Vocês
certamente já ouviram falar dos Protocolos dos Sábios de Sião, um texto
redigido em 1897, muito provavelmente pela polícia secreta do czar
Nicolau II, da Rússia, como se tivesse saído da pena de pensadores
judeus. Explicita um suposta conspiração sionista para governar o mundo.
Tornou-se um clássico da sujeira antissemita. Pois bem. A reportagem de
VEJA teve acesso aos “Protocolos dos Sábios do PT” para impor a sua
vontade ao país. Mas há duas diferenças: os protocolos originais eram
falsos; os do PT são verdadeiros. Os judeus nunca tiveram a intenção de
dominar o mundo, já os petistas têm a declarada intenção de dominar para
sempre o país — como revelou Lula no Programa do Ratinho.
Muito bem.
Abaixo vocês lerão trecho da reportagem de Daniel Pereira na VEJA desta
semana. O PT elaborou os protocolos para seus representantes na CPI com
aqueles que deveriam ser os seus alvos. Seriam Carlinhos Cachoeira, a
Delta e a roubalheira? Nada disso!!! Os alvos, está tudo escrito, eram Gilmar Mendes, Roberto Gurgel (Procurador Geral da República), a imprensa e a oposição. Segue trecho da reportagem:
(…)
Nesta edição, VEJA revela a existência de um documento preparado pelos petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira. Lendo o material, é possível imaginar a atmosfera pesada que pontuou a conversa entre o ministro [Gilmar Mendes] e o ex-presidente, ocorrida no dia 26 de abril, no escritório de Nelson Jobim. ex-presidente do STF e amigo de ambos. O nome de Gilmar faz parte de uma lista de alvos preferenciais do PT que precisariam ser atingidos pela CPI do Cachoeira. Outro marcado na lista para sofrer ameaças e humilhações é Roberto Gurgel, procurador-geral da República, a quem caberá defender a punição dos mensaleiros na abertura do julgamento no STF. O guia de ação na CPI, produzido pela liderança petista e ao qual VEJA teve acesso. não deixa dúvida sobre as reais intenções do grupo mais umbilicalmente ligado a Lula. Os alvos preferenciais são os oposicionistas, a imprensa e membros do Judiciário que, de alguma forma, contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado e passe, portanto, a existir oficialmente como um dos grandes eventos de corrupção da história brasileira - e, sem dúvida, o maior da República.
(…)
Nesta edição, VEJA revela a existência de um documento preparado pelos petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira. Lendo o material, é possível imaginar a atmosfera pesada que pontuou a conversa entre o ministro [Gilmar Mendes] e o ex-presidente, ocorrida no dia 26 de abril, no escritório de Nelson Jobim. ex-presidente do STF e amigo de ambos. O nome de Gilmar faz parte de uma lista de alvos preferenciais do PT que precisariam ser atingidos pela CPI do Cachoeira. Outro marcado na lista para sofrer ameaças e humilhações é Roberto Gurgel, procurador-geral da República, a quem caberá defender a punição dos mensaleiros na abertura do julgamento no STF. O guia de ação na CPI, produzido pela liderança petista e ao qual VEJA teve acesso. não deixa dúvida sobre as reais intenções do grupo mais umbilicalmente ligado a Lula. Os alvos preferenciais são os oposicionistas, a imprensa e membros do Judiciário que, de alguma forma, contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado e passe, portanto, a existir oficialmente como um dos grandes eventos de corrupção da história brasileira - e, sem dúvida, o maior da República.
O documento
foca em especial Gilmar Mendes. São dedicados a ele quatro tópicos: “O
processo da Celg no STF”, “Satiagraha. Fundos de Pensão. Protógenes”,
“Filha de Gilmar Mendes” e “Viagem a Berlim”. São referências a
episódios em que Gilmar Mendes tem culpa no cartório? Não. São todas
questões já levantadas contra o ministro pelos mensaleiros e seus
defensores e que, uma vez esclarecidas, se mostraram fruto apenas do
desejo de desqualificar um integrante do STF que os petistas consideram
um possível voto contra seus companheiros réus. Se Lula foi mesmo
induzido ao erro por relatórios dessa natureza, é uma questão ainda em
aberto. Mas que ele se entregou de corpo e alma ao erro não há a menor
dúvida. Na conversa com Gilmar, depois de dizer que controlava a CPI e
insinuar que poderia proteger o ministro de uma eventual investigação, o
ex-presidente citou um dos tópicos do documento: “E a viagem a
Berlim?”, perguntou. No documento do PT, está escrito que “há notícias
de que Cachoeira esteve na Europa” na mesma data que Gilmar. “Estamos
lidando com gângsteres, com bandidos que ficam plantando essas
informações”, reagiu o ministro do STF, que foi obrigado a explicar que
viaja sempre para Berlim, onde mora sua filha.
Lula bem
que tentou. Dispensou as liturgias esperadas de um ex-presidente,
brandiu obscenamente versões como se fossem fatos, atropelou a lei,
mandou às favas os bons costumes, a educação e a civilidade. Tudo para
tentar o impossível: apagar da memória recente da nação que, sob seu
governo, se deu o maior escândalo de corrupção da história da República.
Foi patético. E inútil. Revelada sua abordagem a Gilmar Mendes no
escritório de Nelson Jobim, a resposta de Lula veio por meio de uma nota
curta e vacilante, em que se dizia “indignado”. Foi um tiro no próprio
pé. A necessidade de julgar o mensalão tornou-se ainda mais premente.
Disse Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo: “O que a sociedade
quer é compreensível: o julgamento do processo, sem predisposição, seja
para condenar, seja para absolver. O processo está maduro, chegou a hora
de julgá-lo.”
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Leia a íntegra na edição impressa da revista
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