domingo, 17 de abril de 2011

Duas tradições: a libertária, que é a nossa, e a autoritária, que é a deles

Um ex-presidente da República, presidente de honra de um partido político, escreve um artigo em que afirma, entre muitas outras coisas, que é inútil o PSDB disputar o “povão” com o PT porque essa legenda aparelhou os sindicatos e os movimentos sociais. E se arma um grande carnaval. A marcha da estupidez se encarregou de deturpar o texto, de atribuir-lhe características demofóbicas, ignorando a crítica essencial. Um ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, sugere que a casa de cada brasileiro seja revistada pelo Estado em busca de armas, e é como se não tivesse dito nada. Escrevi ontem a respeito. Certas questões deste artigo requerem a leitura daquele. Por que as coisas são assim? Há uma explicação? Há, sim. E falarei a respeito, não sem antes apontar a mais recente tolice de Elio Gaspari, que, definitivamente, segue trajetória qualitativa oposta à dos vinhos.

Em sua coluna de hoje, escreve a seguinte nota:
FHC E O POVÃO
Nunca foi tão sábia a frase de FHC: “Esqueçam o que eu escrevi”.
Também ele investe no obscurantismo, na mentira e na pilantragem intelectual. Na repórter Daniela Lima se perdoa, ao menos, ao que parece (não sei quem é), a juventude. Ignoro que idade tem, mas a forma como junta palavras sugere uma trajetória ainda curta. Juventude e ignorância têm cura. Gaspari não tem. A propósito: FHC nunca disse aquela besteira, até porque não precisaria. Quem leu seus livros, não é o caso de Eremildo, sabe que não haveria razão para esquecê-los porque sua trajetória pública é compatível com eles. Agora volto lá ao primeiro parágrafo. Se Gaspari topar, a gente faz o seguinte: ele escreve um artigo provando que o ex-presidente teria de esquecer o que escreveu, e eu escrevo outro provando que não. Mas os dois têm uma obrigação: justificar a tese com trechos da obra. Só na base do achismo picareta, não vale. Porque aí eu perco.
Por que um texto que trata de uma questão política, histórica, sociológica vira um escândalo, e o que é, em si, um escândalo, é ignorado? Porque, meus caros, trata-se do choque de duas concepções de mundo, de dois eixos em torno dos quais se agregam valores, de duas escolhas. FHC cometeu a “imprudência” de escrever a palavra “povão”, um fetiche para esses esquerdistas endinheirados das redações, que foram treinados por petistas nas escolas - também eles, já escrevi aqui, de uma ignorância estupenda. O “povão” se torna uma instância sagrada - menos quando faz alguma coisa de que eles não gostam… -, fonte de saber natural. Confunde-se a força legitimadora da democracia com a verdade absoluta. Assim, aqueles que dizem representar esse “povão” são, por conseqüência, portadores dessa verdade.
Vocês são leitores de vários veículos de comunicação e acompanham o noticiário de TV e rádio. Já leram, viram ou ouviram alguma ponta de isenção ao menos na cobertura de manifestações dos chamados “movimentos sociais”? Não há! Estão todos dispostos a fazer justiça com o próprio teclado ou o próprio microfone. O “povão” a que FHC se refere, ESTÁ ESCRITO LÁ, são os movimentos aparelhados pelo PT - que, de resto, não representam o povo de jeito nenhum! Representam as próprias causas, nada mais!
A gritaria provocada pelo texto de FHC é compatível com o silêncio sobre a entrevista de Luiz Fux. Para quem não sabe, o ministro defende uma ação forte do estado para recolher armas. Ao pensar num modo de pôr em prática tal operação, não teve dúvida:
“Não [se] entra na casa das pessoas para ver se tem dengue? Tem que ter uma maneira de entrar na casa das pessoas para desarmar a população”.
Já chego às violações constitucionais contidas na sugestão. Quero continuar na minha questão central: por que o silêncio? PORQUE, INFELIZMENTE, ESTE PAÍS NÃO DÁ A MENOR BOLA PARA OS INDIVÍDUOS. Um dia depois da tragédia do Rio, quando começou essa besteira do desarmamento, afirmei que, por aqui, não se acredita no indivíduo nem para o bem nem para o mal. A tentativa de buscar uma razão coletiva, social, para justificar o ato tresloucado sugere que se considera inconcebível que alguém possa fazer aquilo. E, como vimos, pode. Ponto final.
