Corre em Brasília o boato de que o pior problema de Antônio Palocci Filho, ministro da Casa de Irene, notabilizada pelo mensalão, corrupção, prevaricação, dossiês e tamiflus, seria outro, em meio a todas as denúncias: os cheques que pagaram o seu estupendo apartamento de R$ 6,6 milhões não seriam dele ou da sua empresa. Lembram que ele informou que pagou o imóvel com dois cheques, um de R$ 3,6 milhões e outro de R$ 3 milhões? Pois bem. Os cheques seriam de empresas diferentes, ambas doadoras da campanha de Dilma Rousseff. Os cheques, assim sendo, não teriam caído na conta de Palocci, não havendo movimentação financeira captada pelo COAF, pois teriam sido repassados diretamente à construtora.
Recordar é viver... Lembram da cartinha abaixo? Cliquem sobre ela e ampliem para ler.
Logo no início de novembro, com Dilma já eleita, os companheiros realizaram uma nova campanha para doações. O mais estranho de tudo é que não havia, na carta, uma conta oficial onde deveriam ser depositadas as doações. Tudo era feito com base em um telefonema ou em um pedido de informações por email. Pois é. À epoca, publicamos um post que dizia:
Se você fosse empresário e fornecedor do governo federal, como se sentiria? Poderia pensar que, se não contribuir, poderá entrar em alguma lista negra? Não pensaria com os seus talões, assim, bem vou pegar R$ 1 mil, R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 100 mil e depositar lá? Melhor ser precavido, pois se eles são capazes de enviar uma carta destas, do que não serão capazes em quatro anos de governo?
Eles não precisaram quatro anos. Hoje o terceiro governo petista está completando seis meses e o Coordenador Financeiro da Campanha de Dilma Rousseff não consegue justificar de onde tirou R$ 20 milhões em quatro anos, sendo que R$ 10 milhões foram obtidos depois da cartinha acima, enviada a empresários. É isso mesmo: R$ 10 milhões, em apenas dois meses. Depois da cartinha. Casualmente.
Tchau, Palocci.
Dilma com o PMDB: no Palácio, sem Palocci.
A coluna de Dora Kramer, no Estadão e diversos jornais do país, intitulada "Não tem solução":
O ministro Antonio Palocci não tem mais como ficar no governo e quem diz isso não é a oposição. A esta provavelmente interessaria que ele ficasse na Casa Civil ao ponto de desgaste tão insustentável que se efetivasse o funcionamento de uma CPI. Confirmada a convocação aprovada ontem na Comissão de Agricultura na Câmara, são quase nulas as chances de Palocci dar um show de convencimento. Não depois de tanta luta para se esconder. Derrubar a convocação, faltar? É pior.
Quem diz que Antonio Palocci não tem como ficar no governo é a situação. Aí entendida tanto quanto à posição dos governistas quanto ao agravamento das circunstâncias. O exame dessas duas variantes resulta numa conclusão: a saída de Palocci da Casa Civil, e provavelmente da vida pública, no momento só depende da definição de quando e como ocorrerá o desfecho. Pelo menos dois ministros já são vistos na cabeceira da pista para assumir a Casa Civil: Paulo Bernardo, das Comunicações, e José Eduardo Cardozo, da Justiça. Se a escolha realmente recairá sobre um dos dois, é algo ainda fora do campo de visão.
O que a paisagem nos mostra claramente é a perda de condições de Palocci de funcionar como o previsto pelo governo: politicamente frágil, não pode fazer articulação política; moralmente baqueado, perdeu credibilidade para atuar na interlocução intra e extraministérios; na berlinda, não pode frequentar uma solenidade oficial sem que seja o foco de todas as atenções. Em resumo: toma, e de forma negativa, todo o espaço da cena. Tornou-se um problema quando era para ser uma solução. E para enfrentar um problema só há dois caminhos: resolvê-lo ou livrar-se dele.
A possibilidade de uma solução razoavelmente indolor ficou perdida neste quase um mês de carência de explicações e abundância de suspeições. Se o procurador-geral da República resolver abrir investigações, confirma-se a razão das suspeitas. Se não, a oposição ganha mais um argumento em favor da abertura da investigação parlamentar. Pergunte-se a qualquer governista na posse plena de serenidade mental o motivo de Palocci não ter-se defendido e a resposta é uma só: não há explicação que não suscite novos e mais graves questionamentos.
Portanto, não há remédio. A respeito dessa sinuca falam os petistas que nos últimos dias resolveram compartilhar com o público suas impressões sobre o episódio e a falta de cerimônia dos demais partidos da base em manifestar suas opiniões. Uma nítida sinalização de que não há mais o que salvar e, portanto, salve-se quem puder conseguir agora posição melhor na fotografia desse cenário adverso. Quando uma defensora do governo como a senadora Gleisi Hoffmann aborda o afastamento do ministro durante uma reunião cujo conteúdo obviamente acabaria vindo a público, é de se imaginar que não se motive pelo mero desejo de ver o marido, Paulo Bernardo, como substituto dele na Casa Civil.
