A oposição anunciou a apresentação de seis novas representações sobre o caso Palocci junto ao Ministério Público Federal em São Paulo e no Distrito Federal e junto à Procuradoria Geral da República (PGR). A iniciativa foi tomada pelos líderes oposicionistas diante da decisão do procurador-geral da República de arquivar pedidos de investigação sobre o enriquecimento do ministro-chefe da Casa Civil.
Reunidos na liderança do PSDB do Senado no final da manhã desta terça, senadores e deputados da oposição decidiram ampliar a ofensiva para fazer com que a evolução patrimonial de Palocci seja investigada. Segundo o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA), a oposição vai dividir a estratégia de investigação sobre os negócios de Palocci entre São Paulo e Brasília.
Ao Ministério Público Federal de São Paulo e ao Ministério Público estadual paulista, os líderes da oposição vão solicitar, em quatro representações, a investigação da denúncia de que o apartamento alugado pelo ministro estaria em nome de um laranja. A oposição também vai pedir que os procuradores do MPF investiguem as declarações de Palocci na entrevista concedida à TV Globo, quando admitiu ter recebido R$ 10 milhões no final de 2010, relativos a contratos praticados entre 2006 e 2010 pela empresa de consultoria, Projeto. Para a oposição, Palocci pode ter incorrido em crime fiscal.
Já ao procurador-geral da República, os parlamentares do DEM, do PSDB e do PPS vão solicitar cópia da documentação enviada por Palocci para esclarecer seu enriquecimento. “Como parte na representação que foi arquivada, a oposição tem o direito de receber cópia dos documentos e das explicações que foram prestadas pelo ministro ao procurador”, argumento o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).
Além de pedir a liberação dos documentos a Gurgel, os oposicionistas também vão solicitar em representação que o procurador-geral remeta ao Ministério Público Federal do Distrito Federal as informações que recebeu de Palocci, uma vez que o MPF de Brasília já está investigando a evolução patrimonial do ministro. Do portal G1 da Rede Globo - Leia MAIS
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