Nem Mensalão, nem câncer: o espírito dos jornalistas do diário paulistano é inquebrantável. Vale tudo para levantar o ânimo combalido da militância. Num dia, celebra-se o choro de José Dirceu. No outro, o comediante de uma piada só José Simão deixa as gracinhas de lado para dar uma chicotada nos “hipócritas e rancorosos” que acreditaram nas palavras de Lula (de que o SUS oferecia tratamento médico de primeira qualidade). Qual será o próximo episódio da história de amor entre a Folha e o PT?
Primeiro, foi a infalível Mônica Bergamo:
José Dirceu e sua namorada, Eva, passaram o dia das bruxas na pousada Triboju, em Fernando de Noronha, fechada para eles e outros 25 amigos. (...) Foi lá que souberam do câncer de Lula. Eva disse aos amigos que, pela primeira vez em quase uma década, viu Dirceu chorar.
Depois, o monocórdico José Simão, há anos usando as mesmas piadas (modificando apenas os sujeitos das orações) que resolveu sair em defesa do partido:
E uma turma de rancorosos e hipócritas quer que Aquiles trate seu calcanhar pelo SUS. Tudo por Atenas R$ 1,99!
Simão tem a obrigação moral de explicar onde está a hipocrisia de quem simplesmente acreditou em Lula quando ele bravateou:
Eu tava visitando a UPA, e eu tava dizendo que ela tá tão bem organizada, ela tá tão bem estruturada, que dá até vontade de a gente ficar doente para ser atendido aqui. (http://veja.abril.com.br/ blog/reinaldo/geral/lula-e-o- sus-um-texto-definitivo-a- respeito/)
O que fica difícil de entender é como a Folha de S.Paulo ainda precisa entrar na justiça para rebater a acusação delirante de que seu jornalismo é parcial “contra o PT” (http://noticias.r7.com/ tecnologia-e-ciencia/noticias/ justica-tira-do-ar-site-que- criticava-a-folha-de-s-paulo- 20101005.html).
Bastaria mostrar o que seus funcionários escrevem e pronto.
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