Um membro da Suprema Corte Americana que dissesse algo parecido com o que disse Fux seria alvo de um processo de impeachment. Mas não haveria a chance de isso acontecer porque eles fazem por lá uma escolha correta: procuram não atuar nem como legisladores nem como “lobistas do bem” - é isto o que está fazendo Fux: um lobby daquilo que ele considera ser o “bem”. Será tão difícil assim convencer alguns dos nossos magistrados que a eles não cabe nem fazer o “bem” nem o “mal”? Não sendo bandidos, não são também justiceiros. A eles cabe fazer justiça decidindo segundo a lei. Ponto. Nota à margem: Fux defendeu com tintas literárias e dramáticas o aborto de fetos anencéfalos. É a opinião dele. Como o caso está em julgamento no Supremo, entendo que ele deveria ter-se calado a respeito. Ou então se declare impedido. É uma questão de decoro. Sobre qual outra questão ele pretende se posicionar antes do julgamento propriamente? Se pode especular sobre essa, por que não sobre outras?
A crítica que fez FHC à oposição é orientada por uma concepção de estado fundado no respeito à democracia, às liberdades individuais, às instituições. A reação bucéfala àquilo que escreveu e o silêncio absurdo que se segue à entrevista de Fux também têm história: é o sonho de um estado forte o bastante para ordenar também a vontade das criaturas, que possa processar uma reengenharia do homem, de sorte que ele se torne imune, preventivamente, a todos os desvios. No primeiro caso, acredita-se que a liberdade é um bem e que se chega a uma sociedade melhor por meio do esclarecimento. No segundo, entende-se que a liberdade é um risco.  FHC pode não ser um liberal, mas está falando de uma sociedade que é filha do liberalismo, que saiu daquela matriz. A sociedade que fizesse o que Fux sugere - e talvez derive daí o silêncio na tal “mídia” - seria filha, necessariamente, do fascismo ou do comunismo, que são menos distintos do que supõem alguns tontos: o primeiro queria para o estado o que o segundo pretendia que fosse executado pelo partido.
Liberalismo, fascismo e comunismo não existem mais hoje em dia em suas expressões puras, mas o código das idéias originais está presente nas várias correntes de pensamento que  andam por aí. Na imprensa brasileira - sim, há exceções -, temos uma esmagadora maioria de subprodutos intelectuais do fascismo e do comunismo.
Para encerrar
Quanto às teses do ministro Fux  sobre armas, Internet e plebiscito só para mulheres (ver texto de ontem), eu queria lembrar alguns incisos do Artigo 5º da Constituição, cláusulas pétreas. Eu sei que ele os conhece. Só estou deixando claro que nós também conhecemos.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial:
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Talvez Fux tenha imaginado uma fórmula originalíssima de pôr em prática as suas propostas sem violar o que vai acima. Ou, então, estará pedindo licença para violar a Constituição, mas só um pouquinho, só três incisinhos, pô!!! Pensem bem: se nem um ministro do Supremo pode mais violar a Constituição, gente!, aonde é que vamos parar??? Daqui a pouco, todos ainda acabam iguais perante a lei…
Por Reinaldo Azevedo
REV.VEJA

Amigos, assistam com atenção a esse vídeo.

Aécio Neves é pego em blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro.


O senador Aécio TRAÍRA Neves (PSDB-MG) teve a carteira de habilitação (CNH) apreendida na madrugada deste domingo durante uma blitz da Operação Lei Seca na avenida Bartolomeu Mitre, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria de Estado de Governo do Rio, Aécio estava com o documento vencido e se negou a fazer o teste do bafômetro.
Ainda de acordo com a secretaria, o senador foi multado. Entretanto, seu carro não foi apreendido, já que ele apresentou um condutor habilitado a dirigir. 
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Bem meus amigos, essa é a notícia, agora vamos ao lugar comum Brasiliensis Tupiniquinius..
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1- O Senador não vai passar nem uma semana sem carta.

