segunda-feira, 4 de julho de 2011

BOMBA! Escuta telefonica mostra Marta Suplicy em esquema do Trem bala.


Acredito que esta revelação é a pior Bomba da semana. Não posso dizer que é a pior de todos pois o PT está sempre se superando caso por caso, esquema por esquema. Como sempre tem o dedo do José Dirceu. Um dos criminosos que mais deu prejuízos ao erário público e que anda livre armando outros esquemas. Mas desta vez é com Marta Suplicy. 
Sabe-se agora que tudo que se supunha de esquemas fraudulentos na prefeitura de Campinas é verdade. Não é a toa que até Lula defendeu publicamente o prefeito de Campinas. Claro, se defende bandidos como paloffi e zédirceu, como não poderia defender um prefeito envolvido nessa obra faraonica que dará um prejuízo de R$ 34 bí ao Brasil? Imaginem quanto será desviado dessa obra?
Na escuta, Marta dá pulinhos de alegria e diz: "Nós vamos que vamos", feliz por ter certeza que o projeto seria aprovado no Senado 7 dias depois e foi o que aconteceu. Uma verdadeira carta marcada. Obra, a ser tocada por companheiros já denunciados pelo MP.

Tá certo, tem mais é que desviarem o dinheiro público mesmo. Não fará falta nenhuma. Todos roubam né verdade? Embora desvio de dinheiro público seja um crime inafiançável, quantos corruptos voces viram nas cadeias? Se a justiça não liga, por que vamos ligar? Só espero que ela não reprima quem fizer justiça com as próprias mãos dando um tiro na cabeça num desses criminosos, que tiram da saúde, pobres, aposentados, honestos, para colocarem em seus próprios bolsos.

De minha parte, sou totalmente contra qualquer tipo de violencia. Apenas conclamo o povo a abrir os olhos para não caírem nos mesmos erros nas próximas eleições.

Vejam a matéria abaixo divulgada pela Revista Época:


O trem-bala e o PT de Campinas
A investigação dos desvios na prefeitura da cidade descobre provas de caixa dois para campanhas e mostra os interesses do partido na maior obra do governo Dilma

MARIANA SANCHES E ÂNGELA PINHO
Nós vamos que vamos”, disse, animada, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) ao prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), na noite do último dia 6 de abril. Marta ligou às 18h01 para a secretária particular de Dr. Hélio, Cinthia dos Reis Paranhos, cujos telefones estavam grampeados pelo Ministério Público Estadual. O MP de São Paulo investiga um esquema milionário de desvio de dinheiro público na administração de Dr. Hélio, prefeito de Campinas há dois mandatos. O diálogo entre a senadora e o prefeito (leia abaixo) foi capturado por acaso, já que Dr. Hélio não é alvo das investigações do MP. A animação de Marta se devia à aprovação iminente no Senado da medida provisória que criaria a estatal responsável pelo projeto do trem-bala e autorizaria o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a emprestar até R$ 20 bilhões para o projeto.
Fotos: Denny Cesare/Futura Press e Dida Sampaio/AE 
Marta era a relatora da medida provisória. Sete dias depois da conversa telefônica entre os dois, a medida foi aprovada pelos senadores. O diálogo aparentemente corriqueiro entre uma senadora e um prefeito do Estado que ela representa revela com clareza o interesse do grupo político de Marta no PT de São Paulo (fazem também parte desse grupo o deputado federal Carlos Zarattini e os irmãos Ênio e Jilmar Tatto) em levar adiante a construção do polêmico Trem de Alta Velocidade (TAV). O trem-bala, cujo trajeto atual irá de São Paulo ao Rio de Janeiro, com parada em Campinas, é a obra mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O custo de sua construção está estimado em R$ 34,6 bilhões. A senadora Marta disse a ÉPOCA manter “uma relação cordial” com o Dr. Hélio e que a reunião pedida no telefonema se deveu à “vontade de provocar debate político e dar conhecimento à região sobre minha participação como relatora do projeto”. “O projeto não foi discutido em nenhum momento com o prefeito, os parlamentares e a sociedade civil do Estado, em razão do curto espaço de tempo para votação no Senado”, disse Marta.
Uma das peças-chave na articulação política de Marta em Campinas para viabilizar o trem-bala é o engenheiro-agrônomo Gerson Bittencourt, eleito deputado estadual em São Paulo pelo PT em 2010. As ligações de Bittencourt com o universo dos transportes são antigas. Ele começou a carreira política na União Nacional dos Estudantes (UNE) e na Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi presidente da SPTrans, a empresa municipal de transportes coletivos, e secretário de Transportes na gestão de Marta Su-plicy na prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2004. Bittencourt se autointitula o “pai do bilhete único”, o sistema de integração de passagens entre ônibus, trem e metrô adotado em São Paulo durante o governo de Marta, uma das principais bandeiras de sua gestão. Foi com a marca do bilhete único que Bittencourt acabou instalado, com o aval de Marta e do ex-ministro José Dirceu, na cadeira de secretário de Transportes de Campinas desde o primeiro mandato de Dr. Hélio, iniciado em 2005.
Agora, o nome de Bittencourt aparece relacionado à primeira prova obtida pelo Ministério Público de que um esquema de desvio de verba em Campinas alimentou o financiamento ilegal de campanhas. Na casa de Carlos Henrique Pinto, ex-secretário de Segurança Pública do governo de Dr. Hélio, os promotores apreenderam uma planilha, a que ÉPOCA teve acesso, em que estão descritas encomendas de material de campanha feitas à empresa Artes Brasil. A Artes Brasil é uma empresa de publicidade que faz adesivos e panfletos e tem, entre seus clientes, a Sanasa, a empresa de saneamento de Campinas (um foco de corrupção segundo as investigações), a prefeitura de Guarulhos e de Vinhedo, em São Paulo, e o governo federal.


DO BLOG DO PARRINI

CGU é aquela que não queria investigar o Palocci?

A imprensa publica que Dilma Rousseff determinou que a CGU investigue o Ministério dos Transportes, fazendo uma "análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias recentes sobre irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes e órgãos a ele vinculados". A CGU, aquela mesma que se recusou a investigar Palocci, não precisava receber este tipo de ordem. Já há um decreto presidencial vigente que determina a investigação a partir de notícia ou de indícios de enriquecimento ilícito e evolução patrimonial incompatível de agentes públicos. Que negócio é esse da Dilma mandar investigar? Precisa mandar a CGU cumprir a sua obrigação? E por que não manda a Polícia Federal?
DO COTURNO NOTURNO

Precisa dizer mais?


Quando senadores do PR vão ao Ministério dos Transportes para fazer reunião política com o ministro do mesmo partido, envolto em um chuva de denúncias de corrupção, entre as quais a de que existe um Mensalão a eles destinado, com comissões sobre verbas públicas, precisa dizer alguma coisa mais? Desde quando um órgão público é lugar para reunião política? O partido não tem sede? O partido e o ministério é a mesma coisa? É praticamente uma confissão de culpa. Veja abaixo a matéria do Estadão.

O senador Blairo Maggi (PR-MT) chegou na tarde de hoje ao Ministério dos Transportes para uma reunião entre senadores do partido e o ministro Alfredo Nascimento. Segundo ele, a reunião foi convocada pelo ministro, com intuito de apresentar aos parlamentares do partido as informações dele a respeito das denúncias veiculadas no final de semana pela revista Veja sobre suspeita de corrupção envolvendo a Pasta.

