldado de videogame:
Não se volta quando a meta é a estrela!
Prefiro o risco e a dignidade da luta!
Com frequência, leitores da coluna afirmam que “tá tudo dominado”. Só estaria se a resistência democrática e o jornalismo independente tivessem capitulado. Há dias, uma reportagem de VEJA transferiu o deputado André Vargas para o noticiário policial, obrigou-o a renunciar à vice-presidência da Câmara e convidou-o a escolher entre a renúncia e a cassação. Agora, um fora da lei que se julgava condenado à impunidade perdeu o emprego e a pose de valentão por ter tropeçado no site de VEJA
O berreiro ambulante vai ficar longe das madrugadas de Brasília por algum tempo. O Brasil decente foi dormir um pouco melhor.
DO A.NUNES

NOVAS DENÚNCIAS DE ROUBALHEIRAS: DIREÇÃO PETISTA DA PETROBRAS PERSEGUIU ENGENHEIRO QUE SE OPÔS À FRAUDE, REVELA VIÚVA.

O engenheiro Gesio Rangel de Andrade foi "colocado na geladeira" na Petrobras por se opor ao superfaturamento da obra do gasoduto Urucu-Manaus, na Amazônia. A afirmação é de Rosane França, viúva de Gesio, que morreu há dois anos, vítima de ataque cardíaco.
Segundo ela, pessoas da estatal tentaram constranger seu marido a aprovar aditivos para a obra. Ele não concordou e foi exonerado do cargo, permanecendo por dois anos sem qualquer função.
Os gastos com o gasoduto Urucu-Manaus estouraram todas as previsões. A área técnica estimou a obra em R$ 1,2 bilhão, mas o contrato foi fechado por R$ 2,4 bilhão, após pressão das construtoras.
O gasoduto demorou três anos para ficar pronto e o custo chegou a R$ 4,48 bilhões. A estatal aprovou um aditivo de R$ 563 milhões para um dos trechos, praticamente o valor daquele contrato.
Com 663 quilômetros, o gasoduto transporta gás natural produzido pela Petrobras em Urucu até as termelétricas da Amazônia. O gás substitui parte do óleo diesel queimado pelas usinas, reduzindo o custo da energia.
Gesio era o gerente-geral da obra do gasoduto. Segundo Rosane, seu marido alertou Graça Foster, que ocupou o cargo de diretora de gás e energia, dos problemas.
A viúva não cita nomes, mas em e-mails enviados aos seus superiores, aos quais a reportagem teve acesso, Gesio reclama da diretoria de engenharia, comandava por Renato Duque, que negociava com as empreiteiras.
A Petrobras informou em nota que o gasoduto é um "empreendimento lucrativo" e que foi preciso "alterar a metodologia de construção devido às condições adversas na Amazônia". As construtoras não se manifestaram.
O TCU investigou o caso, mas não encontrou indícios de superfaturamento por conta da dificuldade de compará-lo com obras semelhantes. O órgão detectou falhas graves no projeto feito pela engenharia da Petrobras. O caso ainda está em análise. Folha de S. Paulo desta quinta-feira
SEMPRE TINHA ALGUÉM RECEBENDO “HERANÇA” NA PETROBRAS
Rosane França, 56 anos, diz que não sabe de casos de corrupção na Petrobras, mas que "sempre tinha alguém recebendo alguma herança". A família move uma ação trabalhista contra a estatal.
Leia trechos da entrevista:
Qual é a relação da sua família com a Petrobras?
Entrei para a companhia em 1980 e o Gesio já trabalha lá desde 1976. Casamos em 1986 e tivemos três filhos. Gesio fez carreira na Petrobras e se tornou referência na área de gás natural. Até que foi convidado para ser o gerente do gasoduto Urucu-Manaus.
O que aconteceu?
Foram realizadas três licitações. Duas foram canceladas por preços excessivos cobrados pelas construtoras, e a terceira foi feita à revelia do Gesio. É claro que tinha a pressão das empreiteiras, mas quando profissionais da sua empresa dizem que você tem que aceitar, é pressão interna. Ele recebia recados de que o projeto não andava por causa dele e algumas decisões foram impostas.
Por que Gesio era contra aditivos para a obra?
O preço que a Petrobras aceitou já estava superfaturado. Era mais caro do que fazer gasoduto na Europa com alemão trabalhando. Como ele ia assinar algo que seria contestado pelo TCU?
Quem estava pressionando o Gesio dentro da Petrobras?
Não vou citar nomes.
Ele soube de corrupção?
É claro que eu ouvia desabafos. Nunca soubemos de um caso de corrupção, mas é lógico que você percebe que fulano viaja com os filhos para fora do país três vezes por ano. Sempre tinha alguém recebendo uma herança.
Gesio foi exonerado do comando da obra do gasoduto no fim de 2007. Por quê?
Ele foi exonerado no meio da noite, quando o diretor de gás e energia [Ildo Sauer] saiu e antes do sucessor [Graça Foster] entrar. Ele ficou como consultor informal da nova diretoria por alguns meses até que foi afastado de vez.
Gesio alertou seus superiores --Ildo Sauer e Graça Foster-- do que estava ocorrendo?
Sim. O primeiro fazia parte da tropa de choque que queria brechar o superfaturamento da obra. Depois, ele informou o que estava ocorrendo para a nova diretoria.
O salário dele caiu? O que aconteceu com o padrão de vida da família?
Foi muito duro. No final, ele recebia 50% a menos. Foi nessa época que entramos com um processo na Justiça do Trabalho. Morávamos num apartamento alugado, mas tivemos que voltar para o imóvel que ele vivia quando era solteiro. Não sobrava dinheiro para trocar de carro. Ele chegava no estacionamento da Petrobras e o pessoal ficava sacaneando. "E aí, Gesio? Não vai trocar de carro? Tá na hora."
Por que ele não preferiu ignorar os problemas?
Ele era honesto. Era um homem humilde, que foi educado para ser honesto e sofreu muito por isso. Encontrou muitas pessoas que não eram assim. Ele queria fazer as obras pelo menor preço e foi colocado na geladeira.
Você pretende mover outro processo contra a Petrobras?
Ele pretendia processar a empresa por danos morais quando se aposentasse. Como o caso começou a vir à tona, estamos estudando essa possibilidade. Da Folha de S. Paulo desta quinta-feira