quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Palocci volta a participar de reuniões com Dilma e Lula

Eleições municipais, mensalão e sucessão presidencial são os temas debatidos
Encontros ocorrem na sede da Presidência em SP e contam com a presença da cúpula do PT e de ministros
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
Distante das discussões partidárias desde que deixou a Casa Civil em 2011, o ex-ministro Antonio Palocci voltou a participar de reuniões da cúpula do PT, ao lado de Lula e da presidente Dilma Rousseff.
Ele tem participado, nos últimos meses, de encontros para deliberar sobre os rumos das eleições municipais, avaliar o impacto do julgamento do mensalão e discutir o cenário eleitoral de 2014.
As reuniões reservadas ocorrem em São Paulo, na sede do Banco do Brasil, onde fica o escritório da Presidência da República. Já houve quatro encontros do gênero. Segundo a Folha apurou, Palocci esteve em todos.
Na semana passada, Lula e Dilma voltaram a reunir o grupo, dessa vez com a presença de um não petista, o ex-ministro de Lula Franklin Martins (Comunicação Social).
De Brasília, Dilma costuma levar aos encontros os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Marco Aurélio Garcia, assessor especial. O presidente do PT, Rui Falcão, também participa.
Interlocutores de alguns dos atuais integrantes do grupo relatam que Palocci é sempre discreto. Fala muito pouco. Há uma ordem expressa nesses encontros: o conteúdo das conversas deve permanecer sob sigilo. Nenhum dos presentes quis revelar o teor das discussões.
Sob Lula, essas reuniões costumavam ocorrer no Palácio da Alvorada.
QUEDA
Palocci deixou o posto mais importante do governo Dilma em junho de 2011, após a Folha revelar que ele multiplicara por 20 seu patrimônio em quatro anos. Parte dos ganhos veio em 2010, quando já coordenava a campanha de Dilma à Presidência.
De lá para cá, evita ao máximo aparecer. Vez por outra, porém, é acionado por Lula.
Ex-ministro da Fazenda, ele mantém o status de petista com maior trânsito no mundo empresarial. Costuma fazer a ponte quando o ex-presidente precisa falar com alguns empresários. Internamente, é visto como analista político pragmático.
Nesta campanha, manteve comunicação constante com o marqueteiro do candidato petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Foi Palocci quem, em 2006, trouxe João Santana para tocar a reeleição de Lula.
Segundos interlocutores de Dilma, ele se mantém afastado das discussões no governo justamente para não causar polêmica.
Até a conclusão desta edição, a Folha não havia localizado o ex-ministro.
DO UOL

Um comentário:

  1. Pau que nasce torto morre torto... para o pt não existe solução é o dna da quadrilha eles só conseguem dormir após se lambuzarem em lama...

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