"Parece uma matéria superficial. Nós queremos ouvir o ministro", disse o senador. "O ministro tem o apoio do partido e recebeu também hoje o apoio da presidente", completou o senador, que defende a apuração dos fatos. Sobre as denúncias envolvendo o diretor-geral do DNIT, Antônio Pagot, o senador disse que Pagot prefere "pedir exoneração" a ser afastado do cargo. "Ele disse que está absolutamente pronto e aberto a prestar esclarecimentos", disse. Segundo Maggi, Pagot argumenta que todas as ações do DNIT são acompanhadas por auditoria da Controladoria Geral da União (CGU). Por essa razão, o senador defende que Pagot tire um período de férias ou licença enquanto aguarda o desfecho das investigações. Também participam da reunião o senador Vicentinho Alves (PR-TO) e o senador licenciado João Ribeiro (PR-TO). 
DO B. DO CEL

Dilma manifesta apoio e decide manter ministro dos Transportes


num país sério, seria: "pra cadeia !!"




A presidente Dilma Rousseff optou por manter o ministro Alfredo Nascimento no comando do Ministério dos Transportes.De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, Dilma já conversou com Nascimento e pediu que ele conduza as investigações do suposto esquema envolvendo servidores do ministério e de órgãos ligados à pasta em superfaturamento de obras e recebimento de propina de empreiteiras e consultorias.Segundo assessores, o governo "reitera apoio ao ministro". Nascimento foi obrigado a afastar a cúpula do ministério. Sua permanência não estava assegurada e dependia do encontro com a presidente. Aqui.
DO B. RESISTENCIA DEMOCRATICA

VERDADES QUE TORTURAM OS INIMIGOS!!!!!!!!... PARA O NOSSO DELEITE HEHEHEHE!!!!!!

Bolsonaro e Chiarelli torturam integrantes da Comissão de Direitos Humanos com Verdades

 

DO BLOG DILMA ENCICLOPEDIA 

Se você é católico, preste muita atenção

 Se não é, deixe de lado as precauções e juízos e faça o mesmo.

PSDB avalia CPI para investigar esquema nos Transportes


Mesmo após o afastamento, pela presidente Dilma Rousseff, de funcionários do alto escalão do Ministério dos Transportes por suspeita de corrupção ontem, a oposição quer investigações. O PSDB avalia a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso.
Reportagem publicada pela revista Veja revela o funcionamento de um suposto esquema no Ministério dos Transportes baseado na cobrança de propinas de 4% das empreiteiras e de 5% das empresas de consultoria que elaboram os projetos de obras em rodovias e ferrovias. Em decorrência da denúncia, foram afastados de seus cargos o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, o presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves, o chefe de gabinete do Ministério, Mauro Barbosa Silva, e o assessor Luís Tito Bonvini.
O líder do partido na Câmara, Duarte Nogueira (SP), afirmou que o partido vai entrar com um pedido de investigação no Ministério Público Federal, com um requerimento à Polícia Federal e com uma solicitação de auditoria especial para o Tribunal de Contas da União (TCU). Um requerimento de convocação do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, será apresentado nesta semana em uma comissão técnica da Câmara. "Os fatos são graves. O afastamento foi correto, mas há necessidade de investigações mais profundas", disse o tucano.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) cobrou a demissão do ministro Alfredo Nascimento junto com a equipe. "Será que ele não sabia? A ser verdade a diatribe contra o pessoal do ministério, a presidente tinha obrigação de demitir todos", disse.
O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres(GO), considerou que Dilma deu uma resposta imediata. "Espero que ela continue nesta linha", disse. "O ministro também deve entrar na linha de tiro da presidente. Torcemos para que o surto moralizador vá adiante", completou.
DENISE MADUEÑO E ROSA COSTA - Agência Estado

Dilma decidiu censurar o pecador, mas abrigar o pecado. É uma opção desastrosa!

Uma das boas máximas do cristianismo é  combater o pecado, mas não o pecador; é censurar o vício, mas abrigar aquele que se deixou seduzir pelo diabo… Mas há uma condição: é necessário que ele não peque mais - se não for assim, o perdão se torna um fator de corrupção moral. Dito isso, leiam o que informa Luciana Marques na VEJA Online. Volto em seguida:
A presidente Dilma Rousseff sinalizou nesta segunda-feira que manterá no cargo o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, apesar dos casos de corrupção na pasta, mostrados na edição de veja desta semana. Dilma se reuniu pela manhã com o ministro em Brasília e mandou o seguinte recado, por meio de nota oficial: “o governo manifesta confiança no ministro, que será responsável pela apuração das denúncias.” No sábado, a presidente afastou quatro integrantes da pasta envolvidos em um esquema de pagamento de propina para caciques do Partido da República (PR) em troca de contratos de obras. Manteve, no entanto, Alfredo Nascimento no cargo, ocupado por ele desde 2004. Dilma exigiu que o ministro apurasse os fatos revelados por VEJA.
Voltei
Dilma é, sim, a chefe dos sacerdotes, mas de uma religião chamada “bem público”, que repudia certas acomodações. Quando a presidente afasta toda a cúpula do Ministério dos Transportes, está combatendo os corruptos - e faz muito bem! Quando mantém o ministro Alfredo Nascimento, com nota pública de apoio, está passando a mão na cabeça da corrupção, ainda que ele seja inocente como as flores. Nesse sentido, faz o contrário do que recomenda a ética cristã: condena apenas os pecadores, mas flerta com o pecado. Quando Dilma põe na rua os larápios, faz uma aposta na moralidade; quando mantém o ministro, pensa apenas na sua base de apoio. Se manter a base de apoio vira o oposto da moralidade, então a presidente está com um grave problema - e o país mais ainda.
Depois daquela desastrada e desastrosa nota do patriota Valdemar da Costa Neto (ver posts abaixo), não há menor dúvida. Ele confessou que o ministério serve principalmente aos interesses do partido; que reuniões entre servidores que deveriam atender ao público são mantidas com quadros partidários para satisfazer os interesses da legenda. Há muito eu não via uma confissão tão descarada de uso da máquina pública em favor de um grupo. No Brasil, o chefe da tropa é Valdemar; no ministério, Nascimento.
Dilma agiu com rapidez ao demitir a cúpula da pasta. E tomou uma decisão lastimável ao manter o ministro. Vamos ver até quando ele se segura no cargo.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Ainda bem que PSDB decidiu não ficar em cima da ponte… Ou: Quem é de confiança de quem?

A oposição decidiu cumprir o seu papel - que não é ficar namorando Dilma em cima da ponte (ver post desta manhã) - e agir. Informa a VEJA Online:
“Nesta terça-feira, o PSDB encaminhará uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF) solicitando a abertura de investigações sobre o caso, um pedido de auditoria especial para o Tribunal de Contas da União (TCU) e um requerimento de convocação do ministro da  Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, para depor na Câmara dos Deputados. “Se ela não tiver confiança nele, já deveria ter o tirado do cargo. Agora, o que nos surpreende é a proximidade quase umbilical dessas quatro pessoas afastadas com o ministro. Certamente ele não desconhecia o aumento do orçamento das obras”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP).”
É o mínimo, não?, dado o que já se sabe. Políticos do PR  saíram em defesa de Nascimento. Na Folha Online, lê-se o que segue:
Os senadores do PR Magno Malta (ES) e Clésio Andrade (MG) defenderam a apuração das denúncias, até mesmo por meio de uma CPI, mas pouparam sempre a figura de Nascimento.  ”O ministro Alfredo Nascimento é de toda confiança nossa, do PR. Não podemos misturar algumas possíveis situações que possam ter ocorrido abaixo dele como [sendo] responsabilidade dele”, afirmou Andrade.
Malta disse que é preciso “apurar tudo” e afirmou que às 17h desta segunda-feira terá uma reunião com o ministro. Na condição de líder do PR no Senado, ele vai emitir uma nota pedindo que a Procuradoria-Geral da República e o Tribunal de Contas da União investiguem as denúncias.  ”O ministro para nós é um sujeito digno e tem o nosso apoio, até que se prove o contrário. Agora, penso que o próprio ministro, de punho, ou todos os outros, devem se manifestar para as autoridades, pedindo que investigação seja feita”, afirmou Malta. A fala do senador não esclarece quem são “todos os outros”.
Voltei
Eu não tenho a menor dúvida de que Nascimento é uma pessoa corretíssima para os padrões do PR. Ninguém põe isso em dúvida. Se não fosse, o secretário-geral do partido não seria Valdemar da Costa Neto, que, segundo a Procuradoria-Geral da República, praticou formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Reitero: Valdemar já entregou o serviço. Os patriotas do Ministério dos Transportes se reuniam com representantes do partido para tratar de assuntos que eram do interesse da legenda. Sob o comando de Nascimento. Ele é de confiança do PR, sim; não merece é a confiança do país.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Dilma deixa a raposa cuidando do galinheiro.

