sábado, 13 de dezembro de 2014

Diretor da Petrobrás, Renato Duque, operador do PT, recebeu propina em 60 contratos entre 2005 e 2010

Na sua coluna de hoje no jornal Folha de S. Paulo, a jornalista Vera Magalhães conta que o  ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco admitiu em depoimento na Operação Lava Jato que ele e o ex-diretor Renato Duque receberam propina “em mais de sessenta contratos” da estatal de 2005 a 2010. Barusco, que afirmou ter recebido indevidamente US$ 97 milhões, declarou que Duque tinha participação ainda maior na divisão do dinheiro desviado. O ex-gerente disse ainda que também houve pagamentos a Jorge Luiz Zelada, diretor da área internacional da Petrobras até 2012.
Renato Duque foi nomeado diretor da Petrobrás por indicação do mensaleiro petista Zé Dirceu. Ele repassava dinheiro para o caixa do PT. Duque foi solto da prisão por decisão do ministro Teori Zavascki.
Relatório da Polícia Federal que reproduz o depoimento afirma que Barusco “organizava isso [pagamento de propina] mediante uma contabilidade, sendo que parte se destinava a Renato Duque, ao declarante e, excepcionalmente, a Jorge Luiz Zelada”.
S. A. “Na divisão de propina entre o declarante e Renato Duque, em regra Duque ficava com a maior parte, isto é, 60%, e o declarante com 40%”, afirma o relatório do depoimento. “Quando havia a participação de um operador, Renato Duque ficava com 40%, o declarante com 30% e o operador com 30%”.
Desconto O ex-gerente disse aos investigadores que “quase tudo o que recebeu a título de propina está devolvendo, em torno de US$ 97 milhões, sendo que gastou para si US$ 1 milhão em viagens e tratamentos médicos”.
Barusco afirmou que continuou recebendo propina após deixar a Petrobras, em 2010. Diz que houve pagamentos quando já atuava para a Sete Brasil, contratada pela estatal.
O ex-gerente também disse que as empreiteiras não eram coagidas a pagar propina. “Na realidade, o pagamento de propinas dentro da Petrobras era algo ‘endêmico’ e institucionalizado”, afirmou Barusco.
- A defesa de Duque “nega qualquer acusação” e diz “desconhecer as práticas criminosas cometidas na companhia por Barusco ou outro executivo”.“Contratos e processos licitatórios, durante sua gestão à frente da Diretoria de Serviços, eram pautados por critérios técnicos”, diz o texto. Jorge Luiz Zelada não retornou os telefonemas.
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