2- Ele só foi pego e a notícia veículada porque é do PMDBosta, se ele fosse do PT certamente ganharia um ministério só pelo fato de estar dirigindo com a habilitação vencida, embriagado então, é candidatura a presidência da república na certa!!!

3 - O puliça que fez essa operação, deu a multa e apreendeu a carta do etílico senador, certamente vai levar um "bonde" e ir trabalhar em Cachoeira do Macacú. Isto é, se não armarem uma "casa de caboclo" para ele e conseguirem sua expulsão.

Em suma. 
O senador foi pego dirigindo com o fucinho cheio de cachaça e não vai dar em porra nenhuma.....Como sempre.....



Depois ficam querendo fazer campanhas para educação no trânsito...
Faz-me-rir..DO BLOG O MASCATE

Kátia Abreu: "eu sou da oposição".

A senadora Kátia Abreu (futuro PSD-TO), cotada para presidir o novo partido, em entrevista para a revista Veja:


As pessoas estão incomodadas em ser oposição? Eu particularmente não. Cresci muito na oposição porque na oposição você é obrigado a estudar ainda mais para debater. Na adversidade eu, Kátia, costumo crescer. Não tenho a mínima dificuldade de estar na oposição, mas compreendo que estar na base é vital para alguns políticos de regiões mais pobres do Brasil. Os recursos só saem pra quem está na base. A liberação das emendas deturpa e escraviza os parlamentares. 
 
No PSD a senhora ainda se considera uma senadora de oposição? Sim. Eu sou da oposição. Sabe por quê? Porque eu não apoiei a Dilma, então seria oportunismo meu dizer que agora eu vou apoiá-la. Eu vou apoiar o Brasil, vou apoiar todas as propostas que ela colocar na mesa e que estiverem em sintonia com os meus princípios. 
 
Até porque o eleitor elegeu a senhora pela oposição. Sim, eu não tenho o menor constrangimento de estar na oposição, em hipótese alguma. Claro que eu tenho vontade de ser governo um dia. Não gosto de sofrer, não. Gostaria muito de por meus projetos para o Brasil, que a gente pudesse colaborar, mas a gente participa na oposição também
.DO COTURNO NOTURNO

Como dizem no Rio, "perdeu, playboy".

O senador carioca, digo mineiro, Aécio Neves(PSDB) foi flagrado hoje, em blitz realizada no Leblon, Rio de Janeiro, com a carteira de habilitação vencida. Na oportunidade, às três da manhã, negou-se a fazer o teste do bafômetro. Além de ser multado em R$ 957,70 e de ter o documento apreendido,  só foi liberado porque chamou um amigo para retirá-lo do local,  na sua flamante Land Rover. Leia aqui.

DO BLOG DO CEL

Transposição: da festa ao abandono


As obras de transposição do rio São Francisco foram abandonadas. O projeto faraônico, que já consumiu milhões, transformou-se num cemitério piramidal. O clima de abandono contrasta com os áureos tempos gloriosos, nas vésperas das eleições, quando a obra recebia gigantescas comitivas lideradas por Lula e sua candidata
Foto: Ricardo Stukert/PR
Na época das eleições, Lula e a candidata Dilma foram ao sertão pernambucano explodir o Velho Chico para ganhar votos
Terezinha Nunes
Fonte: Blog do Jamildo

No dia 15 de outubro de 2010 o Brasil inteiro viu a festa-acampamento que o presidente Lula, acompanhado da então ministra e já candidata Dilma Rousseff, de governadores, ministros, 150 funcionários federais e 26 jornalistas, entre eles correspondentes no Brasil do The Economist, Der Spiegel, Le Monde e BBC, patrocinou no distrito de Porto da Barra, no município pernambucano de Sertânia, em comemoração às obras da Transposição do Rio São Francisco.