A presidente Dilma Rousseff decidiu manter o ministro Alfredo Nascimento no comando dos Transportes. Segundo a assessoria de Imprensa do Palácio do Planalto, a presidente já conversou com Nascimento e pediu que ele conduza as investigações do suposto esquema envolvendo servidores do ministério e de órgãos ligados à pasta em superfaturamento de obras e recebimento de propina de empreiteiras e consultorias. De acordo com assessores, o governo "reitera apoio ao ministro". "O governo manifesta sua confiança no ministro Alfredo Nascimento".O ministro é o responsável pela coordenação do processo de apuração das denúncias feitas contra o Ministério dos Transportes." 

Após reportagem da revista "Veja" sobre o esquema no fim de semana, Nascimento, presidente licenciado do PR, foi obrigado a afastar a cúpula do ministério. Sua permanência não estava assegurada e dependia do encontro com a presidente. Entre os servidores afastados estão o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, e o diretor-presidente da Valec (Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.), José Francisco das Neves. Os órgãos são responsáveis por obras vitais para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O Ministério dos Transportes faz parte da cota do PR, partido da base aliada e que faz dobradinha com o PT desde o primeiro governo Lula. O partido tem 40 deputados federais e seis senadores.(Da Folha Poder)
DO B. DO CEL

Caindo de podre.

Lembram deste post, veiculado em 7 de junho de 2011? A bandalheira do Pão de Açúcar ainda nem tinha acontecido. Cliquem na imagem para ampliar e ler.

Vejam, abaixo, as últimas tuitadas do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Clique na imagem para ampliar e ler:
DO COTURNO NOTURNO

Aloprados, mensaleiros e demais petistas em crise.

Presidente Dilma Rousseff ainda não conseguiu conter as disputas internas em seu partido, o que dificulta a articulação política no Congresso. A matéria é do Correio Braziliense.

O governo Dilma Rousseff termina o primeiro semestre sem um pilar para equilibrar a intrincada rede política que o sustenta. Justamente aquele que deverá cuidar diretamente do PT. No governo Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cuidava da gestão — papel agora exercido por Gleisi Hoffmann. A área política, em especial o diálogo com os partidos aliados, ficava a cargo do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que contava com o auxílio de colegas da Esplanada. Hoje, quem faz essa tarefa é Ideli Salvatti — ela vai cuidar inclusive da crise no PR essa semana. Falta agora quem controle o PT, cada vez mais insatisfeito, especialmente, depois da escolha de Mendes Ribeiro (PMDB-RS) para líder do governo no Congresso.

Na época de Lula, nenhum ministro controlava o Partido dos Trabalhadores. Era tarefa exclusiva do presidente. Dilma ainda não tomou para si essa atribuição, mas já foi avisada que deve fazê-lo a fim de curar as feridas dos primeiros seis meses, que resultaram em um racha na principal tendência do partido, a Construindo um Novo Brasil — um problema que nem o presidente do PT, Rui Falcão, da tendência Novos Rumos, é capaz de resolver. Em suas primeiras avaliações sobre o semestre, feitas na semana passada em reuniões no Planalto, a coordenação governamental concluiu que o PT gerou mais problemas do que deveria para a presidente Dilma Rousseff, a começar pelo coro contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. O barulho veio especialmente da bancada de São Paulo e da disputa que levaram para dentro da Câmara dos Deputados. 

A origem dos problemas, dizem os petistas em conversas reservadas, está na mudança de atores dentro do Construindo um Novo Brasil, a tendência partidária que domina o governo (veja quadro acima) e é definida internamente como um "balaio de poder". Ali estão José Dirceu, Palocci e nove ministros do governo Dilma, incluindo todos do Palácio do Planalto. Estão ali também o presidente da Câmara, Marco Maia (RS), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, João Paulo Cunha (SP), e o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE).

Ao longo do governo Lula, o CNB de Dirceu, Palocci, João Paulo se aproximou da tendência Novos Rumos, do atual líder do governo Cândido Vaccarezza (SP) e da senadora Marta Suplicy (SP) e deputados como José Mentor (SP). Juntos, derrotaram Paulo Texeira (SP) para líder do PT em 2008, posto que ficou com Vaccarezza. Teixeira é do grupo Mensagem ao Partido, o mesmo do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e só conseguiu chegar à liderança este ano, na esteira do racha do CNB, que hoje é um dos fatores que perturbam a saúde política do governo.

A divisão da maior tendência do partido começou na formação do governo Dilma, dada a insatisfação com a falta de espaços para todos nos escaninhos do poder federal. À época, petistas da envergadura do ex-presidente do PT Ricardo Berzoini ficaram fora da formação do governo, assim como a maior parte dos mineiros e o antigo presidente da Câmara Arlindo Chinaglia — que pertence à terceira força partidária, o Movimento PT.

Magoado com o grupo dominante do CNB, Berzoini terminou apoiando Marco Maia para presidente da Câmara contra Vaccarezza, o nome com o aval do grupo de João Paulo Cunha e de Palocci. Chinaglia também apoiou Maia. Para não agravar ainda mais os problemas, Dilma deixou Vaccarezza na liderança do governo e fez de Luiz Sérgio, integrante do CNB e do grupo de João Paulo Cunha, ministro de Relações Institucionais. Bastou a primeira crise no governo para que os dois grupos — o de Vaccarezza/João Paulo/Luiz Sérgio e o de Maia/Berzoini/Arlindo — começassem a se digladiar pelos cargos da seara política. Informada da confusão, Dilma optou por Ideli, deixou os dois grupos a ver navios.Na semana passada, os dois sentiram mais um golpe, com a escolha de um peemedebista para líder do governo no Congresso. Mendes terá poder de fogo sobre os aliados, mas os petistas duvidam que ele terá forças para dar ordens ao PT.

