VEJA localizou Bruno Estefânio de Freitas, que mora na periferia mas é dono de empresa de fachada que recebia recursos da construtora
Gabriel Castro
Coaf detectou transação suspeita envolvendo a Delta
(Daniel Ramalho)
Reportagem de VEJA desta semana
joga luz sobre o esquema nebuloso utilizado pela construtora Delta para
esconder o destino de parte de seu gigantesco faturamento. A equipe da
revista localizou Bruno Estefânio de Freitas, um laranja do empresário
Fernando Cavendish que sacou 5 milhões de reais em dinheiro de uma conta
abastecida pela Delta. A agência bancária onde ocorreu a retirada é a
mesma utilizada pela construtora.
No papel, Bruno é dono de uma empresa de terraplenagem
que recebeu, nos quatro primeiros meses deste ano, 12 milhões de reais.
Parte desses recursos foram repassados pela Delta. Na prática, o
improvável milionário está desempregado e tem endereço registrado em um
conjunto habitacional na periferia do Rio de Janeiro.
O relatório do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf) que detectou a transação suspeita destaca o fato de o
saque ter sido feito na Barra da Tijuca, a 140 quilômetros do local
registrado como sede da MB - que, aliás, informa como endereço uma sala
onde funciona uma firma de consultoria financeira. O A VEJA, Bruno negou
ser dono da MB: "É engano isso aí". São mais perguntas para a CPI do Cachoeira responder.REV VEJA
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