Além de não falar sozinha, a senadora não é tola nem primária. A justificativa apresentada por ela ao alegar que o caso Palocci é "pessoal", e que no mensalão houve motivação coletiva, mais a informação do senador Eduardo Suplicy sobre uma consultoria de R$ 1 milhão, com taxa de sucesso para uma fusão de empresas, mostram que quanto mais se fala nesse episódio mais complicado fica. Por isso, a cada dia se dilui a veemência das defesas, bem como na mesma proporção se animam os oportunistas a dar vazão aos seus baixos instintos.
O deputado Anthony Garotinho confere folclore ao chantagear o governo sabendo perfeitamente que o Planalto não pode mais resolver a questão no varejo e ao ironizar chamando as suspeitas que pesam sobre Palocci de "diamante de R$ 20 milhões". Sem maiores preocupações com detalhes como compostura e nome a zelar, diverte-se. Em tese, a demissão de Palocci não deveria encerrar a questão, pois o caso em si do enriquecimento suspeito permanece em aberto. Mas, olhando as coisas sob o prisma do pragmatismo governamental, hoje o preço da retirada é o mais barato que o Planalto poderia conseguir para tirar o assunto de pauta.
Quem diz que Antonio Palocci não tem como ficar no governo é a situação. Aí entendida tanto quanto à posição dos governistas quanto ao agravamento das circunstâncias. O exame dessas duas variantes resulta numa conclusão: a saída de Palocci da Casa Civil, e provavelmente da vida pública, no momento só depende da definição de quando e como ocorrerá o desfecho. Pelo menos dois ministros já são vistos na cabeceira da pista para assumir a Casa Civil: Paulo Bernardo, das Comunicações, e José Eduardo Cardozo, da Justiça. Se a escolha realmente recairá sobre um dos dois, é algo ainda fora do campo de visão.
O que a paisagem nos mostra claramente é a perda de condições de Palocci de funcionar como o previsto pelo governo: politicamente frágil, não pode fazer articulação política; moralmente baqueado, perdeu credibilidade para atuar na interlocução intra e extraministérios; na berlinda, não pode frequentar uma solenidade oficial sem que seja o foco de todas as atenções. Em resumo: toma, e de forma negativa, todo o espaço da cena. Tornou-se um problema quando era para ser uma solução. E para enfrentar um problema só há dois caminhos: resolvê-lo ou livrar-se dele.
A possibilidade de uma solução razoavelmente indolor ficou perdida neste quase um mês de carência de explicações e abundância de suspeições. Se o procurador-geral da República resolver abrir investigações, confirma-se a razão das suspeitas. Se não, a oposição ganha mais um argumento em favor da abertura da investigação parlamentar. Pergunte-se a qualquer governista na posse plena de serenidade mental o motivo de Palocci não ter-se defendido e a resposta é uma só: não há explicação que não suscite novos e mais graves questionamentos.
Portanto, não há remédio. A respeito dessa sinuca falam os petistas que nos últimos dias resolveram compartilhar com o público suas impressões sobre o episódio e a falta de cerimônia dos demais partidos da base em manifestar suas opiniões. Uma nítida sinalização de que não há mais o que salvar e, portanto, salve-se quem puder conseguir agora posição melhor na fotografia desse cenário adverso. Quando uma defensora do governo como a senadora Gleisi Hoffmann aborda o afastamento do ministro durante uma reunião cujo conteúdo obviamente acabaria vindo a público, é de se imaginar que não se motive pelo mero desejo de ver o marido, Paulo Bernardo, como substituto dele na Casa Civil.
Além de não falar sozinha, a senadora não é tola nem primária. A justificativa apresentada por ela ao alegar que o caso Palocci é "pessoal", e que no mensalão houve motivação coletiva, mais a informação do senador Eduardo Suplicy sobre uma consultoria de R$ 1 milhão, com taxa de sucesso para uma fusão de empresas, mostram que quanto mais se fala nesse episódio mais complicado fica. Por isso, a cada dia se dilui a veemência das defesas, bem como na mesma proporção se animam os oportunistas a dar vazão aos seus baixos instintos.
O deputado Anthony Garotinho confere folclore ao chantagear o governo sabendo perfeitamente que o Planalto não pode mais resolver a questão no varejo e ao ironizar chamando as suspeitas que pesam sobre Palocci de "diamante de R$ 20 milhões". Sem maiores preocupações com detalhes como compostura e nome a zelar, diverte-se. Em tese, a demissão de Palocci não deveria encerrar a questão, pois o caso em si do enriquecimento suspeito permanece em aberto. Mas, olhando as coisas sob o prisma do pragmatismo governamental, hoje o preço da retirada é o mais barato que o Planalto poderia conseguir para tirar o assunto de pauta.
