Josias de Souza
Nas
últimas horas, Brasília esteve mais surrealista do que o habitual. Em
solenidade no Planalto, Michel Temer disse que a Câmara tem uma decisão
importantíssima para tomar e que vai respeitar o resultado, seja ele
qual for. Nos subterrâneos, Temer compra um resultado que lhe pareça
respeitável. Com verbas e cargos, transformou uma derrota em perspectiva
de vitória na Comissão de Constituição e Justiça. Deputados que
votariam a favor da aceitação da denúncia contra Temer foram trocados na
CCJ por colegas que querem enterrar o escândalo vivo.
No mesmo discurso em que fez pose de presidente respeitável, Temer repetiu que seu governo recolocou a economia nos trilhos. E celebrou antecipadamente a aprovação da reforma trabalhista. Horas depois, noutro surto de surrealismo, senadoras de oposição, entre elas a ré Gleisi Hoffmann, presidente do PT, tomaram de assalto a mesa do Senado. Sem votos, decidiram atrapalhar na marra a votação da reforma da CLT. Apagaram-se as luzes no plenário do Senado. Mas o principal apagão é político, não elétrico.
Em meio a uma conjuntura cada vez menos respeitável, Temer pede pressa aos aliados. Quer enterrar a denúncia que o acusa de corrupção o quanto antes. Acha que será uma demonstração de poder. Mas a verdade é que está cada vez mais impotente. Corre para fugir de novas delações. Mas será atropelado por duas novas denúncias da Procuradoria. Talvez não encontre mais deputados dispostos a se comportar como juízes que vendem a consciência três vezes. Como nunca viveu numa democracia antes, um adolescente pode se perguntar: “E se democracia for isso mesmo?”
No mesmo discurso em que fez pose de presidente respeitável, Temer repetiu que seu governo recolocou a economia nos trilhos. E celebrou antecipadamente a aprovação da reforma trabalhista. Horas depois, noutro surto de surrealismo, senadoras de oposição, entre elas a ré Gleisi Hoffmann, presidente do PT, tomaram de assalto a mesa do Senado. Sem votos, decidiram atrapalhar na marra a votação da reforma da CLT. Apagaram-se as luzes no plenário do Senado. Mas o principal apagão é político, não elétrico.
Em meio a uma conjuntura cada vez menos respeitável, Temer pede pressa aos aliados. Quer enterrar a denúncia que o acusa de corrupção o quanto antes. Acha que será uma demonstração de poder. Mas a verdade é que está cada vez mais impotente. Corre para fugir de novas delações. Mas será atropelado por duas novas denúncias da Procuradoria. Talvez não encontre mais deputados dispostos a se comportar como juízes que vendem a consciência três vezes. Como nunca viveu numa democracia antes, um adolescente pode se perguntar: “E se democracia for isso mesmo?”
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