O Procurador Geral da República decide não cumprir o seu papel, que é de investigar denúncias. Afirma que não encontrou indícios para mover qualquer tipo de ação. Ora, gordinho, com todo o respeito: se você não procurar, como determina o próprio cargo, como é que vai encontrar?
Escorada na decisão do Procurador Geral da República, a Presidente da República decide não demitir o seu ministro que ficou rico da noite para o dia, provavelmente à noite, na medida em que exercia um cargo público durante o dia, para não cometer uma injustiça. Lava as mãos.
O Presidente da Câmara, passando por cima das notas taquigráficas e dos vídeos, decide anular, sem ter poder para isso, a convocação do ministro milionário, para depor na Comissão da Agricultura. Azar se a medida fere a Constituição, o importante é proteger o companheiro de partido.
Apesar de tudo isso, o ministro que encheu as burras de dinheiro enquanto era deputado, resolve entregar o cargo, em caráter irrevogável, denunciando perseguição política, para não comprometer o governo que tanto ama. Com isso, leva consigo a origem dos milhões e milhões que amealhou sabe-se lá como. O importante é preservar os clientes. Afinal de contas, 2012 tem eleição de novo e as campanhas andam custando os olhos da cara. A demissão ocorrerá hoje, amanhã, qualquer dia desses. A única coisa que o governo busca é uma saída honrosa.
DO COTURNO NOTURNO
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