sexta-feira, 28 de outubro de 2016

MPF denuncia Palocci e mais 14 por corrupção e lavagem de dinheiro

Ex-ministro é acusado de gerenciar pelo menos R$
128 milhões em propina
do PT
Por Cleide Carvalho / Katna Baran
/ Dimitrius Dantas
O Globo
Antonio Palocci é acusado de gerenciar a conta de propina paga pela Odebrecht para o PT
Rodolfo Buhrer / Reuters
SÃO PAULO - O ex-ministro Antonio Palocci e mais 14 pessoas foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro pela força-tarefa do Ministério Pùblico Federal. Preso em setembro passado na 35ª Fase da Lava-Jato, Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula e está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba.
A denúncia, porém, refere-se à obtenção, pela Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a Petrobras. Palocci, segundo os procuradores, teria interferido para que o edital de licitação para contratação de 21 sondas fosse formulado de forma a atender os interesses da empreiteira: não apenas ganhar a licitação, mas também a margem de lucro pretendida. Palocci teria consultado Marcelo Odebrecht antes da publicação do edital para verificar se ele estava adequado.
Também foram denunciados o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto; os ex-funcionários da Sete Brasil, João Ferraz e Eduardo Musa; e o executivo da Odebrecht Rogério Araújo.
Todos teriam participado do esquema que permitiu que a Odebrecht fechasse contrato para fornecer seis sondas para a Petrobras, por meio do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, do qual era sócia. A Sete Brasil era a empresa responsável pela contratação dos navios e sondas destinados à Petrobras.
O esquema teria sido o mesmo usado pela Petrobras, na diretoria de Serviços, que era controlada pelo PT. Ferraz e Musa são delatores da Lava-Jato e afirmaram, em depoimento de delação, que foi pactuado com os estaleiros o pagamento de propina no valor de 0,9% dos contratos. Do valor da propina, dois terços iam para o PT e um terço era dividido entre Renato Duque e os executivos da Sete Brasil.
Em nota, a defesa de Palocci afirmou que esperava a medida tomada pelo MPF. “Ela veicula mais uma deplorável injustiça e se mostra inepta porque não tem o menor apoio nos fatos. Palocci não é, nunca foi e jamais será o "Italiano" referido no apócrifo papelucho em que se apoia a irreal acusação, e fora essa monstruosa presunção, nenhum indício aponta em sua direção. Aliás, o codinome "Italiano" já foi anteriormente atribuído a outras três pessoas. Trata-se de um apelido em busca de um personagem”, comunicou a defesa do ex-ministro.
28/10/2016

Vídeo mostra casal fazendo sexo dentro da Câmara de Guarulhos

28/10/2016 19h13 - Atualizado em 28/10/2016 19h56

Estudantes ocupam Casa desde o dia 20 em protesto contra a PEC 241.
Presidente da Câmara diz que pediu à Justiça reintegração de posse.