Não era para menos. Enquanto a comitiva se refestelava, saboreando, durante o jantar , camarão, filé, salada, risoto de parmezão e purê de alho poró e assistindo a um show do compositor Maciel Melo, 2.700 operários e centenas de máquinas se movimentavam dia e noite nos dois canteiros de obras de Sertânia: o canteiro 12 – próximo à sede do município – e o 11, em Porto da Barra, onde o Planalto montou o acampamento para o presidente e comitiva.

Neste momento, 17 meses depois que o Brasil conheceu a “Coluna Lula”, uma corruptela da “ Coluna Prestes”, com batizaram alguns órgãos de imprensa, pois o presidente andou com seu séquito por vários estados vendo as obras da transposição, a situação é exatamente oposta.
Foto: Evelson de Freitas /AE
O canteiro de obras da transposição do rio São Francisco, agora abandonado, teve até um surrealista tapete vermelho para receber o presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff
A festa deu lugar à desolação. Nos dois canteiros de Sertânia, onde o presidente, como está registrado nos jornais da época, pousou para fotografias ao lado de operários e de ministros como Gedel Vieira Lima, não há viv´alma para testemunhar o que aconteceu. Os 2.700 operários foram demitidos, as máquinas desapareceram e , nos dois locais, apenas 20 vigilantes restaram empregados e lá se encontram para evitar depredação.

Em outros canteiros da transposição em Pernambuco e em outros estados do Nordeste, o panorama é o mesmo mas Sertânia virou símbolo da obra pois o presidente, além da festa que promoveu o município a notícia nacional, prometeu, em pronunciamento, inaugurar os dois trechos citados antes de deixar o Governo.

As pessoas que investiram em restaurantes, pousadas, ou construíram casas para alugar aos trabalhadores da obra, vivem reclamando do prejuízo e esperando alguma notícia sobre a continuidade do trabalho. Toda dia um boato se espalha sobre uma nova data mas logo depois é desfeito.

A desmontagem total dos dois acampamentos começou há dois meses e os operários já tomaram outro rumo. Depois de recebida a indenização das construtoras viajaram em busca de outras oportunidades, deixando atrás de si a seca que já castiga o solo árido do município sertanejo e a esperança em dias melhores.

Ninguém mais quer apostar na obra. Até porque, depois de eleita, a presidente Dilma, esqueceu a visita de pré-campanha, e só prometeu concluir a Transnordestina, outra obra iniciada por Lula no sertão. Dilma não deu um pio sobre a Transposição. Embora o canteiro da Transnordestina que existe em Sertânia também esteja com as obras paralisadas as pessoas nas ruas apostam que a presidente vai dar um jeito de retomar os trabalhos mas a Transposição é um enigma.

A Assembléia Legislativa de Pernambuco criou uma comissão de deputados para tentar conseguir a retomada das obras mas até o momento nada de concreto se conseguiu, além de promessas de empenho.

Terezinha Nunes é Deputado Estadual de Pernambuco pelo Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB

Acrescentamos subtítulo, fotos e legendas ao texto original. 

DO BLOG THE PASSIRA NEWS

Ainda dá tempo para mandar a Copa 2014 para a Inglaterra. Assine e divulgue a nossa campanha.


Ontem, o nosso Blog lançou a campanha " Eu quero mandar a Copa 2014 para a Inglaterra". Já chegamos em 700 assinaturas. Para ler e assinar, clique aqui. Para um sábado de sol na maior parte do Brasil, foi um bom começo. Temos até o final de 2011 para chegar em 1 milhão de assinaturas. Para isto, basta que você copie e envie este link para toda a sua rede, pedindo o apoio para a nossa campanha: http://tinyurl.com/3pc5tmz 

Hoje, o Estadão publica uma matéria sobre as obras da Copa. Um fiasco. Como ainda falta muito a fazer, se pararmos agora e mandarmos a Copa para a Inglaterra, estaremos poupando alguns bilhões de dólares. E impedindo que sejam roubados outros tantos bilhões, como de praxe nas obras públicas neste país. Leiam abaixo e vejam que tem tudo para não dar certo. A Dilma não vai dar conta. A Dilma tem que cuidar da inflação que está disparando. Vamos tirar este peso das costas da pobre da Dilma: vamos mandar a Copa do Mundo para a Rainha Elisabeth fazer!

