sábado, 5 de novembro de 2011

Justiça prorroga prazo para Remelentos & Mafaldinhas “by GAP” deixarem reitoria da USP

Então… A Justiça prorrogou o prazo — até segunda, às 23h — para que Remelentos & Mafaldinhas com modelitos da GAP deixem o prédio da reitoria da USP. Abaixo, segue trecho de uma reportagem de Luna D’Alama, do G1, com detalhes do acordo. Leiam. Volto depois.
A Justiça prorrogou até as 23h de segunda-feira (7) o prazo para a saída dos estudantes que ocupam o prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP). A decisão foi tomada após uma audiência que reuniu representantes da USP e dos alunos, realizada neste sábado (5), no Fórum Hely Lopes Meirelles, no Centro de São Paulo. Durante o encontro, representantes da USP se comprometeram a promover ligações de luz, internet e água no prédio ainda nesta tarde - os serviços foram cortados na sexta-feira (4). Já os estudantes se comprometeram a preservar o imóvel e deixá-lo limpo.
A audiência foi marcada pela Justiça depois que foi concedida a reintegração de posse do imóvel, pedida pela universidade. Pela decisão, os alunos teriam até as 17h deste sábado para deixar o prédio. Nesta sexta, um oficial de Justiça foi até a reitoria levar a notificação. Os estudantes se recusaram a recebê-la, e disseram que continuariam no prédio. Dois representantes da USP e cinco representantes dos estudantes participaram da audiência. Segundo Vandré Ferreira e Felipe Vasconcelos, que se identificaram como advogados do movimento estudantil, deve ser convocada para segunda uma assembléia geral dos estudantes para deliberar quais serão os próximos passos dos alunos. Segundo eles, a ocupação da reitoria foi uma medida de manifestação política.
Os dois afirmaram que o que for decidido pela maioria na assembleia será cumprido - no encontro, deverá ser decidido se a saída dos estudantes se dará de maneira voluntária, e de que forma. Representantes da USP afirmaram que a universidade está aberta ao diálogo, mas que só irá negociar as reivindicações dos estudantes depois que eles desocuparem o prédio. Entretanto, a USP já adiantou que não irá rever o convênio entre a reitoria e a Polícia Militar (PM). Já a revisão dos processos administrativos abertos contra alunos, professores e funcionários poderá ser acordada.
Também ficou acertado na audiência que os estudantes que participaram da audiência deste sábado não serão punidos. Já foi marcada para terça-feira (8) uma reunião da comissão de negociação com a universidade para retomar o diálogo - entretanto, esse debate está condicionado à saída dos estudantes no prazo previsto. Wanderley Messias da Costa, superintendente de relações institucionais da universidade, disse que a USP já abriu três concessões - conversar com os alunos, prorrogar o prazo para a saída deles e restaurar o fornecimento de energia, água e internet. “A reunião foi boa e produtiva. Não cabe à USP colocar ou não o policiamento, essa é uma decisão da Justiça. Lei e decisão judiciais devem ser cumpridas”, afirmou.
Gustavo Ferraz Campos Mônaco, procurador-geral da USP, que também participou da reunião, declarou que a universidade está tentando evitar medidas extremas. “A USP deverá ser consultada, porque a comunidade universitária precisa ser preservada. Essa é uma decisão conjunta da direção da USP, da PM e do Poder Judiciário.” Segundo informaram os representantes da universidade, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti deixou claro na audiência que o novo prazo não será revisto.
Para deixarem a reitoria, os estudantes pedem o fim do convênio da reitoria com a PM, a saída dos policiais do campus e a revisão dos processos abertos pela universidade contra alunos, professores e servidores. Na sexta-feira (4), foi feita uma reunião de negociação entre estudantes e a USP, que terminou sem acordo.
Voltei
Pois é… Os valentes vão agora fazer uma nova assembléia. É mesmo? Por quê? A anterior, conduzida pelo DCE, instância, digamos, oficialmente representativa dos estudantes (havia menos de mil pessoas para mais de 80 mil alunos!), já havia votado a favor do fim da invasão do prédio da FFLCH. Inconformados, os rebeldes sem causa e com calça de grife decidiram ignorar o que foi votado e avançar contra o prédio da reitoria.
É… Esses trouxas não deixam de ser, ainda que o ignorem, expressões da forma que a “luta de classes”, como eles diriam, tomou no Brasil: alguns segmentos têm, nestepaiz, como fica evidente, o privilégio de desrespeitar reiteradamente a lei e ainda “negociar”.
Mais tarde volto ao tema desta luta… sem classe!
Por Reinaldo Azevedo

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