Do G1 São Paulo
Um vídeo gravado pelas câmeras de segurança da Câmara de Vereadores de Guarulhos, na Grande São Paulo, e obtido pelo G1 mostra um casal fazendo sexo dentro do plenário da Casa. O local está ocupado desde o dia 20 por um grupo de manifestantes.
A cena foi flagrada na manhã desta quinta-feira (27), segundo informações de funcionários da Casa. O presidente da Câmara, vereador professor Jesus Roque Freitas (DEM), disse que tomou conhecimento das imagens, mas não viu o vídeo.
Ele também afirmou ao G1 que a Procuradoria da Casa entrou com um pedido para a reintegração de posse da Câmara, também quinta, na 1ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos.
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A Câmara de Guarulhos está ocupada por cerca de 50 estudantes secundaristas e universitários desde o dia 20 de outubro, em protesto contra a PEC 241, que foi aprovada na Câmara dos Deputados em Brasília e que limita os gastos públicos da União.
A cena de sexo protagonizada pelo casal ocorreu na parte superior do plenário - que é ocupada, normalmente, pelo público que acompanha as votações.
O prédio da Câmara é um antigo cinema. A parte inferior, onde os vereadores realizam as sessões, é separada da parte posterior por um vidro e também está ocupada pelos alunos.
Vídeo mostra casal fazendo sexo em cadeiras do plenário da Câmara Municipal de Guarulhos (Foto: Reprodução)Vídeo mostra casal fazendo sexo em cadeiras do plenário da Câmara Municipal de Guarulhos (Foto: Reprodução)
Durante a cena de sexo nas imagens, uma criança, que integra o grupo de invasores, passa ao fundo do plenário.
"Quando eu cheguei na Casa na quinta me avisaram que havia ocorrido isso (da cena de sexo no plenário). Eu estava entendendo a ocupação como um ato democrático. Mas a votação foi na terça e eles continuaram lá. Na quarta não saíram e então, na quinta, entramos com um pedido de reintegração de posse", disse o presidente da Câmara.
"A Câmara está parada, temos votações para fazer, e não podemos ficar ao bel prazer [dos invasores], afirmou o vereador Jesus.
"Sou professor universitário e não queria parecer autoritário, já que é um ato democrático. Mas tudo tem limites", acrescentou o vereador.
Movimento diz ser 'tentativa falaciosa'
O G1 procurou os estudantes que coordenam o movimento que ocupa a Câmara pelo Facebook para solicitar a posição do grupo em relação ao ocorrido. Eles possuem uma página oficial da ocupação, chamada "Ocupa Câmara Guarulhos".
Em nota, a Comissão de Comunicação Ocupa Câmara de Guarulhos afirmou: "não cairemos em tentativas falaciosas de deslegitimar os movimentos com fatos risíveis e sem real importância diante da atual conjuntura política".
"Primeiramente, temos que deixar claro que em nosso movimento não há um líder todas as decisões são decididas em assembleia", informaram em mensagem pelo Facebook.
Veja a íntegra da nota do movimento Ocupa Câmara Guarulhos:
"Nós, estudantes e trabalhadores que ocupamos de forma legítima e auto-organizada a Câmara Municipal de Guarulhos, viemos por meio desta nota reforçar mais uma vez a legitimidade de nossa ação, contra a PEC 55/2016 e a MP da Reforma 'empresarial' do ensino médio, e dizer que NÃO CAIREMOS EM TENTATIVAS FALACIOSAS de deslegitimar os movimentos, com fatos risíveis e sem real importância diante da atual conjuntura política e a luta travada contra o retrocesso.
Reforçamos o recado: Não tem arrego, não tirarão nossa voz!
Só a luta muda a vida.

Assinado, Comissão de Comunicação Ocupa Câmara Guarulhos". Do G1 São Paulo

Pai da adolescente “apartidária” que discursou na Assembleia do PR é militante petista ligado a Gleisi

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Na quarta-feira (26), a adolescente Ana Júlia Pires Ribeiro, de 16 anos, fez um discurso a favor das invasões das escolas no Paraná. Foi em Curitiba que um estudante, também de 16 anos, foi assassinado depois consumo de drogas. A estudante, que se disse “apartidária”, é filha do militante petista fanático Júlio César Pires, ligado à senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que diariamente faz manifestações exaltadas a favor das invasões das escolas.
O discurso de Ana Júlia, que “viralizou” nas redes sociais – recebeu elogios de Lula e virou até matéria de publicações internacionais –, eximiu de qualquer culpa os estudantes que ocupam escolas e seus mentores políticos, do PT e do PCdoB, pela morte do estudante Lucas Eduardo Araújo Mota. Ela apontou um dedo acusador para a sociedade. A estudante chegou a dizer que todos os deputados tinham as mãos “manchadas de sangue”.
A acusação foi imediatamente rebatida pelo presidente da Assembleia paranaense, deputado Ademar Traiano (PSDB), que afirmou que não aceitaria ofensas nem acusações absurdas aos deputados. Traiano lembrou que a Assembleia tivera espírito democrático suficiente ao abrir espaço para que falassem na tribuna tanto os alunos que querem a desocupação, porque querem estudar e não desejam ser prejudicados e perder o Enem, quanto para os que defendem as ocupações como protesto contra as políticas do governo de Michel Temer, mas não permitiria insultos aos parlamentares.

