O
artigo “Chegamos ao fundo do poço ou ainda há poço?”, assinado pelo
excelente Rolf Kuntz no “Estadão traz a luz uma perspectiva realmente
sombria para a economia brasileira nos tempos vindouros. Lendo-o, mesmo
os leigos da economia haverão de temer pelo pior. Ao final de suas
linhas, Kuntz lamenta: “Talvez o País tenha chegado ao fundo do poço.
Talvez ainda haja alguma descida”. Mais que uma mera formulação
retórica, a dúvida sobre a profundidade
do poço tem fundamento: todos os indicadores da economia ( agora até
mesmo os do trabalho e emprego, até então tidos como bons) estão em
franca deterioração, com impacto sobre o consumo; preços administrados
deverão sofrer reajustes; o déficit público já aponta para 4% do PIB e o
superávit primário, mesmo com as criatividades da Fazenda, é
insuficiente para honrar os juros da dívida pública; a inflação,
ressuscitada e já no “teto da meta”, poderá chegar a 10% ou mais, já em
2015, impondo novas altas à taxa básica de juros Selic (já, hoje, a mais
alta do mundo) e, ainda, o que só alguns poucos enxergam, tem a virtual
alta dos juros de Tio Sam, já sinalizada pelo Fed para enxugar a
liquidez nos EUA. Quando acontecer, o câmbio vai saltar para R$ 2,50 ou
mais e os “swaps cambiais” do Banco Central não conseguirão segurar a
cotação do dólar, que baterá asas daqui, fragilizando ainda mais nossas
contas. Isso se nada pior acontecer lá fora... Grave é que a dna. Dilma,
grande responsável por tudo isso, lidera a campanha eleitoral e uma
certa líder messiânica, chefe de tribo ambientalista, hostil ao
agronegócio, amiga do MST e simpática ao Decreto 8.243, poderá sucedê-la
para ( quem sabe?) terminar o “trabalho”. Qual será a profundidade
desse poço ??
DO MARIOFORTES
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