PT também abandona Palocci e já discute quem ocupará o seu posto.
Do Estadão:
Na contramão da estratégia traçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dirigentes e líderes do PT não só querem a saída do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, como já discutem pelo menos dois nomes para substituí-lo. O argumento é o de que a manutenção de Palocci provoca enorme desgaste ao governo da presidente Dilma Rousseff e sua preservação aumentará ainda mais a crise política. Um sintoma da mudança de tom em relação a Palocci ocorrerá na reunião desta quinta-feira, 2, da Executiva Nacional do PT, em Brasília. Na prática, o partido de Dilma lavará as mãos: não produzirá resolução apoiando o ministro, mas também não pedirá sua cabeça em público.
A fragilidade cada vez maior de Palocci - convocado nesta quarta-feira, 1º, para prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara - já alimenta uma disputa fratricida no PT pelo espólio da Casa Civil. Dois nomes são citados para a vaga: Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Paulo Bernardo (Comunicações). Para queimar Bernardo, grupos que se opõem a ele vazaram a informação de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pedira a saída de Palocci em um almoço oferecido a Lula, em Brasília, na semana passada. Foi uma tentativa de constrangimento, já que Gleisi é mulher de Bernardo.
Ela telefonou para Palocci nesta quarta para desfazer o que chamou de "intriga" com o objetivo de atingir Bernardo. No almoço com Lula, a senadora perguntou ao ex-presidente até que ponto valia "queimar gordura" para defender Palocci por causa de um projeto pessoal do ministro, se ele não dava explicações sobre a evolução do seu patrimônio. Com o governo sob cerco político, outros petistas reforçaram nesta quarta o coro das cobranças a Palocci, acusado de enriquecimento ilícito e tráfico de influência. De nada adiantaram os apelos de Lula, que, antes de viajar para Cuba, chamou companheiros a seu escritório, em São Paulo, para pedir que não rifassem o chefe de Casa Civil. "Se vocês não segurarem Palocci, a oposição não vai dar sossego", disse Lula.
Procurador Geral da República "procura" apenas uma parte do que Palocci está escondendo. Está "procurando", em primeiro lugar, um jeito de ficar no cargo.
Da Folha de São Paulo:
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não fez nenhuma pergunta ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre o aumento do seu patrimônio. Gurgel apenas encaminhou as representações dos partidos de oposição e pediu que ele se manifeste a respeito. Na prática, isso significa que Palocci poderá falar de forma genérica, uma vez que o procurador nada perguntou. O ministro encaminhou parte de suas explicações na sexta-feira. Ontem enviou a segunda parte. A oposição ingressou com cinco representações com pedido para que a Procuradoria apure indícios de enriquecimento ilícito, tráfico de influência, improbidade administrativa e prevaricação.
A partir da resposta de Palocci, Gurgel tomará a decisão de abrir ou não investigação. O Planalto aposta na não abertura de um inquérito para tentar resolver a crise. As denúncias contra Palocci e a possibilidade de abertura de uma investigação criminal acontecem em um momento-chave para o atual procurador-geral.Desde 5 de maio, o nome de Gurgel está, junto ao de outros dois procuradores, na mesa da presidente Dilma para ela decidir quem comandará o Ministério Público Federal nos próximos dois anos. Ele é o favorito. Em paralelo à Procuradoria, o Ministério Público Federal do DF abriu investigação para apurar se Palocci enriqueceu ilicitamente. O foco é apurar se sua evolução patrimonial é compatível com ganhos de sua empresa. Se não for, o ministro poderá responder por improbidade administrativa.
PT dá prazo até terça para Palocci pedir demissão.
Ao postergar para terça-feira a decisão de acatar ou não a convocação para depoimento na Comissão de Agricultura, o presidente do PT, Marco Maia, deu o tempo que Antônio Palocci Filho, ministro da Casa de Irene, onde sempre imperou o mensalão, a prevaricação, a corrupção, os dossiês e os tamiflus, pedir demissão do cargo e ir curtir os seus secretos milhões, ganhos em lugares incertos e não sabidos. A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.
Um novo revés sofrido pelo governo no Congresso agravou ontem a situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ampliando as dificuldades que ele encontra para se livrar da desconfiança em torno de seus negócios como consultor de empresas. Uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou a convocação do ministro para explicar a atuação de sua consultoria, que faturou R$ 20 milhões no ano passado, quando Palocci exerceu o mandato de deputado federal e chefiou a campanha da presidente Dilma Rousseff. A convocação foi aprovada sem que o PT e outros partidos governistas se mobilizassem em defesa de Palocci. A base do governo só esboçou uma reação no fim do dia, quando o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), anunciou a suspensão da convocação até terça-feira.