Tanto o aluno morto quanto seu assassino, também menor de idade, eram invasores que não permitiam que a polícia e os pais de alunos entrassem na escola para ver seus filhos. Os invasores no Paraná estão sendo acobertados por adultos ligados a partidos políticos e pelo Conselho Tutelar, que nada viu de extraordinário nas invasões, apesar dos seguidos relatos de uso de drogas e orgias sexuais nas escolas ocupadas, e não recomendou ao Ministério Público que solicitasse à Justiça a reintegração de posse dos estabelecimentos educacionais.
A idealização da “apartidária” adolescente Ana Júlia, louvada como “o futuro do Brasil” em uma matéria cheia de equívocos e erros factuais na revista Forbes, e uma simpatia desmesurada por parte imprensa brasileira pelas posições da estudante, só servirá de combustível para perpetuar as invasões.
As ocupações já deixaram centenas de milhares de alunos sem aula, ameaçam a realização das provas do Enem e tumultuarão as eleições municipais do próximo domingo (boa parte dos postos de votação são em escolas ocupadas), causando prejuízos enormes ao País. DO UCHO.INFO

PF defende operação no Senado e pede perícia em maletas antigrampo

André Richter – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) defendeu hoje (28) no Supremo Tribunal Federal (STF) a validade da investigação da Operação Métis deflagrada pela PF na semana passada. Além de ressaltar que não investigou parlamentares, a PF diz que precisa periciar as maletas antigrampo apreendidas com a Polícia do Senado.
O pedido dos investigadores chegou ao Supremo após a solicitação do Senado para que os equipamentos sejam devolvidos à Polícia Legislativa. A polêmica está em torno das provas que podem ser obtidas a partir da memória dos equipamentos. Os aparelhos apreendidos foram usados pelos policiais do Senado para fazer varreduras em busca de escutas ambientais nos gabinetes e residências particulares de alguns parlamentares. Sem as maletas, os senadores ficam vulneráveis a escutas telefônicas.
Na manifestação, o delegado Felipe Alcântara Leal pede a suspensão do cumprimento da decisão do ministro Teori Zavascki, que determinou a entrega imediata dos equipamentos para o Supremo.
O delegado explicou que as máquinas fazem a varredura de frequências eletrônicas e não fazem distinção entre os tipos de escuta, podendo detectar escutas autorizadas pela Justiça. Leal ainda disse ao ministro que os investigadores entenderam que não existe "foro privilegiado de prédio público". "A mera subordinação hierárquica não pode indicar desde o primeiro momento inafastável participação de parlamentar em atos investigatórios. Se fosse assim, teríamos um verdadeiro foro de prorrogativa por extensão a todos os servidores do Senado Federal", argumenta a PF.
A Operação Métis apura supostas intervenções de contrainteligência do Senado para barrar as investigações da Operação Lava Jato e foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que ordenou também a suspensão das atividades funcionais dos policiais legislativos que são investigados.
Senado
Mais cedo, o Senado pediu ao ministro Teori a devolução das "maletas antigrampo" da Polícia Legislativa. A Casa argumentou que a apreensão dos equipamentos “põe em risco a salvaguarda da atividade legislativa”
De acordo com o relatório, a falta dos equipamentos torna o Senado vulnerável. “A ausência de recursos que ampliem a segurança da informação em um momento de ajuste fiscal, reformas constitucionais e similares, eleva o risco de que informações sensíveis tornem-se acessíveis e gerem riscos sociais, econômicos e políticos”, diz o documento.
Edição: Fábio Massalli