Saúde na UTI - Para atender 80% da população, rede pública só conta só com 56% dos aparelhos existentes no país

Luiz Inácio Apedeuta da Silva já chamou o sistema de saúde no Brasil de quase perfeito, lembram-se? Leiam o que segue:
Por Fábio Frabini, no Globo:
Um bolo pequeno e dramaticamente repartido. É esse o retrato da tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS). Para atender 152 milhões de pessoas, o equivalente a 80% da população, as unidades de saúde pública contam com apenas 56% dos aparelhos para diagnóstico e tratamento de doenças disponíveis no país. O restante está exclusivamente a serviço de clientes privados ou de planos de saúde, público que corresponde a um terço da clientela do governo. O cálculo foi feito pelo GLOBO, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O país tem 704,8 mil equipamentos, classificados em seis grandes grupos pelo IBGE (de diagnóstico por imagem; de manutenção da vida; de terapia por radiação; de funcionamento por métodos gráficos e óticos; e “outros”). Desse total, 396,9 mil estão alocados em serviços próprios ou credenciados pelo poder público. É como se cada máquina tivesse de ser dividida por 382 pacientes, mais que o dobro do verificado na saúde privada (151). Do prosaico aparelho de pressão à ressonância magnética, a desproporção é imensa.
Há no país 1.358 aparelhos de raios X para densitometria óssea, por exemplo, só um quarto na rede pública (367). São 3.019 tomógrafos no total, dos quais 1.145 no SUS. O mesmo vale para aparelhos de endoscopia digestiva (7.529, contra 2.972), eletroestimulação (19.230, contra 7.644), laparoscopia (3.458, contra 1.402), eletroencefalograma (3.123, contra 1.305) e muitos outros. Números que ajudam a entender a longa espera por exames e tratamentos.
Não raro, a oferta de serviços não atende ao previsto pelo próprio Ministério da Saúde em normativos para orientar os gestores do SUS. Portaria de 2002 prevê, por exemplo, um tomógrafo para cada cem mil habitantes, quando há, de fato, um para cada 166 mil brasileiros (ou 132 mil se considerado apenas o público do SUS). Conforme a norma, haveria um aparelho de raios X para densitometria óssea para cada 140 mil pessoas. Na realidade, segundo os números do IBGE, há um para cada 520 mil (ou 414 mil, levando-se em conta a clientela do SUS).
Por Reinaldo Azevedo

Esvaziando prisões

- O Estado de S.Paulo
Sancionada pela presidente Dilma Rousseff no final de maio, depois de tramitar por dez anos no Congresso, a Lei n.º 12.403/11 entra em vigor hoje. Defendida pelo Executivo, que administra o sistema prisional, e criticada por promotores e juízes criminais, ela altera dispositivos importantes do velho Código de Processo Penal (CPP), que foi editado há mais de sete décadas, quando eram outras as condições sociais e econômicas do País.
Entre outras inovações, a Lei n.º 12.403/11 estabelece novos critérios para o cálculo de fianças e dá aos juízes criminais competência para proibir que pessoas com histórico de brigas frequentem bares, boates e estádios de futebol ou viajem. A lei também permite que os mandados de prisão sejam cumpridos em qualquer lugar do País - pelas regras em vigor só podem ser cumpridos na comarca do juiz ou por carta precatória - e torna obrigatória a separação de presos já condenados daqueles que aguardam julgamento.
Os dispositivos mais polêmicos da Lei n.º 12.403/11 são os que eximem de prisão temporária os autores de crimes com baixo poder ofensivo, como lesão corporal, furto, receptação, formação de quadrilha, contrabando, peculato, extorsão, apropriação indébita e desvio de dinheiro público. A lei prevê que a prisão preventiva só poderá ser aplicada a réus acusados de crimes dolosos, com penas superiores a quatro anos - como homicídio qualificado, latrocínio, estupro e narcotráfico. Nos crimes com penas inferiores a quatro anos, os juízes deverão adotar as chamadas medidas cautelares, como comparecimento periódico ao fórum, proibição de se ausentar da comarca, fiscalização eletrônica e internamento em clínicas.
Para as autoridades de segurança pública e gestores do sistema prisional, a ampliação de alternativas para a prisão preventiva evitará que réus primários convivam, em prisões superlotadas, com presos de alta periculosidade. "Atualmente, o risco de jogar na cadeia alguém que cometeu um deslize é alto", diz o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira. "A nova lei vai punir a pessoa de forma equivalente ao crime que cometeu. Às vezes, o suspeito furtava um pacote de linguiça, o delegado tinha de fazer o flagrante e o sujeito ficava na cadeia por não ter advogado", afirma o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima.
Os defensores da Lei n.º 12.403/11 também alegam que as novas medidas alternativas à prisão preventiva vão aliviar a lotação das cadeias públicas e dos centros de triagem e detenção, uma vez que concedem a dezenas de milhares de pessoas que hoje se encontram presas o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Pelas estimativas do Departamento Penitenciário Nacional, o sistema prisional tem um déficit de 180 mil vagas e, das 450 mil pessoas encarceradas, 44% se encontram em prisão provisória.
Para muitos promotores e juízes criminais, contudo, com a entrada em vigor da Lei n.º 12.403/11 o Brasil estaria na contramão da história, pois a maioria dos países vem adotando leis mais severas para combater a criminalidade. Eles também afirmam que a lei comprometerá a segurança pública. Tendo sido concebida com o objetivo de diminuir os gastos do Executivo com o sistema prisional e reduzir as pressões para a construção de novos estabelecimentos penais, ela vai devolver às ruas cerca de 100 mil presos nas próximas semanas - e, como a taxa de reincidência criminal no País se situa em torno de 70%, isso pode aumentar a violência, além de reforçar o sentimento de impunidade. "A pessoa que é presa e colocada imediatamente em liberdade desacredita o trabalho da polícia", diz Marcelo Rovere, promotor do 1.º Tribunal do Júri da capital.
A modernização do CPP era uma antiga aspiração do Ministério Público e da Justiça - e muitas foram as sugestões encaminhadas pelas duas instituições ao Legislativo, durante a tramitação do projeto que resultou na Lei n.º 12.403/11. Infelizmente, o viés econômico acabou prevalecendo, por causa das pressões do Executivo, e os riscos que a nova lei pode trazer para a segurança da população não devem ser subestimados.

Denúncia de corrupção ameaça ministro dos Transportes e abre nova crise na base

Por Denise Madueño e Rosa Costa, no Estadão:
O afastamento da cúpula do Ministério dos Transportes por suspeita de corrupção pela presidente Dilma Rousseff no final de semana deixou o ministro Alfredo Nascimento (PR) em posição insustentável no comando da pasta, na avaliação de aliados do Planalto. A queda do ministro é esperada em breve por governistas e a oposição avalia a apresentação de um pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o caso.
A rapidez com que Dilma atuou no episódio levantou ressentimentos na base. Parlamentares aliados previam, ontem, dificuldades futuras para a presidente na relação com os partidos que a apoiam no Legislativo. Eles sustentam que a presidente humilhou o PR, que comanda o Ministério dos Transportes, e fragilizou a confiança com a base pela forma com que agiu.
Dilma anunciou o afastamento assim que a revista Veja começou a circular com a denúncia sobre um esquema de cobrança de propinas na pasta, na manhã de sábado, sem dar chance ou prazo para explicações ao ministro Alfredo Nascimento. Esses fatos, avaliam governistas, revelam que Dilma já pretendia fazer mudanças no ministério e aproveitou a oportunidade.
(…)
Foram afastados pelo governo o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, o presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves, o chefe de gabinete do ministério, Mauro Barbosa Silva, e o assessor Luís Tito Bonvini.
(…)
Ao mesmo tempo em que aplaudiu a atitude de Dilma, a oposição quer mais investigações. O PSDB avalia a criação de uma CPI. O líder do partido na Câmara, Duarte Nogueira (SP), afirmou que vai entrar com um pedido de investigação no Ministério Público Federal, com um requerimento à Polícia Federal e com uma solicitação de auditoria especial para o Tribunal de Contas da União (TCU). Um requerimento de convocação do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, será apresentado nesta semana em uma comissão da Câmara.
“Os fatos são graves. O afastamento foi correto, mas há necessidade de investigações mais profundas”, disse o tucano.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) cobrou a demissão do ministro Alfredo Nascimento junto com a equipe. “Será que ele não sabia? A ser verdade a diatribe contra o pessoal do ministério, a presidente tinha obrigação de demitir todos”, disse. Aqui
Por Reinaldo Azevedo