Sinais das dificuldades do ministro apareceram em toda parte. Em conversas reservadas, Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliaram a pressão para que o chefe da Casa Civil rompa o silêncio e explique seus negócios em público. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que faz parte da base do governo, avisou que na próxima semana a Comissão de Constituição e Justiça do Senado votará outro requerimento para que Palocci seja convocado a depor. Várias lideranças petistas procuraram se distanciar de Palocci nos últimos dias, cobrando explicações sobre seu enriquecimento e evitando assumir sua defesa em público. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou a sugerir que ele deixe o cargo.
O próprio Marco Maia fez cobranças ontem depois de anunciar que iria "congelar" a convocação do ministro por alguns dias. "O Palocci tem que se explicar", afirmou. O governo está trabalhando para evitar a paralisia provocada pelas suspeitas em torno do ministro, anunciando iniciativas como a privatização de três dos principais aeroportos do país e um novo plano de combate à miséria. A convocação de Palocci foi aprovada na Comissão de Agricultura da Câmara, quando os principais líderes do governo participavam de uma reunião no Palácio do Planalto com Dilma e o próprio Palocci. Segundo participantes do encontro, o ministro abaixou a cabeça e se calou ao receber a notícia.
Políticos comentavam desde a véspera que a oposição escolhera a Comissão de Agricultura como palco para a convocação. Um deputado do PT disse a um senador do partido que parte da bancada decidiu deixar "correr frouxa" a sessão na comissão, que é comandada pelo DEM. Na hora da votação, o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), pediu aos deputados que concordavam com a convocação de Palocci que ficassem como estavam. Alguns levantaram os braços, votando contra. Não houve contagem dos votos e imediatamente Lira Maia anunciou a aprovação da convocação do ministro. Trinta deputados da base governista apresentaram à noite um requerimento para tentar derrubar a decisão. Maia prometeu analisar vídeos e outros registros da sessão antes de resolver o que fazer.
Da Folha de São Paulo:
O ex-presidente Lula disse ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil) que fez a sua parte e que, a partir de agora, cabe a ele se defender para pôr um fim à crise política. A presidente Dilma recomendou o mesmo a seu ministro, dizendo que ele deve dar uma explicação pública sobre seu crescimento patrimonial o mais rapidamente possível.Os dois recados foram dados dentro de uma avaliação de que a crise já começa a deteriorar a imagem do governo Dilma e que esse processo precisa ter um "limite".Segundo a Folha apurou, Lula disse a Palocci que agora ele é o único que pode dar explicações sobre o caso e que, politicamente, não pode mais ficar em silêncio.
O ex-presidente comentou reservadamente que não cabe mais a ele e ao Palácio do Planalto fazerem a defesa do ministro, porque isso não teria mais o efeito esperado.A crise envolvendo Palocci começou depois que a Folha revelou que o seu patrimônio multiplicou 20 vezes nos últimos quatro anos, período em que atuou como consultor.A pressão para que ele fale publicamente cresce desde a semana passada, quando aumentou a insatisfação da presidente Dilma com o silêncio de seu ministro.Inicialmente, Palocci cogitava falar apenas após o pronunciamento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que analisa um pedido de abertura de investigação requerido pela oposição.
Agora, a avaliação do governo é que ele não pode mais esperar e teria de se antecipar para evitar colocar mais pressão sobre o procurador da República.Segundo a Folha apurou, Palocci ainda conta com o apoio firme de Lula e da presidente Dilma, mas a avaliação do governo é que está havendo um certo esgotamento de seu suporte dentro do PT, o que agrava a sua situação. Um pronunciamento público poderia estancar o desgaste de haver petistas criticando o silêncio de Palocci. O governo espera que o chefe da Casa Civil aceite as recomendações e fale hoje publicamente sobre o caso.
Até aqui, além de Lula, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e José Eduardo Cardozo (Justiça) foram os que mais defenderam publicamente o ministro. Mas isso não impediu que os petistas dentro do Congresso cobrassem uma explicação oficial de Palocci, primeiro reservadamente e, nos últimos dias, explicitamente. A preocupação do governo aumentou depois que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) relatou que Palocci teria dito que havia ganhado R$ 1 milhão assessorando um processo de fusão de empresas no setor privado. Nesse caso, a operação poderia ter envolvido órgãos públicos de defesa da concorrência, o que pode gerar questionamentos sobre a atuação de Palocci. Diante da aparente falta de apoio no PT, o presidente do partido, Rui Falcão, convocou uma reunião da Executiva para dar o que é chamado de "ordem unida", tentando evitar que o "fogo amigo" fragilize mais o ministro.
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