sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Nem São Gilmau salva os tucanalhas


   
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Nem que São Gilmau existisse, teria a milagrosa capacidade de salvar o PSDB. O principal destruidor da imagem do Partido da Social Democracia brasileira é, sem dúvida alguma, Aécio Neves. Delações na Lava Jato desmoralizaram o senador que presidia o partido rachado. Aécio Neves acabou de dizimar o ninho tucano com o golpe que tirou Tasso Jereissati do comando interino da sigla que, por um acúmulo de erros, seria mais bem definido como Partido da Sabotagem Do Brasil.
Aécio agiu como um ditador intervindo em uma agremiação política literalmente partida. O PSDB não consegue resolver o conflito de ser adesista ao governo no fisiologismo dos cargos, tentando fingir, no discurso, que é capaz de ser independente e “oposição responsável” ao governo Michel Temer. Os tucanos não conseguem unidade para definir quem será o candidato presidencial em 2018. Geraldo Alckmin tratorou os inimigos internos, sobretudo cortando as asinhas de seu afilhado João Dória – que nem deu para saída como concorrente, apesar de abusar da marketagem como Prefeito de São Paulo que ainda não decolou.
Ocupando a poderosa máquina do Governo de São Paulo há mais de 20 anos, não tem a menor capacidade de conciliar tanto interesse divergente em um partido que não tem um projeto estratégico e soberano para o País. O PSDB nada mais é que um PT envernizado, claramente elitista, menos populista, porém claramente praticante do modelo Capimunista, Rentista e corrupto. Os tucanalhas embonecados adoram surfar na máquina pública, associando-se a bilionários daqui e de fora para participar, de forma escamoteada, de grandes negociatas.
Por isso, o ninho tucano é um território de predadores que se devoram. O vaidoso Fernando Henrique Cardoso usa o verniz de príncipe dos sociólogos para esconder sua verdadeira face: a de um agente do Poder Real Mundial que entrega o Brasil aos seus financiadores transnacionais de uma social democracia completamente hipócrita. O antipático José Serra joga sozinho no próprio time: tromba com FHC e trucida inimigos internos nem sempre mais fracos, principalmente da turma do Geraldo. Embora pose de comciliador, Tasso Jereissati é por muitos chamado de “coronel cearense”. Aécio sempre fez a mesma sabotagem, até que a fantasia de bom moço virou pó.
Agora, cinicamente, Aécio alega que a substituição (truculenta) de Tasso foi “legítima e necessária”. Só pode estar de brincanagem o senador que só não acabou preso por interpretação da suprema proteção divina da cúpula de um Judasciário sem-noção da realidade de um povo cansado de ser roubado por uma desqualificada classe política. Fofoqueiros garantem que até FHC ficou pt da vida com o golpe dado por Aécio. Geraldo Alckmin foi forçado a reclamar que não fora consultado sobre a mudança e, se fosse, teria sido contra tirar Tasso.
A crise de identidade tucana é assustadora. Eles não se comportam como legítimos sociais democratas. São de esquerda, agem como esquerdistas, porém exibem muita vergonha do próprio comportamento. Seus “intelectuais” (FHC à frente) se comportam como socialistas fabianos – defensores de uma implantação socialista gradual e segura, tentando esconder o namoro com o fisiologismo e o populismo de ocasião e conveniência. Uma corrente liberal e mais jovem busca espaço no partido, porém é sabotada pela velhacaria da ditadura tucanalha. Se tal tendência, um dia, conquistar hegemonia, o partido terá de mudar de nome, programa e identidade.
A próxima eleição tende a dizimar os tucanalhas. Aécio Neves sujou ainda mais o nome da sigla (o PSDB já estava na berlinda desde o mensalão mineiro, com o ex-governador e senador Eduardo Azeredo). Duas décadas de Palácio dos bandeirantes desgastaram Geraldo Alckmin que não tem condições de decolar para o Palácio do Planalto - do mesmo jeito como não teve na eleição em que foi derrotado por Lula. Enfim, com a adesão fisiológica ao governo Temer – que já prepara para trair vergonhosamente -, o PSDB não consegue mais personificar uma alternativa de poder. Tão ruins ou piores que ele só o PT e o PMDB.
Com ou sem os tucanos oportunistas, Michel Temer vai se arrastar até o final de um governo que não aconteceu. O Brasil segue por inércia. Nunca antes na História desse País, um Presidente acabou tão impopular. Nem José Sarney, nem Fernando Collor ou a Dilma Rousseff conseguiram tal façanha negativa.
Não é à toa que o lendário Negão da Chatuba avalia que a coisa está realmente preta (para o William Waack, petralhas, peemedebostas, tucanalhas e afins). Por isso, o indecente afrodescendente da Baixada Fluminense resolveu homenagear o marido da bela Marcela, parodiando o refrão de um pagode do imortal Bezerra da Silva:
Se o Leonardo da Vinci, porque o Temer não pode dar três?... Por cento...”...
Aguardamos que música o Chatubão do Apolinho cantaria para o bando tucanalha... Que abundem sugestões dos leitores amantes do pagode crítico...
Paremos por aqui, orando, implorando e obrando para o fictício santo protetor dos tucanalhas: “São Gilmau, não me queira mal”...

Releia a segunda edição de ontem: Laurelli, Carvalhosa e Crema acionam TSE para extinguir partidos enrolados em casos comprovados de corrupção

De bandeja
Socooooorro
Marinando

Nenhum comentário:

Postar um comentário