domingo, 31 de maio de 2020
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Um grande
amigo, irmão e companheiro de lutas patrióticas me perguntou, bem na hora que
começava a escrever meu artigo dominical: “Como está lendo o momento?”. Teclei
a resposta mais sincera e óbvia ululante: “Radical e extremo, com o País
dividido entre quem defende e acredita em Bolsonaro e aqueles que o odeiam e
não aceitam o resultado surpreendente da eleição Presidencial de 2018”.
Acrescentei
ao amigo: “Nosso desafio será sobreviver e encontrarrespostas e soluções
equilibradas para problemas estruturais do Estado brasileiro, em meio a uma
insana guerra de paixões políticas”. Ele seguiu na provocação: “Está enxergando
ruptura por parte do Executivo? O Judiciário continuará sua caça às bruxas,
livre leve e solto?” Respondi: Sem ruptura, no curto prazo... E o Judiciário,
mais especificamente alguns ministros do STF, terão de baixar a bola”. Ou seja:
togados precisarão parar de fazer política (ops, politicagem).
O
Presidente Jair Bolsonaro também terá de recolher o flap. Terá de focar mais na
gestão do Governo e menos nas tretas ideológicas. Bolsonaro terá de contrariar
sua natureza por uma questão estratégica, se quiser realizar muito do que se
propôs desde campanha eleitoral (que nunca termina, principalmente para a
oposição destrutiva). O Presidente não será derrubado por um golpe, como foi
tentado, mas ainda pode sofrer muito desgaste de imagem.
A Turma do
Mecanismo, que deseja “ele fora”, já constrói, midiática e politicamente, a
narrativa para que o eleitorado embarque na conversinha que realmente interessa
aos que desejam o retorno ao poder dos “progressistas” (um novo formato de
esquerda envergonhada). Os inimigos das reformas conservadoras (e também
liberais) trabalham para a manutenção do modelo estatal Capimunista investindo
na historinha de que o próximo Presidente do Brasil precisa ser um personagem
de “centro” (esquerda, claro).
A jogada é
simples e explica porque a oposição estruturada resolveu agir de maneira
extrema contra Bolsonaro, na “parceria” formada com a ala “progressista” do
Supremo Tribunal Federal. Só um idiota não percebeu o jogo repetido várias
vezes na judicialização da politicagem. Um parlamentar um partido move ações
cujo o foro nem é o Supremo.
O roteiro é
manjado. Algum monocrata do STF, alegando o papo furado do “costume” (e não o
ritual legal) pega a denúncia e repassa à Procuradoria-Geral da Justiça. O
repasse tem jeitinho de sentença prévia, quase coagindo o titular da PGR a
abrir a investigação. Depois, entram em ação a Polícia Federal e outros órgãos
do aparelho repressivo estatal, gerando todo o desgaste para o Presidente, que acaba
induzido a perder o foco em suas ações governamentais, enquanto, na mídia, os
opositores deitam e rolam.
O negócio
está tão acelerado que a Turma do Mecanismo lançou até o tal Movimento
Estamos#Juntos (www.movimentoestamosjuntos.org).
Na sexta-feira, foi lançado um manifesto que se alega apartidário e de centro,
assinado por vários artistas. Na busca por adesões, já viralizou nas redes
sociais, para formar um cadastro qualificado de classe média e alta de pessoas
que se rotulam de “centro” e que estejam insatisfeitas com Bolsonaro. Em
princípio, é a armação para a pré-campanha mal disfarçada de Luciano Huck ou de
qualquer outro. Zé Dirceu cantou a pedra que é necessária a união em torno do
nome de centro-esquerda, seja quem for, para substituir Bolsonaro em 2022.
Espertamente,
a Turma do mecanismo tenta repetir a estratégia de campanha bem sucedida de
Bolsonaro nas redes sociais. A diferença é que Bolsonaro gastou quase nada em
cinco anos, e o esquema de centro-esquerda tem grana sem limite para gastar,
enquanto o grupamento político-judiciário tritura Bolsonaro – que ainda fala
muito e entra no jogo do inimigo.
Por isso o
foco imediato deles é desgastar a base de apoio de Bolsonaro nas redes sociais.
O próximo passo é interferir para que não seja bem sucedida a recomposição de
Bolsonaro com o chamado “Centrão”. Já foi publicada até ”pesquisa” com duas mil
pessoas (KKKKK – risada irônica com royalties para Mestre Hélio Fernandes)
alegando que 64% condenam os acordos do Presidente com a base volúvel do
Congresso Nacional.
Bolsonaro e
seus estrategistas militares têm obrigação de entender este jogo manjado e
muito bruto. A saída mais inteligente para o Presidente é bem governar, com a
máxima eficiência, eficácia e efetividade – o que não é fácil com uma máquina
pública aparelhada pelos sabotadores do Mecanismo.
Bolsonaro
terá de ter sangue frio e não entrar feito patinho na guerra psicológica imposta
pelos inimigos. Terá de acelerar todas as medidas que dependam da competência
de sua equipe para melhorar a economia – o que vai depender da costura com a
base do Congresso.
Em síntese:
Não tem moleza. A oposição, até então perdida, começa a se rearticular.
Bolsonaro tem ligar o desconfiômetro e fortalecer a unidade de seu governo e
dos seus apoiadores (cada vez mais submetidos à máquina de triturar gente do
sofisticado sistema de corrupção do Brasil).
Como já bem
definiu alguém lúcido nas redes sociais, estamos em um jogo de xadrez em que a
maioria do povo segue desarmado, espremido num canto do tabuleiro, cada vez
mais empobrecido pelo lockdown dos governadores e impedido de se movimentar e
manifestar livremente, com medo do coronavírus ou intimidado pelo STF. E ainda
teremos de enfrentar o risco de censura na Internet... Mole, não...
A crise
econômica está gigantesca. Mas a crise política ainda é pequenininha. O Governo
precisa retomar a ofensiva e parar de ficar gritando na corda, fingindo que
vence alguma luta. Basta de defensiva – burra ou covarde. É urgente ganhar de
verdade. O tempo ruge...
O Alerta
Total segue apostando e torcendo pelo milagre. Quem sabe, acontece...