quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Pergunta que não quer calar: Jair Bolsonaro, seu vice Antônio Mourão e o
guru econômico Paulo Guedes vão trabalhar para abaixar os juros reais na
economia brasileira? Será que a futura gestão de Bolsonaro também acabará refém
da ditadura dos bancos e sua política de lucros obtidos de modo improdutivo?
Bolsonaro vai romper com o Capimunismo rentista? Ou acabará engolido pelo
“Sistema”? O PT sempre criticou os banqueiros, porém sempre os teve como
aliados...
Todo novo Presidente da República do Brasil, nos últimos 40 anos, tem se
debatido com o incômodo fato do Brasil praticar as maiores taxas de juros do
planeta terra. Até a tão mal falada inflação já foi controlada. Mas os juros
não abaixam. Os apresentadores dos nossos telejornais já entrevistaram dezenas
ou centenas de empresários, economistas, trabalhadores, sindicalistas e, claro,
políticos que argumentam que um dos maiores entraves ao crescimento da economia
brasileira é a absurda taxa de juros no Brasil.
Uma das características dos países desenvolvidos que conseguem crescer e
manter os juros em níveis aceitáveis é uma forte presença do cooperativismo de
crédito na economia. O Brasil tem este atalho para abaixar os juros e facilitar
o crédito. Basta ampliar um modelo que já usado aqui, porém é sabotado pelo
poderio dos grandes bancos sobre os governos.
O relatório anual da European Association of Co-Operative Banks, com sede
em Bruxelas (Bélgica) mostra que é preponderante o papel dos bancos cooperativos
no continente europeu. As cooperativas de crédito atingem 224 milhões de
clientes, 68 milhões de associados, com uma participação de mercado de cerca de
20% do mercado de depósitos.
Entre os 50 maiores sistemas bancários do mundo, 6 são bancos
cooperativos, representados por: Credit Agricole, Rabobank, Natixis,
Norinchukin Bank, Dz Bank e Credit Mutuel. Na América do Norte, EUA e Canadá, o
setor produtivo dispõe de 7.093 cooperativas de crédito que juntas têm mais de
110 milhões de cooperados, com mais de US$ 1,4 trilhões de dólares de ativos
financeiros e com mais de 950 bilhões de dólares na carteira de empréstimos.
Na Ásia, continente que apresenta os maiores crescimentos nos indicadores
sociais e econômicos, dados referentes a 21 países demonstram que 24.552 cooperativas
de crédito, com aproximadamente 44 milhões de cooperados têm 184 bilhões de
dólares de ativos financeiros e com mais de 120 bilhões de dólares na carteira
de empréstimos.
Tais informações comprovam, friamente, que é através de incentivo ao
cooperativismo de crédito que os países irrigam a economia com crédito barato e
abundante. Assim, as taxas de juros praticadas são aceitáveis.
Em vários dos países onde o cooperativismo de crédito é forte, a taxa de
juros é próxima de 0% ao ano. E no caso do Japão, a taxa de juros anual é
negativa.
No Brasil, existe uma falta de incentivo e apoio dos governos que, apesar
de criticarem os Bancos no discurso, sempre colocam banqueiros ou como
Ministros da Fazenda ou como Presidentes do Banco Central. Ou seja, os ditadores
da política econômica são os bancos. Os servidores ocultos dos banqueiros sabotam
alternativas como o cooperativismo financeiro.
Uma Cooperativa de Crédito é uma associação de pessoas, que
nela ingressam voluntariamente (se tornando sócias) e que passam a
fazer suas movimentações financeiras através dela, e não mais com os
bancos tradicionais. Estes sócios passam a ser os DONOS da cooperativa,
juntamente com centenas ou milhares de outras pessoas.
Apesar da sabotagem, as cooperativas de crédito vêm apoiando a duras
penas as atividades econômicas e com um bom crescimento. Empréstimos para
empresas, a participação das cooperativas de crédito passou de menos de 1% em
2.005 para mais de 8% em 2.017. Já nos empréstimos para pessoas físicas, as cooperativas
passaram de 5,2% (em 2005) para 6,5% (em 2017).
O próximo governo pode e deve enfrentar definitivamente o problema
estrutural dos juros criminosos praticados pelas instituições bancárias no
Brasil. E no mundo todo já está comprovado que o cooperativismo de crédito é o
meio mais eficiente de fazer o crédito barato chegar até a ponta da cadeia
econômica, no micro e pequeno negócio, que no Brasil não consegue folego para
sair da informalidade.
Trump liga para Bolsonaro - imperdível
A 13ª Câmara Extraordinária Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu
o processo que condenou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra (falecido
em 2015) a pagar indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo
Merlino, morto nas dependências do DOI-CODI em 1971.
Os desembargadores entenderam que o pedido de indenização feito pela
família de Merlino está prescrito, já que foi feito em 2010, mais de 20 anos
depois da Constituição de 1988, que reconheceu a anistia dos crimes praticados
no regime militar.
Em 2006, Ustra negou qualquer violação de direitos humanos: "Excessos
em toda guerra existem, podem ter existido, mas a prática de tortura como eles
falam não ocorreu. Eu efetivamente não cometi excesso contra ninguém".
Nenhum comentário:
Postar um comentário