A presidente Dilma Rousseff vai chamar nos próximos dias os governadores dos Estados e os prefeitos de cidades envolvidas com a Copa do Mundo para uma "conversinha". Vai ouvir de quase todos palavras tranquilizadoras sobre o andamento das obras. Não acreditará, pois terá em mãos relatório encomendado ao ministro do Esporte, Orlando Silva, que traz observações preocupantes. Vai cobrar, ou melhor, exigir, balanços trimestrais sobre o que está sendo feito. 

Jason Lee/Reuters

Dilma tem motivos para estar apreensiva. Na prática, pouco foi feito até agora daquilo que é necessário - ou que foi prometido -, seja no quesito estádios ou em infraestrutura. Falar em atrasos, porém, causa reações via de regra irritadas, quando não indignadas. "Está tudo dentro do cronograma’’, é a frase que mais se escuta quando se questiona uma autoridade. Resposta baseada em projetos e processos de licitação em curso. Mas a realidade desmente o discurso.

As arenas são exemplo disso. A maioria das que serão reformadas ainda não superou a etapa da demolição; as que vão ser totalmente erguidas estão em fase de terraplenagem ou de fundações - isso quando nada foi feito até agora, como em São Paulo e em Natal. E há casos de estádios cujos processos de licitação são alvo de órgãos como Ministério Público e Tribunal de Contas. Apesar disso, até a Fifa já considera que os estádios caminham bem. Pelo menos foi isso que o presidente da entidade, Joseph Blatter, disse na quarta-feira. Talvez o cartola tenha percebido que as arenas são o menor dos problemas.

Mas, na sua política do morde e assopra (há duas semanas, criticara veementemente os atrasos do País), Blatter saiu da rota. Baseado em relatório que diz ter recebido recentemente, elogiou até as obras nos aeroportos. Ou ele não entendeu o que leu ou os autores do relatório foram, digamos, fantasiosos. Isso porque, no mesmo dia em que Blatter colocou a situação dos aeroportos brasileiros em céu de brigadeiro, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) causou turbulência daquelas capazes de derrubar avião: divulgou estudo dando conta que, dos 13 aeroportos que deveriam ser modernizados, 9 não ficarão prontos até 2014. O governo reagiu: garantiu que as obras sairão. Para isso, pretende alterar a regra de licitações, a ponto de premiar construtoras que cumpram os prazos.

O Estado fez levantamento de como andam as obras, baseado no que foi prometido e não no que já existe. Estádios e hotéis (estes porque os projetos estão ligados à iniciativa privada) preocupam menos do que aeroportos e projetos de mobilidade urbana. Mas o sinal para o Brasil está amarelo, quase entrando no vermelho. Clique e amplie a imagem para ler.
DO B. DO CEL

Chega de Armação Ilimitada

Oportunista como sempre, o presidente do Senado, o imortal José Sarney, apresentou proposta de plebiscito sobre o desarmamento para o próximo dia 2 de outubro.

Felizmente, na contramão do demagógico pensamento midiático, o colunista da Folha de S. Paulo, Fernando Rodrigues, definiu muito bem a intenção de Sarney:

“Proposta de repetir plebiscito é irreal e oportunista”.

Chega de demagogia

O povo brasileiro já votou, favoravelmente, ao direito de se ter uma arma para defesa.

O que os políticos deviam fazer é elaborar uma legislação com penas mais rigorosas para quem abusa desse Direito, fazendo uso criminoso da arma.

A arma não mata; quem tira a vida de outros é o ser humano – eu deve ser punido se cometer tal crime dolosamente, fora de circunstância de legítima defesa da vida.

Usar o triste massacre de Realengo – promovido por um jovem psicopata – como argumento pró-desarmamento é a mais covarde e criminosa demagogia cometida pelos pretensos defensores dos direitos humanos.

