Os ovos quebrados e a omelete
Enviado por administrador em 28/02/2011 – 19:14 (Nenhum comentário)
MENTIRA“Pretendemos fazer um ajuste dos gastos de custeio já existentes e dos novos. Serão feitos cortes em todas as áreas, excepcionalizando projetos prioritários, como o Bolsa Família.” (Ministro da Fazenda Guido Mantega, antecipando os cortes no PAC, no Rio de Janeiro (RJ), 06/12/2010.)
“Vocês estão vendo a minha fisionomia? Vocês acham que eu estou com ar de que vai ser cortado algum centavo do PAC?” (Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desautorizado o ministro Guido Mantega, no Rio de Janeiro (RJ), 07/12/2010)
“Em relação ao PAC, o ministro disse que a prioridade é terminar os que já estão em andamento, que levam um ano ou dois para terminar. Quanto aos novos projetos do PAC, previstos para 2011, o ministro afirmou que começarão mais lentamente.” (Nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, em que o ministro Guido Mantega volta atrás nos cortes do PAC, 07/12/2010.)
“Nós não vamos, não vamos – vou repetir três vezes – não vamos contingenciar o PAC.” (Presidente Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro, 28/01/2011.)
“Todos os investimentos e programas sociais serão mantidos.” (Ministra do Planejamento Miriam Belchior, em Brasília, 09/02/2011.)
A VERDADE
No exato momento em que os ministros Guido Mantega, Fazenda, e Miriam Belchior, Planejamento, inventavam recursos de linguagem para não melindrarem os chefes, Dilma Rousseff gravava um programa de tevê sobre culinária, onde preparava uma omelete. É bem verdade que nem tentou fazê-la sem quebrar os ovos. Não adiantava mais. Os cortes de investimentos e em programas sociais, que Lula, Dilma e todo o PT passaram a campanha eleitoral negando, estavam confirmados pelos ministros.
Os mesmos ministros que tempos atrás, diga-se de passagem, já tinham admitido que a gastança eleitoral no ano passado tinha sido muita e insustentável. Como algumas informações econômicas já alertavam, tudo ia bater no aumento da inflação e do déficit público. Mantega e Belchior foram repreendidos por Lula e Rousseff publicamente e engoliram o sapo.
Os cortes atingiram tudo, principalmente os projetos que Rousseff jurava, enfaticamente, que não ia cortar, como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Neste, só o Minha Casa, Minha Vida perdeu mais de R$ 5 bilhões, uma tesourada de 40%. No total, o Ministério das Cidades, que gerencia o Minha Casa, Minha Vida e outras obras do PAC, perdeu R$ 8,5 bilhões, quase 60% do previsto.
O ministério do Turismo perdeu R$ 3 bilhões, 84,3% de sua verba, e o dos Esportes, R$ 1,5 bilhão, 64% dos recursos. Somando, os novos investimentos previstos para este ano perderam R$ 18 bilhões. E devem vir mais cortes por ai.
DO BLOG GENTE QUE MENTE
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