A missão deles. Ou: De namorico com Dilma sobre a ponte

Queridos, é um daqueles textos um tanto longos, mas que, acredito, toca em algumas questões essenciais. A avaliação, como sempre, é de vocês.
Na quarta-feira, o ex-governador de São Paulo José Serra apresentou um documento para ser debatido pelos demais membros do Conselho Político do PSDB, presidido por ele. Com algumas costelas e um braço fraturados, o senador Aécio Neves (MG) não compareceu à reunião, em Brasília. Estavam presentes, além de Serra, os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o deputado Sérgio Guerra (PE), presidente da legenda. O texto foi enviado a Aécio. Não se tratava de um abaixo-assinado, resolução ou linha oficial de conduta a ser adotada pelo partido a partir daquele encontro - infelizmente para a oposição, não era nada disso. Tratava-se tão-somente de documento de uma de suas lideranças. Mesmo assim, deu-se um pequeno sururu. No dia seguinte, uma solenidade no Senado, a que compareceram políticos de diversas legendas - inclusive do PT (aquele evento em que Nelson Jobim lamentou ter de suportar alguns “idiotas” imodestos) -, comemorou os 80 anos de FHC, completados no último dia 18. Serra discursou. Falou inequivocamente como homem de oposição. Novo sururu. Nos dois casos, acusou-se um Serra acima do tom, inadequado àquele que seria um clima de cordialidade entre governo e oposição. As circunstâncias em que uma avaliação como essa prospera, com o auxílio luxuoso de certa imprensa que estupidifica o debate político, dizem bem da miséria política que experimentamos.
Tornado público o documento, Sua Excelência o “Off” - vocês o conhecem? - começou a dar declarações à imprensa afirmando que o texto não representava um consenso, mas apenas a visão de seu autor. Era uma meia-verdade - e, portanto, uma meia-mentira. Como meia-verdade, com efeito, tratava-se de uma avaliação do ex-governador posta em debate, que não buscava a adesão formal dos conselheiros. Como meia-mentira, ignora-se o fato de que os presentes acharam que o documento era bom e retratava com correção o momento. Ao fim do encontro, indagado sobre as críticas, FHC chegou a afirmar: “Eu sigo o Serra”.
Antes que continue, uma nota à margem: editores e diretores de jornal deveriam rediscutir o estatuto do off. Antigamente, ele servia para que fontes denunciassem falcatruas ou dessem algumas dicas preciosas aos jornalistas, colocando-os na pista certa numa determinada apuração. Hoje em dia, com a proliferação da chamada “cobertura política de bastidores”, tornou-se um instrumento do político que cai nas graças do repórter, do editor ou do colunista. Ele pode falar o que bem entende, mandar o seu recado, e não tem como ser contestado ou contraditado. Ou por outra: quem publica uma avaliação política “em off” está fazendo assessoria de imprensa. Sigamos.
Diante da celeuma armada em torno do documento, no sábado à noite, Sérgio Guerra divulgou a seguinte nota:
“O governador José Serra apresentou ao Conselho Político do PSDB um documento sobre a conjuntura brasileira e também comentários sobre as ações do partido. Serra nunca pretendeu que sua proposta fosse assumida como do Conselho ou do Partido. É um texto de qualidade, como são as manifestações do governador, e será discutido no ambiente partidário e político. Esse era e é o propósito do governador Serra.”
Em seu site, Serra escreve:
“O texto é de minha autoria. Levei-o à primeira reunião do Conselho Político do PSDB, o qual presido, no dia 29 de junho, em Brasília, para servir de base ao debate  sobre a conjuntura política e o partido. Fiz o elenco daqueles que considero os problemas do país, as dificuldades do governo, a missão do nosso partido e os riscos que podem rondar a legenda. Trata-se de um texto extenso e com temas muito diversificados. Não tinha a pretensão, nem propus - todos os  presentes  à reunião sabem disso - transformá-lo em um documento formal do PSDB,  subscrito por todos.”
Mas o que Serra disse de tão grave?
Mas, afinal, o que disse Serra de tão grave? Apontou o que chamou de “herança maldita” de Lula - especialmente a crise na área infraestrutura no país; apontou as hesitações e falta de rumo do governo; criticou com ênfase o novo regime de contratação de obras para a Copa, que vai facilitar a corrupção, e alertou o partido para o risco de divisões internas. No discurso em homenagem a FHC, lembrou que o ex-presidente não é do tipo que passa a mão na cabeça de aloprados. Havia petistas presentes. Algumas normalistas, inclusive da imprensa, consideraram a fala uma descortesia. Daqui a pouco estaremos proibidos de falar mal do Marcola para não ferir susceptibilidades.
Começou uma impressionante gritaria na imprensa. Serra estaria cometendo o grave erro de investir no confronto (ó, meu Deus! Que coisa feia!), quando o momento é de concórdia. Alguns chegaram a lembrar, imaginem vocês!, que Dilma enviara, não faz tempo, uma mensagem simpática a FHC, reconhecendo seus méritos. Como o ex-governador ousa, dado esse fato, acusar erros, desvios, desmandos e incompetências do petismo? Não sei se notam a armadilha intelectual e moral que há nessa consideração. Sua síntese é a seguinte: enquanto Dilma - ou petistas graúdos - não reconheciam os méritos do ex-presidente, tudo bem haver algum confronto etc e tal. Agora que ela se rendeu, ao menos parcialmente, aos fatos, então os tucanos ficam proibidos de criticar petistas. Corolário: o PT é que determina quando seu adversário pode ou não atacá-lo. E exercerá esse poder regulando a sua própria disposição para elogiar os desafetos.
Nunca vi isso. Aliás, nunca antes na história do mundo democrático alguém viu algo parecido.
Leio no Estadão deste domingo, na coluna de João Bosco Rebello, a seguinte nota, intitulada “Inércia aparente”:
Há outra interpretação para o comportamento da oposição, que explica sua criticada inércia como uma aposta nos efeitos do enfrentamento do governo com sua base. A síntese, defendida pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), é a de que o conflito na base dispensaria a oposição, por ora, de ações mais agressivas. Prova disso seria a ponte lançada pela presidente Dilma ao PSDB, materializada no reconhecimento do legado de Fernando Henrique Cardoso. No espaço de um semestre, Dilma passou da crítica ao elogio à maior expressão tucana, no mínimo para arrefecer o ânimo oposicionista. Não conseguiu isso de José Serra, seu adversário derrotado nas eleições, que divulgou à revelia do partido um documento com pesadas críticas ao governo na busca de afirmar-se candidato do partido em 2014, condição que disputa com Aécio.
Heeeinnnn?
