segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Cristina e Lula perdem, e Macri vence na Argentina; sinal de alento na América do Sul

E Luiz Inácio Lula da Silva, hein? Atravessou a fronteira, foi fazer campanha eleitoral na Argentina e foi derrotado. O populismo mixuruca e troglodita teve a sua primeira derrota importante. No dia 6 de dezembro, será a vez de Nicolás Maduro levar uma surra nas eleições parlamentares da Venezuela. Sim, a onda chegará aqui. Vamos ver quando. Ou melhor: a onda já está aí. Vamos lá.
Mauricio Macri, da “Mudemos”, uma coligação de centro-direita, venceu as eleições e toma posse como o novo presidente da Argentina no dia 10 de dezembro. Com quase 99% dos votos apurados, ele obteve 51,46% das preferências, contra 48,54% do peronista Daniel Scioli. Chegam ao fim 12 anos do reinado do kirchnerismo, liderado primeiro por Néstor Kirchner, que governou de 2003 a 2007 — morreu em 2010 —, e, depois, por sua mulher, Cristina.
A economia argentina enfrenta severas dificuldades, e a tarefa de Macri não será nada fácil. Não custa lembrar como o casal Kirchner ascendeu ao topo do poder. Carlos Menem, que comandou por dez anos (1989-1999), havia destruído a economia do país. Foi sucedido por Fernando De la Rúa, da União Cívica Radical, que ficou apenas dois anos no poder. Foi deposto em dezembro de 2001.
O país chegou a ter cinco presidentes em janeiro de 2002, até que assumisse Eduardo Duhalde, que entregou o poder para Néstor Kirchner, em maio de 2003. Um desses presidentes ficou apenas uma semana no cargo — Adolfo Rodríguez Saá —, mas entrou para a memória nacional como aquele que deu, até então, o maior calote da história na dívida externa: US$ 102 bilhões. A dívida só voltou a ser renegociada a partir de 2005.
Dos estertores do governo Menem até a saída de De La Rúa, o país viveu o que se chama o período da “Tragédia”. O PIB despencou 20%, e a renda per capita, em dólares, caiu 68%.
Isso explica a ascensão do casal Kirchner. A legalidade havia chegado ao seu grau zero, e Néstor acabou obtendo carta branca da sociedade para pôr ordem na bagunça. A economia, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo calote, teve uma notável recuperação.
Cristina não era uma outsider da política. Não era apenas “a esposa”. Tinha a sua própria trajetória, e havia quem dissesse que ela era muito mais articulada intelectualmente do que o marido. Mas é evidente que, ao fazer da mulher a candidata à sua sucessão, Néstor e família passavam a tratar a política como um assunto doméstico, privado.
Ela venceu a disputa e se reelegeu em 2011. Uma concepção autoritária de poder, intolerante com a oposição e avessa à liberdade de imprensa — que se percebia já em seu primeiro mandato de maneira, vamos dizer, larvar — se manifestou com força nos últimos quatro anos.
No período, a economia do país começou a patinar, mas a presidente investiu pesado nos chamados “programas sociais”, incluindo a sua própria versão do Bolsa Família, manipulou escancaradamente os índices de inflação e, ora vejam, passou a atacar as ditas “elites do país”, aproximando-se dos governos bolivarianos da América do Sul. Ou por outra: o assistencialismo agressivo servia a um projeto autoritário de poder.
O kirchnerismo resolveu criar a sua própria corrente dentro do peronismo. Em 2006, surge um movimento com características francamente fascitoides chamado “La Cámpora”, destinado a intimidar os adversários nas ruas, nos sindicatos, nas redes sociais, em todo lugar. O grupo tem características de milícia mesmo.
Cristina chegou a testar a hipótese de mudar a Constituição para tentar um terceiro mandato, mas a reação da sociedade argentina foi bastante negativa. Ficou claro que ela não conseguiria realizar o seu intento. A campanha eleitoral por lá seguiu o padrão terrorista a que se assistiu no Brasil: o candidato oficial, Daniel Scioli, acusava Macri de pretender destruir os programas sociais se eleito.
Cristina deixa o poder com uma sombra terrível a se projetar sobre a sua biografia. Atende pelo nome de Alberto Nisman, o promotor. Ele apareceu morto um dia antes de depor no Congresso e acusar a presidente de envolvimento numa operação para esconder a responsabilidade do Irã num atentando terrorista que, em 1994, matou 85 pessoas numa entidade judaica (Amia). Na Argentina, a começar da própria promotoria, ninguém acredita em suicídio.
Vamos ver. Surge uma nova esperança na Argentina. Macri não é peronista nem pertence à tradicional União Cívica Radical, de perfil mais social-democrata. O presidente eleito da Argentina está mais próximo do pensamento liberal. Terá uma pedreira pela frente. O peronismo, com suas múltiplas frentes e faces, indo da extrema direita à extrema esquerda, é um adversário sempre perigoso.
Que a América do Sul continue a mudar e aposente outros populismos mixurucas. No Brasil de 2014, o medo venceu a esperança. Na Argentina de 2015, a esperança venceu o medo. E Lula perdeu junto com Cristina.
Por: Reinaldo Azevedo

