Daniela Lima - Folha.com
Um acordo costurado por mais de seis horas dentro do Palácio dos
Bandeirantes pôs fim ao impasse em torno do nome que será indicado pelo
PSDB de São Paulo ao Senado. Após um gesto do governador Geraldo
Alckmin, José Serra decidiu representar o partido na disputa.
Segundo a articulação, José Aníbal será o primeiro suplente de Serra na
chapa. Os dois tucanos eram desafetos, mas se aproximaram após Alckmin
oferecer ao PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, a possibilidade de
indicar o senador de sua chapa à reeleição.
O acordo fechado na madrugada desta terça-feira (1) prevê que 14 dos 15
partidos que apoiam Alckmin se aliem a Serra na disputa ao Senado. A
única sigla que insistiu em lançar candidatura própria foi o PTB,
chefiado no Estado por Campos Machado. A candidata será a mulher do
petebista, Marlene Machado.
Com a garantia de que a maioria dos partidos ficaria ao seu lado, Serra
concordou em sair para senador. Com a aliança que foi fechada em torno
de seu nome, ele terá cerca de três minutos de propaganda na TV, segundo
os tucanos.
O ex-governador havia anunciado que seria candidato a deputado federal.
Isso porque houve uma cisão no PSDB após o convite a Kassab. Na última
semana, os principais aliados de Alckmin disseram a Serra que ele não
uniria a maioria das siglas que fecharam apoio a Alckmin, o que não
daria a ele um tempo de propaganda competitivo.
A união entre Serra e Aníbal, seu suplente, põe fim a anos de troca de
farpas entre os dois. A candidatura do ex-governador ao Senado também
atende a interesses do senador Aécio Neves, nome doa tucanos para a
disputa presidencial. Ele defendeu internamente que o ex-governador
saísse para o Senado.
DO WELBI
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