Eu entendi errado, ou o senador Aécio Neves está a dizer que, por enquanto, a tarefa de fazer oposição a Dilma é da própria base aliada, cabendo à oposição pegar leve, não criar tensão. Olhem, eu até entendo o que alguns petistas querem dizer quando afirmam que a imprensa - ao menos aquela que se preza - é o verdadeiro partido de oposição do Brasil. Embora seja uma mentira estúpida, uma vigarice, uma afirmação canalha, ela é compreensível. É o jornalismo que informa o patrimônio fabuloso de um Antonio Palocci, o esquema corrupto armado no Ministério dos Transportes, o fabuloso faturamento de uma empresa de Eunício oliveira, que fornece serviços à Petrobras sem licitação. É… Faz sentido! Em muitos aspectos, a imprensa faz o papel que caberia à oposição, mas não porque seja oposicionista e queira o poder, mas porque defende as instituições, vigia o poder e cobra o respeito às leis.
O governo tem uma base de tal sorte gigantesca que é razoável que ela se divida e que haja uma pressão danada para ocupar cargos. Mas isso não quer dizer que a oposição deva se acomodar, deixando de cumprir o seu papel, esperando que os próprios governistas batam cabeça. O que propõe Aécio? Silenciar diante de um Palocci? Calar-se diante dos descalabros do Ministério dos Transportes? Não dizer uma vírgula sobre a empresa do patriota Eunício Oliveira? E só para reiterar: o documento de Serra, como atesta a nota de Guerra, não foi divulgado à revelia do partido.
Teoria da ponte
A que ou quem serve “a ponte” que Dilma teria lançado, seguindo o pensamento de Aécio, relatado por João Bosco Rebello? Bem, se ela tinha a intenção de desarmar e de desarticular a oposição, a serem as coisas como quer Aécio, então Dilma estaria sendo muito bem-sucedida, não é mesmo? Depois de ter passado 17 anos esculhambando os tucanos, bastaria um elogio para que a oposição se derretesse. Compreende-se, nesse contexto, que seja considerada inadequada e fora de tom a fala de um político que lembra que a oposição existe e que, na democracia, é ela que legitima o governo , uma vez que só há oposição livre… na democracia!
Não estou criticando a coluna de João Bosco. Registra o pensamento de um senador da oposição, um dos pré-candidatos do PSDB à Presidência da República. O que me espantou foi certo colunismo, que se revelou quase ofendido com o documento e com o discurso de Serra. Na sexta, o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS),  nomeado líder do governo no Congresso, revelou a recomendação que lhe fizera a presidente Dilma no exercício do cargo: “desarmar os espíritos”, “buscar o entendimento” e “ter paciência”.
Entende-se, pois, que o espíritos andam armados, que o entendimento inexiste e que a pressão é grande. Sim, em um aspecto ao menos Aécio está certo: o governo encontra alguns severos problemas em sua base de apoio. Deve, por isso, a oposição renunciar à sua tarefa? Deve, então, deixar de dizer o que tem de ser dito para ficar assistindo à confusão da base, enquanto transita na “ponte”? Ora… Não custa lembrar que Luiz Inácio Lula da Silva, que é quem manda no PT e quem vai comandar as alianças dos petistas já neste 2012, não enviou nem mesmo simples “parabéns” a FHC. Sei lá… Talvez ache injusto até mesmo algo de que o tucano certamente não faria a menor questão: completar 80 anos primeiro!
Oposição é parte da construção democrática
Atenção para uma questão essencial! Uma oposição não tem nem mesmo a obrigação de ser justa! Fosse essa uma exigência para que alguém pudesse se opor ao poder, estaríamos numa tirania, ainda que eventualmente virtuosa, em que um tribunal julgaria de antemão os motivos dos adversários do governo. Imaginem, então, quando as razões abundam, e a sua evidência está nas recomendações que a própria mandatária dá a seu líder no Congresso!
Mais ainda: oposições justas não conseguem, muitas vezes, lograr o seu intento. E pode acontecer de as injustas serem bem-sucedidas. Isso tudo é parte do jogo democrático, daquele sistema que, como bem observou Churchill, no que já é um clichê, mas de verdade intrínseca ainda insuperável, é “a pior forma de governo, com exceção de todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos”. A propósito: Churchill venceu Hitler, mas foi derrotado pelos britânicos, que o apearam do poder. Foi justo? Não importa! Foi democrático! Qualquer outro regime que impedisse o povo de fazer a sua escolha seria pior, com o que o próprio Churchill concordava.
Vão fazer outra coisa!
Se os tucanos consideram que o PSDB não suporta um discurso como o de Serra ou um documento como aquele, que, então, mudem de ramo ou mudem de lado. Num caso, devem parar de fazer política; no outro, devem se juntar a Dilma Rousseff na esperança tola, estúpida, de que, quem sabe?, ela se desgrude um tantinho de Lula e do PT. O Brasil tem jabuticaba, tem pororoca, Tiririca, mulher-melancia; tem até bandido-filósofo, que lê Nietzsche na cadeia - e tem filósofos-bandidos também, que justificam o terrorismo, por exemplo. Não nos faltam exotismos. Mas uma coisa é certa: não conseguimos um outro feito único no mundo, que seria transformar uma oposição governista em algo virtuoso para a democracia.
Não há uma só democracia do mundo em que o direito de fazer oposição - ou melhor: A OBRIGAÇÃO - seja contestado por setores da própria imprensa e até por líderes da oposição. Num editorial deste domingo, o Estadão escreve algo que certos oposicionistas hoje talvez considerem de um radicalismo insuportável:
“Tudo fica ainda pior quando a essa dificuldade estrutural se soma a inexperiência, ou a inaptidão, do presidente da República para manter sua maioria no Congresso sob relativo controle. É o que se tem visto, uma vez e outra e outra ainda, no governo Dilma Rousseff. Não se lhe fará a injustiça de ignorar que ela procura dar o melhor de si no desempenho da função. Mas tampouco se pode imaginar que ela desconhecesse, ao tomar posse, as realidades do exercício do poder no País, das quais faz parte a disposição dos políticos de pagar para ver a mão de quem, conforme o seu patrimônio de liderança, ou aprenderão a respeitar ou insistirão em chantagear (…).O episódio dos restos a pagar é, por baixo, o terceiro tropeção do governo em assuntos relevantes, depois da votação do Código Florestal e do zigue-zague de Dilma no caso do sigilo eterno (ou limitado a 50 anos) dos papéis oficiais considerados ultrassecretos. A repetição não deixa dúvidas: a presidente governa por ensaio e erro, e o seu governo é a coisa mais parecida que existe em Brasília com uma sanfona. Não adianta culpar por isso o disfuncional sistema político. Dilma é que tarda a assumir a sua responsabilidade primária: encarnar na Presidência.”
Quem quer chegar ao poder tem de se preparar para vigiar o governo, apontar as suas falhas, debater caminhos, propor alternativas - e olhem que, a exemplo do que fez o PT, nem precisa necessariamente cumprir as promessas. O conteúdo do documento de Serra foi deixado de lado para privilegiar, mais uma vez, o racha interno, a picuinha, as fofoquinhas, os “offs” plantados… Em suma: a base de Dilma Rousseff, como evidencia a reportagem de VEJA desta semana sobre o PR, causa-lhe muita dor de cabeça. Não é que há tucanos se oferecendo para um namorico na ponte?
E o que há do outro lado da ponte? O PT! Ou seja: a derrota!
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

