BRASÍLIA - Para reforçar a
campanha nacional de filiação nesta
sexta-feira, a direção do PSDB negocia também a entrada no partido de
lideranças nacionais, como o governador de Mato Grosso, Pedro Taques,
que se desfiliou do PDT nesta segunda-feira; e o senador Eduardo Amorim
(PSC-SE), que comanda a reestruturação do PSDB em Sergipe. Tanto Amorim,
quanto Taques, querem se alinhar na oposição, contra o governo da
presidente Dilma Rousseff. A aproximação de Amorim com o PSDB vem desde a
campanha de 2014, quando teve como vice na disputa pelo governo, o
tucano Augusto Franco Neto, e deu ao tucano Aécio Neves a segunda maior
votação no Nordeste.
— Nosso bloco político está reestruturando o PSDB em Sergipe. O
caminho do bom combate , hoje, é o caminho da oposição — disse Amorim.
A direção do PSDB dá como avançadas as negociações com o governador
Pedro Taques. Aécio disse que, quando senador, já faziam uma dobradinha
com o grupo dos independentes, integrado pelo hoje governador, e que as
portas do PSDB estão abertas para ele.
— Temos uma campanha de filiação em curso e, naturalmente, vamos
buscar ampliar os quadros com lideranças de peso como Pedro Taques,
Eduardo Amorim e o senador Reguffe — disse o líder do PSDB no Senado,
Cássio Cunha Lima (PB).
Em nota divulgada para oficializar sua desfiliação do PDT, nesta
segunda-feira, o governador Pedro Taques atribui sua saída ao apoio dado
pelo partido ao governo Dilma. Semana passada houve rumores do
rompimento do PDT, mas a permanência na base foi confirmada pelo
presidente Carlos Lupi. Taques disse que “sempre demonstrou
descontentamento com a direção da legenda pelo apoio ao governo”, o que o
levou para o grupo dos independentes no Senado.
Taques só anunciará seu novo partido na próxima semana, mas os
tucanos dão uma possível filiação ao PSDB como “apalavrada e prego
batido”.
— A saída do governador Taques do PDT é uma perda irreparável e
mostra como o PDT está indo para o caminho errado, preferindo ficar com
uns carguinhos no governo, do que oferecer a população brasileira um
verdadeiro projeto de País — lamentou o senador Reguffe. DO O GLOBO