COBERTURA DA ELEIÇÃO ARGENTINA PELA GRANDE MÍDIA BRASILEIRA FOI RIDÍCULA E VERGONHOSA

segunda-feira, novembro 23, 2015

POVO NA RUA: Esta imagem é um fotograma de cena passada pelo canal colombiano NTN24, que deu um show de informação ao vivo que os leitores do blog puderam acompanhar. Muito melhor do que os canais de televisão brasileiros. A verdade é que a imprensa brasileira há muito tempo foi para o vinagre. Não dá mais para ler e assistir
Não tem preço ver o jornalismo chulé da grande imprensa nacional choramingando, tentando dourar a pílula e, como sempre, dizendo e escrevendo besteiras quando não descamba para a defesa da imundice comunista que infesta o continente latino-americano e o caribe alcançando a América Central.

Refiro-me aos textos escritos e vociferados nos microfones das redes de televisão sobre a vitória da oposição na Argentina. A Folha de S. Paulo, como sempre, está quase de luto e procura chifres em cabeça de burro. Tenta aplacar a evidente porrada que o Foro de São Paulo levou no pleito argentino. Apressou-se, por exemplo, em informar que a Dilma irá à posse de Maurício Macri, o presidente eleito. 

O Estadão, velho de guerra, também não perde para a indigitada Folha e tascou com destaque no seu site que as classes populares temem perder as bolsas-esmola. Tá bom.

Entretanto, no decorrer da campanha eleitoral fecharam-se em copas. Isso era o indicador mais preciso de que o kircherismo estava com os dias contados. Só voltaram a cobrir a campanha argentina em cima do lance. A correspondente de 
O Globo informou que o clima era favorável ao candidato de Cristina Kirchner. Os institutos de pesquisa, como sempre, largaram pesquisas afirmando que Daniel Scioli, o candidato de Kirchner, seria o vitorioso. 

Portanto, analisando rapidamente o que rolou na grande mídia nacional, dá para se compreender porque jornalões e revistas semanais bóiam adoidado nas bancas. Afinal, os leitores encontram nos blogs e sites independentes e até mesmo nas redes sociais as informações que mais se aproximam da verdade dos fatos. Além de tudo não precisam gastar dinheiro comprando esse jornalismo chulé, velho, carcomido, antigo. Os diletos rapazes e raparigas da dita grande mídia continuam com suas patas fincadas nos albores do século passado. Viram o tempo passar na janela e não se deram conta. 

Muitos se mantêm nessa posição porque são idiotas mesmo. Outros porque mamam nas tetas estatais e estão vendo que mais dia menos dia o PT e suas franjas se reduzirão, no máximo, a partidos nanicos. A fonte vai secar mais do que a Cantareira. Se os Procuradores da Operação Lava Jato investigarem bem teremos o prazer e a satisfação inaudita de ver a cassação dos registros partidários da escumalha esquerdista. DO ALUIZIOAMORIM