A corrupção nos Transportes - Mensaleiro admite que ministério está a serviço do partido. Ministro tem de ser demitido já!

Como vocês viram, reportagem da VEJA desta semana levou a presidente Dilma Rousseff a afastar a cúpula do Ministério dos Transportes. A revista revelou a existência de uma esquema de mensalão na pasta. O patriota Valdemar Costa Neto, uma das ruidosas estrelas do mensalão também -  aquele do PT - emitiu uma nota. que segue em vermelho. Leiam. Eu a considero uma confissão. Volto depois:
“Brasília, 02 de julho de 2011.
Sobre as afirmações publicadas na edição desta semana da revista Veja, o deputado Valdemar Costa Neto tem a esclarecer:
1 - As relações mantidas com Órgãos da Administração Pública Federal, incluindo o Ministério dos Transportes, são públicas e quase sempre consumadas em despachos e reuniões de trabalho organizadas pelos servidores das respectivas pastas. Sempre transparentes, estas reuniões buscam garantir benfeitorias federais para as regiões representadas por lideranças políticas do PR.
2 - Estas relações, notadamente institucionais, são regulares, decorrem do desempenho das funções de Secretário Geral da legenda partidária, e dizem respeito ao acompanhamento das demandas por benfeitorias federais de interesse das regiões onde o partido tem representação política (vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais e senadores).
3 - A Executiva Nacional do PR apóia a decisão que instaurou sindicância para, no menor prazo possível, ficar provada a inocência dos republicanos afastados, lhes garantindo pleno direito de defesa.
4 - Ninguém está autorizado a discutir qualquer contrato público, em nenhum lugar, em nome do Partido da República. Portanto, caso haja esta ocorrência, tal conduta é criminosa e não diz respeito ao PR.
5 - A apresentação de acusações apócrifas e a falta de qualquer indício, prova ou documento que ampare as afirmações da revista Veja desta semana exige do PR providências enérgicas. Por esta razão o partido ingressará com as medidas judiciais cabíveis contra a revista e os autores do texto que, neste caso, serão cobrados por suas acusações infundadas diante dos Tribunais.
Valdemar Costa Neto
Secretário Geral do PR”
Voltei
Raramente vi algo assim. Ele está confessando! Quer dizer que políticos do partido - entende-se que era ele o comadante - se “reúnem” com representantes do ministério para garantir benfeitorias em regiões que são do interesse da sigla? Isso significa, então, que o Ministério dos Transportes se transformou numa repartição de um partido político. Em vez de atender aos interesses da sociedade, atende aos interesses do PR. Coincide com parte do que VEJA denunciou.
Essa nota é o bastante para a presidente Dillma Rousseff botar Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes, na rua. E já!!!
Quanto ao mais… Pô, Valdemar! Entregue os cargos à presidente Dilma, que, então, está sendo brutalmente injusta, não é mesmo? Onde já se viu botar na rua toda a cúpula de um ministério só porque a revista VEJA decidiu publicar todas aquelas maldades? Tenho uma idéia: o deputado deveria processar também a presidente da República!!!
Recorrer à Justiça é um direito sagrado que assiste todos os cidadãos numa democracia! A ex-ministra Erenice Guerra também havia prometido levar a revista às “barras dos tribunais”, como se diz por aí, mas acabou desistindo.  A Procuradoria Geral da República acusou Valdemar da Cota Neto, o que foi aceito pelo Supremo, de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Faz sentido ele processar a VEJA.
E só para que saiba o leitor: Alfredo Nascimento, o titular da pasta dos Transportes, também está com a cabeça a prêmio.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Está tudo dominado


Os rostos pintados da Era Collor não se repetem hoje, quando os desmandos são infinitamente piores, porque foram apenas mais um das inúmeras manobras da agenda revolucionária rumo ao controle do país
O sujeito me parou na rua: "Cadê os caras-pintadas? Cadê os caras-pintadas?" A mão no meu peito parecia disposta a impedir qualquer possibilidade de que a pergunta ou o perguntador fossem driblados. Era preciso responder.
Respondi: "Você não está querendo sugerir que os caras-pintadas expressavam espontaneamente uma sentida revolta popular, está?". Ele me olhou surpreso: "Como que não? Como que não?". Em sua indignação ele dizia tudo duas vezes. Acho que uma para si mesmo e outra para mim.


Tentarei resumir o que falei àquele meu interlocutor. Ele não sabia que contingentes expressivos de caras-pintadas saíram às ruas para derrubar o Collor, não só porque ele forneceu motivos, mas, principalmente, porque faziam parte de uma grande corrente aparelhada pelo PT e seus parceiros, ou foram por ela levados a pintar o rosto.
 
Há muitos anos, desde antes da nossa redemocratização, teve início um processo revolucionário, de ação gradual, mediante infiltração e ocupação de espaços para tomada do poder através da cultura. Não foi e não é um fenômeno apenas brasileiro ou latino-americano. Trata-se de algo que aconteceu  e segue acontecendo em todo o Ocidente. O Foro de São Paulo organiza o trabalho na América Latina e no Caribe e o Brasil é um dos casos de sucesso. A revolução é cultural, mas o objetivo é político: a esquerda no poder, para ficar.
 
A melhor maneira de mostrar o que aconteceu é adotar como ponto de partida não uma sequência cronológica de fatos, mas exibir a obra já feita, o produto acabado, porque não há consequência sem causa. Não há laranja sem que tenha havido laranjeira. Não há corrente sem que elos sejam criados e unidos. Não há hegemonia sem construção de hegemonia.
 
Vamos, então, às laranjas. Recentemente, houve eleição para o sindicato dos professores do Rio Grande do Sul. Digladiaram-se três chapas, sendo duas encabeçadas por petistas. A eleição se travou no que deveria ser o pior período possível para essas duas chapas. O magistério estadual acabara de ver frustradas as expectativas de que o governo Tarso fosse atender as exigências que seu partido, em coro com as lideranças classistas, fazia aos que o antecederam no Piratini. Calote puro e simples. Não bastante isso, o PT estava, nesses mesmos dias, adicionalmente, elevando a alíquota de contribuição previdenciária de todos os servidores com vencimentos superiores a R$ 3,6 mil. Pois o pacote de maldades em nada afetou o alinhamento ideológico do magistério público. As duas chapas de esquerda perfizeram mais de 90% dos votos! Por quê? Porque para gente bem doutrinada o projeto político subordina tudo e todos.
 
Com raras, raríssimas exceções, quando contemplamos, em visão de conjunto, a educação nacional, pública ou privada, leiga ou religiosa, em todos os níveis, a situação é a mesma. Através da Educação e seus agentes, já nas salas de aula do ensino fundamental, a hegemonia vai subindo os degraus do sistema, envolvendo professores e alunos. Não é por acaso que a UNE vem sendo comandada pelo PCdoB desde quando o Aldo Rebelo era adolescente. A porta de entrada dos cursos de pós-graduação raramente não inclui uma banca com o poder de filtrar as ideias que ganharão assento nas salas de aula. Daí para o domínio das carreiras de Estado, dos concursos públicos, e até mesmo de suas provas, não vai mais do que um passo de dedo.
 
Assim, aos poucos, as teses da esquerda foram vestindo toga e chegaram aos tribunais. Primeiro, como vozes discordantes. Mais tarde, nas câmaras, os desembargadores comprometidos com a revolução pela cultura perdiam por 2 a 1. Depois, inverteram o placar. Aos poucos, passaram a controlar os Plenos. Chegaram aos tribunais superiores. Hoje dominam  o STF.
 
Mais laranjas da mesma laranjeira podem ser contempladas na mídia. Os textos que saem das redações, as pautas, os enfoques, as análises servem notavelmente à revolução através da cultura. Direita não presta, conservador é nome feio, as religiões são culpadas por todos os males, católicos são seres desprezíveis. Pouco importa que a posição editorial seja diferente quando a informação, o comentário, o tópico mais lido, a manchete que resume a matéria, o tom de voz do locutor experiente, a imagem selecionada para ir à tela, afirmam num outro viés. Na televisão, a hegemonia da Rede Globo facilitou o projeto, mormente no que se relaciona com o enfraquecimento da instituição familiar, a lassidão dos costumes, a agenda gay, a ridicularização da religião e dos valores ainda apreciados pela sociedade.
 
Mesmo que escrutine os escaninhos da memória, não é de meu conhecimento instituição mais una do que a Igreja Católica, ao menos nos últimos cinco séculos. Pois esse baluarte foi rompido internamente por dissensos ideológicos promovidos pela mesmíssima revolução através da cultura. Não há o que os dois últimos pontífices tenham afirmado desde 1978 que seja capaz de afastar a CNBB, a maioria dos bispos, padres e seminaristas da herética Teologia da Libertação (TL). Nada nem ninguém prestou melhor serviço à hegemonia da esquerda do que a TL quando substituiu o pobre dos Evangelhos pelo excluído em nome do qual ela se proclama formulada. O pobre dos Evangelhos é objeto da caridade cristã, da virtude do amor ao próximo. O excluído da TL é parte ativa de um projeto revolucionário. Serviço feito.
 
