Na sua coluna de hoje no jornal Folha de S. Paulo, a jornalista Vera
Magalhães conta que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco admitiu em
depoimento na Operação Lava Jato que ele e o ex-diretor Renato Duque receberam
propina “em mais de sessenta contratos” da estatal de 2005 a 2010. Barusco, que
afirmou ter recebido indevidamente US$ 97 milhões, declarou que Duque tinha
participação ainda maior na divisão do dinheiro desviado. O ex-gerente disse
ainda que também houve pagamentos a Jorge Luiz Zelada, diretor da área
internacional da Petrobras até 2012.
Renato Duque foi nomeado diretor da Petrobrás por indicação do
mensaleiro petista Zé Dirceu. Ele repassava dinheiro para o caixa do PT.
Duque foi solto da prisão por decisão do ministro Teori Zavascki.
Relatório da Polícia Federal que reproduz o
depoimento afirma que Barusco “organizava isso [pagamento de propina] mediante
uma contabilidade, sendo que parte se destinava a Renato Duque, ao declarante
e, excepcionalmente, a Jorge Luiz Zelada”.
S. A. “Na divisão de propina entre o declarante e
Renato Duque, em regra Duque ficava com a maior parte, isto é, 60%, e o
declarante com 40%”, afirma o relatório do depoimento. “Quando havia a
participação de um operador, Renato Duque ficava com 40%, o declarante com 30%
e o operador com 30%”.
Desconto O ex-gerente disse aos investigadores que
“quase tudo o que recebeu a título de propina está devolvendo, em torno de US$
97 milhões, sendo que gastou para si US$ 1 milhão em viagens e tratamentos
médicos”.
Barusco afirmou que continuou
recebendo propina após deixar a Petrobras, em 2010. Diz que houve pagamentos
quando já atuava para a Sete Brasil, contratada pela estatal.
O ex-gerente também disse que as
empreiteiras não eram coagidas a pagar propina. “Na realidade, o pagamento de
propinas dentro da Petrobras era algo ‘endêmico’ e institucionalizado”, afirmou
Barusco.
- A defesa de Duque “nega qualquer
acusação” e diz “desconhecer as práticas criminosas cometidas na companhia por
Barusco ou outro executivo”.“Contratos e processos licitatórios,
durante sua gestão à frente da Diretoria de Serviços, eram pautados por
critérios técnicos”, diz o texto. Jorge Luiz Zelada não retornou os
telefonemas.
CLIQUE AQUI para examinar comentário do editor: "Agora só falta pegar os políticos, começando por Lula e Dilma". - DO POLIBIOBRAGA
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