Um pouco de história para quem esqueceu ou nunca soube:


Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e quinhentos mil armênios, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 12 milhões de judeus e outros "não arianos", impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1970, Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão de pessoas "instruídas", impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Efeito do desarmamento efetuado nos países acima no século XX: 56 milhões de mortos.

Com o recente desarmamento realizado na Inglaterra e no País de Gales, os crimes a mão armada cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento. Segundo o governo, houve 9.974 crimes com armas entre abril de 2001 e abril de 2002. No ano anterior, haviam sido 7.362 casos. Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%. Segundo as Nações Unidas, Londres é considerada hoje a capital do crime na Europa.

Tudo isso é óbvio, pois marginais não obedecem às leis. Com o desarmamento, só gente honesta como você não poderá ter uma arma.
DO ALERTA TOTAL

A grande confusão


A jornalista, Miriam Leitão, constata o caos da infraestrutura brasileira, na atualidade, nem precisa esperar a Copa do Mundo, 2014, ou Olimpíadas em 2016, o colapso está acontecendo agora
Foto: Fernando Donasci/Reuters
Aeroportos brasileiros, o caos como rotina
Miriam Leitão
Fontes: Blog de Miriam Leitão

A infraestrutura brasileira está perto do colapso. Falta tudo, inclusive o básico, o simples. As operadoras de celular prestam serviço cada vez pior. Os aeroportos entupidos e o descaso das companhias irritam brasileiros e desorientam os estrangeiros. O trânsito nas cidades é indescritível. Portos não funcionam. O governo investe errado. Basta sair de casa para ver.

Não é necessário mais um estudo do Ipea para saber que os aeroportos não ficarão prontos a tempo, basta circular. Eles permanecem congelados no tempo e nos problemas. Nem é pela Copa. É por nós e agora que eles precisam avançar. Joseph Blatter irritou as autoridades mas estava certo, e o governo agora usará o atraso como álibi para não cumprir os procedimentos em obras públicas. O PAC não era um supersistema gerencial que permitia ter o controle do andamento dos projetos?

Senadora Marta Suplicy, a relatora que não sabe, nem quer saber
Num país onde falta tudo, a maior obra de infraestrutura, que vai consumir mais da metade do orçamento para ferrovias dos próximos anos, é o polêmico trem-bala. Ele foi aprovado no Senado esta semana depois de um debate entre especialistas de diversas áreas.

Foram desde o BNDES até especialistas independentes, com análises técnicas do projeto. Ótimo momento para que os senadores entendessem em que estavam votando. Lá, foi dito que não há estudo de engenharia detalhado, portanto, não se sabe quanto a obra custará, de fato.

O governo defende o absurdo de o Tesouro ser o garantidor de R$ 20 bilhões emprestados pelo BNDES. O Estado empresta, o Estado avaliza se o executor der o calote, o Estado será sócio, o Estado dará ainda um subsídio direto de R$ 5 bilhões. Tudo com o nosso dinheiro.

A ideia em si de uma ligação por trem-bala entre Rio e São Paulo é sedutora. O diabo está nos detalhes, principalmente nos que nós não conhecemos porque fazer uma obra em que haverá escavações de rocha e indenizações sem um estudo detalhado é uma insensatez. Mesmo assim, a relatora Marta Suplicy (PT-SP) apresentou um parecer favorável à obra no dia seguinte desse debate em que foram apresentadas tantas dúvidas técnicas. Um detalhe revelador: a relatora não acompanhou o debate e a apresentação dos técnicos. Não se deu sequer ao trabalho de ouvir os riscos mostrados pelos especialistas sobre o assunto que relatou favoravelmente no dia seguinte. Comportamento diferente teve a oposição e certos senadores da base do governo que acompanharam com atenção o debate. Ricardo Ferraço (PMDB-ES) é um desses que faz parte da base do governo, mas que ouviu tudo e fez uma comparação interessante: com uma fração, não mais que 10% do preço atual do trem-bala, poderia ser feito no seu estado o que se quer há décadas: a dragagem do porto de Vitória.

