Um grupo de onze manifestantes pedindo a liberdade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi expulso, na tarde desta terça-feira (31), da frente do prédio principal do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Entre os manifestantes, seis informaram que estavam em greve de fome pela causa. Eles tinham a expectativa de serem recebidos pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, mas foram retirados à força pelos seguranças. Três pessoas rolaram da escada que dá acesso à porta do tribunal.
Os seguranças do STF, que contaram também com o reforço de integrantes da Polícia Federal e da Polícia Militar, explicaram ao grupo que não é permitido fazer protesto no local, por se tratar de um patrimônio público. Diante da resistência do grupo, os agentes não hesitaram em empurrar os manifestantes para longe da porta do STF. Na semana passada, um outro grupo jogou tinta vermelha no mármore do piso da fachada do tribunal, também em defesa da liberdade de Lula.
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"Somos trabalhadores em greve de fome para que o mundo saiba que o Brasil não pode mais passar fome. Nos pisotearam, como se a gente fosse bicho. No dia que eles estiverem desempregados, nos procurarão para não morrer de fome, mas talvez seja tarde. Eu tenho dó de vocês", disse Luiz Gonzaga, da Central de Movimentos Populares, um dos que aderiram à greve de fome. Na frente do STF, o grupo deu entrevista à imprensa para explicar o ato. O manifesto divulgado por eles informa que a intenção era denunciar uma série de injustiças sociais, como a fome, o abandono dos mais pobres, o aumento da violência e a situação precária da saúde pública. Depois de cerca de 40 minutos, o grupo foi conduzido pelos agentes de segurança até a Praça dos Três Poderes, onde outras pessoas manifestavam também pela liberdade de Lula, com bandeiras e faixas.
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