quarta-feira, 12 de julho de 2017

Temer ainda tem salvação? NÃO...NÃO.. NÃO...


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Presidente da República, que luta pela sobrevivência no cargo, negocia, descaradamente, a troca de votos favoráveis na Constituição e Justiça da Câmara por liberação de emendas parlamentares. Senadoras de canhota da “oposição” tomaram de assalto ontem a mesa diretora do Senado, em clara quebra de decoro parlamentar, para impedir a votação da Reforma Trabalhista (que acabou ocorrendo após muita embromação e bate-boca). A Comissão de Valores Mobiliários (suposta fiscal do mercado de capitais) inocentou a Petrobras, seus ex-diretores e alguns banqueiros nos processos sobre irregularidades na oferta de ações.
Nenhuma surpresa. A máquina estatal Capimunista Rentista promove espetáculos de abusos de poder, delinqüência e impunidade. São apenas três provas recentes de que é uma temeridade (sem trocadilho) afirmar que as instituições funcionam normalmente no Brasil. As três situações são retratos da canalhice recorrente. Comprovam que não temos Segurança do Direito – que é a base da Democracia. A corrupção é uma rotina macabra. Sua face mais visível (a “roubalheira”) é organizada e contamina a sociedade. Este caos gera, ao mesmo tempo, revolta e depressão nas pessoas de bem. Uns protestam como podem e outros morrem por dentro ou cometem suicídio.
O Brasil sofrerá uma inevitável Intervenção Institucional. Isto é apenas uma questão de (pouco) tempo. A degradação das instituições é apenas o resultado direto da crise estrutural da máquina estatal brasileira. A única saída é fazer um novo pacto legal e constitucional – mantendo leis que simplesmente possam ser cumpridas por terem legitimidade, e não por mera imposição do que foi escrito no papel. É essencial definir punições para quem desrespeita a Constituição. Outra solução fundamental é criar mecanismos de controle direto dos órgãos públicos por cidadãos eleitos para tal finalidade. Enfim, temos de reproclamar a República, com base no Federalismo, fortalecendo o poder local, próximo das pessoas, e controlando os poderes mais distantes delas.
Enquanto não mudamos o Brasil, o desgoverno do Crime Institucionalizado segue dominando a vida pública. A cidadania feita nas coxinhas agora paga o alto preço de não ter feito o serviço completo de ter tirado do poder toda a chapa reeleitoral de 2014. Michel Temer nem deveria ter entrado no lugar da Dilma – embora esta fosse a previsão constitucional. Ele devia ter caído junto com ela. Naquele impasse, a Intervenção Institucional já teria nos poupado da vergonha que passamos agora. A limpeza institucional já teria sido feita com menos traumas que agora. Infelizmente, o Brasil é viciado em adiar a solução dos problemas ou, pior ainda, implantar as receitas erradas que só agravam o caos.
O governo Michel Temer tenta seduzir deputados na base da liberação de emendas parlamentares e na compra de votos de forma invisível, via tráfico de influência. Aliados temerários fazem o diabo para conseguir o mínimo de 32 votos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, para impedir que seja aceita a denúncia de corrupção passiva contra o Presidente da República. A tropa de choque governista garante que terá 38 votos, salvando a pele do marido da bela Marcela. O PMDB quer obrigar todos seus parlamentares a votarem a favor de Michel. Outros partidos aliados fazem ameaças no mesmo sentido.
Botando mais fogo no debate, surge agora uma análise jurídica que pode ser usada para salvar Michel Temer das garras de Rodrigo Janot. O jurista Laércio Laurelli, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, adverte: “Corrupção ativa e passiva, na definição jurídica, são considerados crimes autônomos. Na conduta do delito na forma passiva não cabe à figura da coautoria. Desta forma, a denúncia oferecida pela douta Procuradoria Geral da República, no caso Presidente Temer, por apresentar esta anomalia e classificar definição jurídica ao tema proposto, incorre na nulidade absoluta de pleno direito. Se e quando o pleno da Câmara incorrer no mesmo equivoco, ou seja, de aceitar a denúncia e encaminhar ao Supremo Tribunal Federal, a Corte deverá considerá-la nula decidindo pelo trancamento da Ação Penal diante do fundamento de nulidade frente ao defeito de um ato processual no inicio da ação penal, que certamente influenciará na apuração da verdade substancial na decisão da causa”.
Deve ser por tal motivo que o Presidente Michel Temer já comentou com interlocutores próximos que, se for derrotado na Câmara dos Deputados, vencerá a batalha no Supremo Tribunal Federal. Apesar do gigantesco desgaste político, juridicamente, Em tese, Temer ainda tem salvação. Na prática, pode não ter. O risco temerário é que, no Brasil, há muito vigora a judicialização da politicagem. Aqui, a lei é “interpretada” – e não cumprida, de maneira consciente, pela legitimidade que deve ter.
Resumindo: Não dá para sobreviver civilizadamente em um País sem Segurança do Direito – definidora e garantidora da Democracia. Por isso, a única solução de verdade, é a Intervenção Institucional para restabelecer a legitimidade que assegura a legalidade. Sem isso, o Crime Institucionalizado seguirá dominando tudo e todos, pouco importando quem é a marionete que senta no trono autoritário do Palácio do Planalto. Enfim, o Estado Ladrão aceita qualquer um na chefia da Organização Criminosa...
A Ditadura do Crime é a mais hedionda das ditaduras! É exatamente isso que as pessoas de bem têm o dever de lutar para mudar. #reelejaninguém!  
Instabilizadores
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Acuados e Acunhados

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