Eu poderia prosseguir, apontando obviedades como a hegemonia exercida sobre os sindicatos e suas centrais, os movimentos sociais, a Justiça do Trabalho, a maior parte dos conselhos profissionais e suas confederações, as associações de bairro, e por aí afora. Mas não creio que seja mais necessário. Já provei o que queria. Note-se: tudo isso foi feito antes de Lula chegar lá.
 
Quando ele chegou, completou o serviço promovendo o encontro de todas essas estruturas - que o PT chama de "sociedade civil organizada" (por ele, claro) - com a brutal concentração de poderes que constitucionalmente convergem à pessoa do presidente e ao seu partido: chefia simultânea do Estado, do governo e da administração, das estatais e fundos de pensão; comando das principais fontes de financiamento interno (BB, BNDES, CEF), de 24% do PIB nacional, de poderosas e polpudas contas de publicidade capazes de excitar favoravelmente parcela expressiva da mídia; poderes para legislar por medida provisória, nomear ministros dos tribunais superiores, conceder e renovar concessões de emissoras de rádio e tevê, criar e distribuir cargos e favores.
 
Se o partido do governo detém tal poder e, simultaneamente, controla tudo que está organizado na sociedade, de onde, raios, poderão surgir os caras-pintadas? Das piedosas senhoras idosas da hora do Ângelus? Do clube de mães da vila Caiu-do-céu? O que podem eventuais organizações não alinhadas, dispersas e desprovidas de qualquer poder, contra quem coloca quatro milhões de militantes numa Parada Gay?  
 
Nesse ponto, meu interlocutor já queria ir embora e era eu que o travava colocando a mão sobre seu peito. "Mas ainda existe a oposição! Ainda existe a oposição!", bradou, por fim, em sua desesperada dose dupla de santa ira. "Oposição? Não há oposição política no mundo capaz, neste momento, de sequer arranhar a teflon da máquina hegemônica petista. A blindagem não é do Palocci, da Erenice, do Lula ou do filho do Lula. O que está blindado é o projeto revolucionário, o projeto de poder. É de setores do próprio PT que surgem, eventualmente, problemas para o PT. E quando a oposição política mais forte leva o nome de "dissidência", é porque está tudo dominado e o totalitarismo está instalado". Quod erat demonstrandum
DO B. MIDIA SEM MASCARA

UnB FOI TRANSFORMADA EM MADRAÇAL DO ESQUERDISMO DO PT


A abertura da reportagem de VEJA desta semana
A revista Veja que foi às bancas neste final de semana traz uma grande reportagem denunciando o fato de que a Universidade de Brasília (UnB), que um dia já foi uma referência no ensino superior brasileiro, se transformou numa espécie de madraçal do esquerdismo. Quem não se adapta à ditadura comandada pela tróica do PT que dirige essa instituição passa ser impiedosamente perseguido e até mesmo excluído do meio acadêmico. Isto vale para professores e alunos. 

Segundo a reportagem um professor que não concordou com as moscas varejeiras do esquedismo que contaminam a UnB teve sua disciplina simplesmente suspensa. Mas vale a leitura completa dessa reportagem que revela todo o mal que o PT faz ao Brasil em todas as áreas e sobretudo na Educação, cuja ação petista é criminosa, ao transformar salas de aula em madraçais onde promovem a lavagem cerebral dos jovens para transformá-los em militantes da causa comunista. A rigor, quem está na UnB não cursa uma universidade, mas um centro de formação do terror esquerdista.
O professor Marcelo Hermes-Lima, da Bioquímica, entrevistado nessa reportagem possui o blog Ciência Brasil, onde seguidamente denuncia a deletéria ação da patrulha ideológica do PT que já avança inclusive para além da cidadela das Ciências Humanas, onde as varejeiras têm o seu ninho, para alcançar inclusive os cursos das áreas de ciências físicas e biológicas.
O professor Marcelo postou no seu blog os facsímiles completos das páginas da reportagem de Veja permitindo a leitura completa - CLIQUE AQUI -, já que essa matéria não está disponível no site da revista.
Acima o facsímile da página de abertura da reportagem, cujo título não poderia ser mais apropriado.

Blairo Maggi, o maior ruralista do Brasil, é contra o Código Florestal. Sobre o Código de Ética, há controvérsias.

Um trio afinadíssimo: Lula, Blairo Maggi e Luiz Antônio Pagot.

Não foi estranho ver o senador Blairo Maggi (PR-MT) investindo contra o Código Florestal, sendo o maior produtor de soja do mundo? Não, por alguns motivos. Além de ter o monopólio do fornecimento de soja para os projetos de ecodiesel do governo federal, ele ainda indica o diretor-geral do DNIT. São alguns bilhões na sua área de infuência. Ele é o fiador do famoso Luiz Antônio Pagot, que acaba de ser demitido junto com toda a cúpula do Ministério dos Transportes, por suspeita de fraudes milionárias em obras. Segundo a Veja, há um Mensalão do PR dentro do órgão público, que recebe entre 4% e 5% de todas as obras realizadas.O senador Blairo Maggi é contra o Código Florestal porque a agricultura vai de vento em popa. Ele quer mesmo é alavancar os seus negócios logísticos, se é que vocês entendem. Vamos ver se ele é contra ou a favor do Código de Ética, quando for inquirido pela oposição dentro do Senado.

Vestindo a cartola.

Do Painel da Folha:

Arquibancada Aliados dizem que, na escolha do cartola do Cruzeiro Zezé Perrella (PDT) para a suplência de Itamar, pesou a "militância" de Aécio Neves (PSDB) pelo seu clube de coração.

Fraude eleitoral.

O eleitor vota em políticos sérios de oposição e, em caso de morte dos eleitos, ganha suspeitos de corrupção e declarados fisiológicos no lugar. É ou não é a cara do Brasil, para não dizer da política de Minas Gerais, onde tudo é diferente? E como é !  A matéria é da Folha de São Paulo:

O mandato de Itamar Franco no Senado, que se estende até 2018, será herdado pelo empresário e presidente do Cruzeiro Zezé Perrella (PDT), ex-deputado estadual e federal pelo DEM-MG. O cartola se tornou primeiro suplente de Itamar após negociação feita pelo senador Aécio Neves (PSDB) para ter o PDT na aliança que elegeu o tucano Antonio Anastasia ao governo estadual. Perrella foi indiciado pela Polícia Federal no ano passado, sob suspeita de lavagem de dinheiro na venda do zagueiro cruzeirense Luisão ao Real Madrid, em 2003, e é investigado pelo Ministério Público, sob suspeita de ocultar patrimônio. À Justiça Eleitoral, declarou menos de R$ 500 mil. Denúncias veiculadas na imprensa mineira afirmam que ele é dono de uma fazenda que valeria cerca de R$ 60 milhões. Perrella afirma que a propriedade pertence a uma empresa de seus filhos.

Em nota, ele lamentou a morte de Itamar: "Os compromissos do ex-presidente para com Minas e o Brasil são conhecidos por várias gerações de mineiros, e deles todos nós nos orgulhamos". Minas, que começou 2011 com três senadores de oposição ao governo Dilma, agora tem dois governistas, isolando Aécio Neves. O PDT de Perrella está na base aliada, que ganhou o reforço de Clésio Andrade (PR), suplente de Eliseu Resende (DEM), que morreu em janeiro.
DO B. DO CEL