sexta-feira, 6 de maio de 2011

PF apreende armas e partes de animais silvestres em fazenda de ambientalista no Pantanal Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/05/06/pf-apreende-armas-partes-de-animais-silvestres-em-fazenda-de-ambientalista-no-pantanal-924398719.asp#ixzz1Lcj8APPu © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

Material apreendido em fazenda de ambientalista - Divulgação/PF CAMPO GRANDE e SÃO PAULO - A Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul, com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), apreendeu, na noite desta quinta-feira, várias partes de animais, armas e centenas de munições, além de objetos usados para caçar onças. O material - utilizado em safáris ilegais - estava na fazenda Santa Sofia, localizada nas proximidades de Aquidauana, no Panatanal, a 130 km de Corumbá. A dona da propriedade, a pecuarista e ambientalista Beatriz Rondon, não foi indiciada. As investigações continuam.
VÍDEO:Veja imagens das caçadas que teriam sido feitas por um turista estrangeiro
Na propriedade foram apreendidas 12 galhadas (espécie de chifre) de cervo, dois crânios de onça, uma mandíbula de porco monteiro, uma pele de sucuri com 3,5 metros, cinco revólveres calibre 38, uma pistola 357, uma carabina, dois fuzis, 17 caixas de munição de diversos calibres, dois alforjes (um tipo de bolsa muito usado pelos caçadores), além de dois tubos de um instrumento de sopro que simulam o esturro, que serve para atrair onças.
Os detalhes da operação foram divulgados nesta sexta-feira pelo superintendente do Ibama, David Lourenço. Segundo ele, ninguém foi preso ou autuado ainda, porque não houve flagrante e o Ibama aguarda a perícia dos materiais para definir o tipo de punição a ser aplicada. Os crânios de onças foram levados para serem periciados na Embrapa Pantanal (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). A multa é de R$ 5 mil por animal abatido, mas neste caso, se for confirmada que o dono da fazenda cobrava pacotes turísticos que incluia a caça de animais silvestres, o valor pode der dobrado.
Segundo o superintendente do Ibama, as investigações apontam que turistas estrangeiros pagavam de US$ 30 mil a US$ 40 mil para praticar a caça na propriedade pantaneira. Nesse valor estão incluídos passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além de armas e munições usadas na caça.
A ambientalista Beatriz Rondon que aparece em vídeo onde onças são caçadas - Reprodução TV Globo - A propriedade também funcionava como uma pousada - diz o delegado Alexandre do Nascimento.
De acordo com o superintendente, as investigações na fazenda começaram depois que a PF recebeu de um norte-americano um vídeo que mostra vários turistas abatendo animais.
- Isso é uma evidência clara de que os safáris eram feitos em Mato Grosso do Sul e por isso precisam ser investigados mais profundamente - afirmou Lourenço.
No vídeo aparece participando do safári Marco Antonio Moraes de Melo, o Tonho da Onça. No Pantanal, ele é famoso por ser o maior caçador de onças da região. Há anos, ele ficou conhecido na mídia nacional como sendo exemplo de homem que se converteu de caçador a um grande defensor dos animais. Nas reportagens, ele apareceu participando de projetos de proteção aos felinos. A ambientalista também aparece no vídeo. Ela mostra uma onça fêmea sendo abataida e diz que o animal estava atacando seu gado.
Na Operação Jaguar I, realizada em julho do ano passado pela PF e Ibama, quatro pessoas foram presas acusadas de realizar a matança de animais em extinção no Pantanal. Tonho da Onça escapou da ação e desde aquela época é considerado foragido, por estar com mandado de prisão expedido pela Justiça. Na gravação recebida pela PF, a data que aparece é 2004, portanto, bem antes da Operação Jaguar I.
O advogado da ambientalista, Renê Siufi, disse que as armas localizadas na propriedade são todas legalizadas e que Beatriz não 'tem interesse em matar onças e nem permitir que se faça esse tipo de atividade'.
DO GLOBO.COM

2 comentários:

  1. Olha aí gente, chama o Greenpeace, o PV a Marina as ongs.

    ResponderExcluir
  2. Diante de questões assim é que devemos exigir maior fiscalização e policiamento nas nossas florestas. Essa mulher sob vestimenta de ambientalista não passa de uma oportunista. Publiquei artigo no meu blog: http://novaotica.blogspot.com/ com severa critica a esse fato, o título por si só já traduz minha ira: Falsa ambientalista organiza safári no Pantanal e eu por uma questão de ética prefiro ser devorada por onças a me colocar em defesa dessa criatura.
    É uma critica as justificativas do advogado de Beatriz em razão de todo o arsenal de caça encontrado na sua fazenda.

    ResponderExcluir