domingo, 10 de junho de 2012

Golpe dos juros: Quem caiu?

O golpe dos juros baixando é um processo de grande teatralidade política e uma piada econômica. A Velhinha de Taubaté até se empolgou com a Guerreira Dilma fingindo que lutava com os Banqueiros da Maldade. Pena que era tudo ficção. Os bancos, que sempre ganharam muito com a usura alta, continuam faturando alto com o ilusionismo da taxa referencial de juros em queda. Resumo da ópera bufa: quem sempre cai no conto dos vigaristas, sai perdendo e paga a conta é o otário do consumidor-correntista.
Pesquisa do Procon de São Paulo comprova o golpe. As tarifas cobradas pelos principais bancos aumentaram até 41% em um ano. Enquanto a taxa referencial de juros teve sua queda histórica de 11% para os 8,5%, com o governo dando ordem para os bancos baixarem também os seus juros e liberarem mais crédito aos ávidos consumistas (perdão, consumidores) sem grana, o golpe transcorria nos bastidores bancários. Sempre bem informados, os bancos agiram preventivamente para manter os lucros ou – quem sabe até – lucrar um pouquinho mais.
A pesquisa do Procon comparou o valor de pacotes oferecidos nos meses de maio de 2011 e maio de 2012 pelos sete principais bancos privados e públicos: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Safra e Santander. Os tais bancos públicos, onde parece que a Dilma e sua turma dão alguma ordem, foram na mesma balada. O Banco do Brasil teve uma elevação nos preços nivelada, com altas de 9,5% e 10%. A Caixa Econômica Federal teve seus pacotes reajustados mais elasticamente, com o menor aumento do pacote de 2,99% e o maior de cerca de 30%.
Para surpresa da Velhinha de Taubaté (só ela mesmo se surpreende), o aumento das tarifas bancárias, na maioria dos casos, ficou acima da inflação acumulada no período, de cerca de 5%. O Itaú registrou o maior aumento no preço cobrado por um pacote: 41%. No HSBC, o menor aumento foi de 6,4%, enquanto o máximo foi de 20%. O banco Safra fez dois reajustes, de 11% e 28%. O Santander fez as menores alterações, até porque já tinha tarifas nem salgadas, com seu único pacote subindo 3%.
O Banco Central do Brasil baixou a taxa Selic, porque a Dilma mandou (?), mas a previsão de inflação continua elevada. O comitê de nove iluminados do BC do B errou na conta? Enquanto a resposta não aparece, certo é que o golpe nos juros também atingiu em cheio aquele trabalhador da classe B e C que apostava em se aposentar investindo em Previdência Privada. Ficaram péssimos na fita aqueles investidores que tinham planos com elevadas taxas de administração cobradas pelos bondosos bancos. Ou terão de aumentar o valor da contribuição mensal, ou vão demorar mais para se aposentar com o valor programado.
Sorte geral é que, no discurso da propaganda oficial, tudo vai bem. O problema são os números. A Velhinha de Taubaté não acredita neles. Azar dela! A economia opera em estagnação. Diferente do endividamento dos simples mortais que continua subindo. Em maio, o indicador de dívidas não pagas cresceu 4,3% em comparação com o mesmo mês de 2011. É a 15.ª elevação em 16 meses. Eis a conseqüência esperada do modelo lulista de incentivar o gasto das famílias com uma política agressiva de expansão do crédito, com juros caindo, mas ainda elevados.
O Brasil é uma ilusão econômica. Tem potencial para ser o gigante do futuro, mas trabalha como o anão do presente, sempre acumulando malditas heranças de incompetência política e econômica. O modelo de ensino, baseado na (m)idiotização, só amplia o número analfabetos funcionais – incluindo a turma com diploma superior e pós-graduação. A infraestrutura, sempre carente de modernização, é uma promessa nunca cumprida. Os investimentos produtivos ficam inviáveis com um impostor sistema tributário que sustenta o cada vez mais perdulário Estado Capimunista.
Para piorar: os segmentos esclarecidos da sociedade não conseguem se unir para formular um Projeto de Nação para o Brasil. Assim, somos condenados a viver como aquele vira-lata raivoso que corre sempre atrás do próprio rabo. E, conforme a maldição prevista nesta modalidade de corrida, quem sempre corre atrás nunca chega em primeiro lugar.
A Velhinha de Taubaté, apesar de tudo, continua otimista. Há um tempão o Governo do Crime Organizado esquarteja nossa Nação. Mas a gente só dá importância mesmo para a desinfeliz que mata e corta o marido infiel em pedacinhos. A estupidez é cruel! O crime dela, certamente, terá castigo. O cometido pelos demais criminosos que assassinam o Brasil, dificilmente.
Uma imagem forte pelo menos vem á mente. Já pensou se a loura Elize Kitano comparecer a um Congresso da União da Juventude Socialista para pedir que todos façam uma mobilização de rua para defendê-la do monstruoso “monopólio da mídia” no processo do Mensalão? Ainda bem que isso não vai acontecer... Assim, a tal da “batalha final” terminará empatada. O placar moral em favor do time da penitenciária? Fácil: - 1 x -1...
DO ALERTA TOTAL - 10-06-2012 

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