Terça-feira, novembro 06, 2018
Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
Em 1881, na obra L’esclavage au Brésil, o francês Louis Couty analisou nosso país. Afirmou o autor que:
“O
Brasil não tem povo, pois o largo espaço compreendido entre a alta
classe dirigente e os escravos não se acha suficientemente preenchida”.
“Em
nenhuma parte se encontrarão estas massas fortemente organizadas de
produtores livres, agrícolas e industriais, que em nossos povos
civilizados são a base de toda riqueza, bem como não se acharão massas
de eleitores sabendo pensar e votar, capazes de impor ao governo uma
direção definida”.
De lá para cá muita coisa mudou, mas será que o Brasil já tem povo?
Voltemos
ao ano de 2002. O PT, na quarta tentativa logrou eleger Luiz Inácio
Lula da Silva, que em si é um fake news. Isso porque, o senhor Silva
nunca foi o que disseram que ele era, em que pese o culto da
personalidade que o PT elaborou para ele.
Na
verdade, o senhor Silva nunca foi um estadista, um líder carismático no
verdadeiro sentido do termo. Foi, isso sim, um esperto enganador de
massas, arte que aprendeu na sua fase pelega quando, segundo testemunhos
da época, conseguia desencadear greves em proveito dos patrões e não
dos operários.
A
eleição do senhor Silva se deu através de outro monumental fake news,
pois se dizia que o PT era o único partido ético, imaculadamente puro,
capaz de salvar os pobres e oprimidos.
No
poder o PT institucionalizou a corrupção, governou na base do mensalão e
do petrolão, deu migalhas aos pobres e locupletou-se junto a grupos de
ricos. Enquanto isso, a classe dirigente petista, de viés comunista,
mostrava por palavras e atitudes sua essência totalitária. Para os que
não rezavam por sua cartilha os arrogantes petistas foram e continuam
ser agressivos, sectários, intimidadores, patrulheiros.
Resumindo,
o PT é a antítese da democracia. Inclusive, o senhor Silva se dedicou a
enaltecer e financiar os piores déspotas, não só latino-americanos,
como a escória internacional. Além
disso, o PT sofre de aristofobia (medo ou horror aos melhores), sendo
que nos seus quadros governamentais prevaleceram os piores, os
incompetentes, os gananciosos.
Pode-se também dizer que o PT é o partido do ódio, da divisão social, da negação, da amoralidade.
Relembro
também a invenção nefasta do senhor Silva: Dilma Rousseff, a
atrapalhada e confusa senhora que, juntamente com seu criador conduziu
ao Brasil à pior recessão de nossa história.
Desse
modo, quando o presidiário Silva pergunta o porquê do antipetismo que
ajudou eleger Jair Messias Bolsonaro, há na indagação um misto de ironia
e cinismo. Não é possível que ele não saiba sobre os males que seu
governo causou ao país.
Não
há que negar que o repúdio ao PT ajudou Bolsonaro vencer. Porém,
existem fatores que já analisei em outros artigos como: carisma,
identificação e confiabilidade, características do candidato, além do
que denominei de Quinto Poder e Palanque Digital, me referindo as redes
sociais como o Face Book, o Instagram, o WhatsApp, o Twitter, etc. que
superaram o palanque eletrônico da TV. Estes fatores levaram Bolsonaro à
vitória.
Outra
característica petista: Conforme seu modo de ser totalitário, próprio
do comunismo, os petistas deturpam palavras, invertem conceitos e
estigmatizam pessoas com certos termos. Assim, Bolsonaro, que é amigo de
Israel, foi taxado de nazista.
Nada
mais parecido com Mussolini do que o presidiário, mas chamar Bolsonaro
de fascista tornou-se a repetição dos que falam sobre o que não
conhecem.
Conservador
é outro xingamento, quando na verdade trata-se da moral no tocante a
temas como aborto, ideologia de gênero, etc. coisas que o PT defende. E
moral, recorde-se, “é o conjunto de regras de conduta consideradas como
válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo e lugar, quer para um
grupo ou pessoa determinada”.
Liberal
(não no sentido norte-americano), virou outro estigma, quando na
verdade significa liberdade em todos os sentidos, de pensamento, de
religião, de reunião e muito mais, sendo que do liberalismo floresceu a
democracia.
Bolsonaro venceu com o entusiástico e fiel apoio de 57,7 milhões de eleitores, perfazendo 55% dos votos válidos. Como
democrata e afeito a meritocracia ele está constituindo o melhor
ministério de nossa história Entre os ministros já indicados está o
notável juiz, Sérgio Moro. Este continuará a fazer justiça com poderes
ampliados, para o temor dos que têm contas a ajustar com a lei.
Inconformado
com a derrota, o PT já faz oposição encarniçada ao eleito que ainda não
tomou posse e até já trama seu impeachment. O problema do PT e de
outros opositores que se dizem de esquerda é que, com a eleição de Jair
Bolsonaro o país já tem povo. E quem tem o povo ao seu lado nada tem a
temer. Fiquemos, porém, atentos e não nos deixemos enganar, pois no
grito dos derrotados há choro e ranger de dentes. DO A.AMORIM
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
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