Há oito anos, no começo do período Paulo Hartung, o governo estadual tentou fazer a dragagem e foi impedido porque tinha que ser uma obra federal. O governo federal disse que faria e não fez. Lá, só podem entrar navios pequenos, e na maré cheia. Isso num estado que quer tirar o melhor proveito de sua vocação logística.

Fiz um programa sobre turismo na Globonews tentando entender o que mais - além do câmbio desfavorável - atrapalha o turismo brasileiro, porque o país no ano passado teve déficit de US$ 10 bilhões na balança de turismo e nos primeiros dois meses deste ano o déficit está aumentando. Um país com tantas belezas e com atrações para todo o tipo de turismo, o que nos atrapalha? André Coelho contou que a pesquisa de conjuntura de turismo que a Fundação Getulio Vargas faz com 80 presidentes de operadores de turismo acaba de mostrar aumento de faturamento no setor. Ele cresce puxado pelo aumento da classe C. Mário Moysés, da Embratur, disse que falta “conectividade”, poucos vôos ligam o Brasil aos países dos quais podemos atrair turistas. Há poucos aeroportos de chegada e os grandes estão superlotados. Numa pesquisa feita pela FIPE, turistas que deixavam o país reclamaram, entre outras coisas, da falta de algo fácil de resolver: falta sinalização que eles possam entender. O turista se sente perdido no Brasil.

Quinta-feira tive um dia desses típicos de qualquer brasileiro quando precisa circular pelas cidades em horas de pico e pegar voos de ida e volta. Saí muito mais cedo de casa, contando com o trânsito caótico. No caminho, fui trocando de celular porque a TIM e a Vivo têm cada vez mais pontos cegos na cidade e a ligação caia. O celular de Alvaro Gribel, que é da Oi, também não pegava ontem na casa dele. A internet banda larga cai com frequência. Tenho reclamado com a TIM há um mês, sem solução, porque para falar no celular eu tenho que sair de casa; dentro de casa não há cobertura. O motorista de taxi me disse que ouve o mesmo de todas operadoras. Estamos retrocedendo.

No aeroporto, meu voo não aparecia na visor, o que me obrigou a ir duas vezes ao balcão de informação. Lá, soube de duas trocas de portão. Um estrangeiro se perderia, pensei. Quando cheguei à aeronave, um estrangeiro estava sentado no meu lugar. Fui conferir o bilhete dele e o assento estava certo mas ele estava num voo para Vitória, quando seu ticket era para Guarulhos.

Na volta, encontrei filas gigantes para táxi no aeroporto Santos Dumont. Fui salva por uma carona do professor Antônio Barros de Castro, que definiu tudo numa frase brilhante: “A China não sabe não crescer, e nós não sabemos crescer.” Assim, cada vez mais caótico, tomando decisões insensatas e negligenciando tarefas simples, o Brasil aguarda os grandes eventos internacionais.
*Acrescentamos subtitulo, fotos e legendas ao texto original
DO BLOG THE PASSIRA NEWS

LÍDER DO PT DEFENDE PLANTIO DE MACONHA

Na contramão do que prega o governo Dilma Rousseff, o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), defende a liberação do plantio de maconha e a criação de cooperativas de usuários.

Em um recente debate sobre o assunto, o deputado disse que a política de "cerco" às drogas é "perversa" e gera mais violência. Ele também disse que o governo deveria autorizar a criação de cooperativas para o plantio e a distribuição da maconha para usuários.
Teixeira falou sobre o assunto num debate organizado pelos grupos "Matilha Cultural" e "Desentorpecendo a Razão" em São Paulo, em 24 de fevereiro.
Um vídeo com a íntegra da exposição foi publicado no blog do deputado e no site Hempadão (cujo título faz uma brincadeira com as palavras "hemp", maconha em inglês, e "empadão").
A reportagem fez vários pedidos de entrevista ao deputado desde 16 de março, mas sua assessoria não deu resposta. Do site do jornal São Paulo Agora
DO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Video que circula em Portugal sobre o ex-presidente Lula


"Se non è vero è ben trovato".

Ao menos o narrador e a legenda se fazem em castiço português.

Gaspar
DO BLOG LILICARABINA