Josias de Souza
“Se alguém pensa que com essa sentença me tirou do jogo, podem saber que eu estou no jogo”, disse Lula, em sua primeira manifestação
depois de ser condenado a 9 anos e 6 meses de cadeia por corrupção.
“Até agora, eu não tinha reivindicado, mas agora eu reivindico do meu
partido o direito de ser candidato a presidente.” Com essas palavras,
Lula acorrentou de vez os destinos do PT ao seu futuro penal.
O petismo aceita gostosamente a penitência de arrastar as correntes do seu líder messiânico. Por duas razões: 1) Falta ao partido uma alternativa. Lula não permitiu que ela surgisse. 2) O socialismo petista é movido por uma fé de inspiração cristã. O ingrediente da dúvida não faz parte do credo do PT. O partido se alimenta da certeza de que seu único líder é uma potência moral, que não deve contas senão à sua própria noção de superioridade. Tudo o que o contraria é ''lixo''.
O petismo aceita gostosamente a penitência de arrastar as correntes do seu líder messiânico. Por duas razões: 1) Falta ao partido uma alternativa. Lula não permitiu que ela surgisse. 2) O socialismo petista é movido por uma fé de inspiração cristã. O ingrediente da dúvida não faz parte do credo do PT. O partido se alimenta da certeza de que seu único líder é uma potência moral, que não deve contas senão à sua própria noção de superioridade. Tudo o que o contraria é ''lixo''.
Rendido às conveniências de Lula, o PT vê-se impedido até mesmo de esboçar um Plano B em cima do joelho. O Plano B da legenda consiste basicamente em levar o Plano A às últimas consequências. O partido acha que vai à disputa de 2018 representado por um profeta.
E Lula, sob o risco real de se tornar um ficha-suja, trata decisões judiciais com descaso, administra sua moral transigente e se dedica com afinco à tarefa de ajudar afundar o partido que fundou.
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