Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Está apenas começando o inferno
gerado em torno da saída de Michel Temer – que tem tudo para não acontecer. A
base governista adverte que juntará até 38 votos na Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara dos Deputados para impedir que avance o pedido de autorização
parlamentar da Procuradoria-Geral da República para que o Presidente da
República seja processado por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal. Se
Temer vencer, o Brasil vai mergulhar em um colapso político com graves repercussões
econômicas e sociais.
Embora acredite que consegue reunir o
mínimo de 172 votos no plenário da Câmara, para impedir que o pedido de
processo vá adiante, Temer prefere, torce e conspira para barrar tudo
imediatamente. O risco é gigantesco. Até agora, 174 parlamentares declaram que
votariam pela saída de Temer. O sucessor da Dilma seria imediatamente afastado
com a autorização para processo no STF. A quantidade basta para tirar Temer,
por 180 dias. O “golpe” parlamentar coloca o presidente da Câmara interinamente
na Presidência da República. Embora jure fidelidade a Temer, o genro sem sogro
Rodrigo Maia está prontinho para sentar no trono palaciano, mesmo com a Lava
Jato fungando em seu cangote.
Os partidos governistas – que vendem
a alma a Temer e aos reais controladores econômicos dele – avaliam que chegam
ao mínimo de 32 votantes, depois de uma providencial troca de 20 deputados na
CCJ que é composta por 66 parlamentares. Abertamente, 16 votam contra Temer
(aceitando que a denúncia de Rodrigo Janot vá adiante, para avaliação dos 513
deputados no plenário da Câmara. Também claramente, 21 votam a favor de Temer.
Faltariam 11 votos para salvá-lo. Os 15 indecisos e os 14 que não respondem a
enquetes são os fiéis da balança e alvos do programa “é dando que se recebe” do
Palácio do Planalto.
Não houve surpresa com a posição do
“peemedebista independente” Sérgio Zveiter – relator do Caso Temer na CCJ. O
maçom regular Zveiter (da família que tem hegemonia no comando da Grande Loja
Maçônica do Estado do Rio de Janeiro) votou a favor de detonar o maçom
irregular Michel Miguel Elias Temer Lulia (cadastro 213065 - afastado desde
abril de 2015 da Loja Maçônica Colunas Paulistas 3333, de São Paulo). O “irmão”
Sérgio Zveiter apresentou um voto demolidor contra o irmão Temer, pedindo que
deputados votem pela admissibilidade da abertura de processo por corrupção
passiva. Resumindo: “A denúncia não é inepta... Há indícios de autoria e de
materialidade”.
Sabendo que a denúncia contra Temer
tem mais da metade dos votos necessários para ser aceita, a base aliada corre
contra o tempo e parte para todas as negociatas possíveis. Estão em jogo os
votos de 110 indecisos e mais 160 parlamentares que preferem não falar do
assunto publicamente. Ou seja, é gigantesca a margem para o velho e conhecido
“é dando que se recebe”. Desesperados, os governistas tentarão apresentar um
relatório alternativo ao apresentado pelo peemedebista Zveiter. A corrida é
contra o tempo. O prazo fatal é o recesso parlamentar. Temer segue em ritmo de
vida ou morte.
Temer acha que o “irmão” Zveiter
“exagerou”. Experiente advogado, Zveiter admitiu que tomou conselhos jurídicos
de seu pai, Waldemar Zveiter, ministro aposentado do Superior Tribunal de
Justiça e Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro. Além
do protagonismo na Maçonaria, a família Zveiter é famosa por advogar, há
décadas, para o Grupo Globo. O irmão de Sérgio, Luiz, é famoso no mundo
esportivo, porque foi presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da
empresa CBF – cargo do qual foi afastado por determinação do Conselho Nacional
de Justiça, que julgou que tal função não poderia ser acumulada com a
presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
A tropa de choque do “irmão” Temer
fará o diabo para desmoralizar Sérgio Zveiter – que está no PMDB desde março de
2016. Uns tentam queimá-lo alegando que foi secretário de Sérgio Cabral
(ilustre preso). Outros repetem nas redes sociais que Sérgio teve sua campanha
de deputado federal de 2014 abastecida pelo caixa das empreiteiras envolvidas
na Lava Jato. Formalmente, Zveiter não é alvo de inquéritos na Lava Jato. Por
isso, atacado pelos aliados temerários, Zveiter produziu um voto contundente e
que pode ser fatal para Michel Temer.
Horroroso é o comportamento duvidoso
dos tucanos – mais perdidos que freiras no meio de um puteiro. Na reunião de
ontem no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo,
líderes do PSDB decidiram nada resolver, de imediato, sobre o desembarque do
governo Temer. Engraçado foi ouvir, do senador José Serra, que todos comeram
“pizza” no jantar... Tudo bem... Ontem se celebrou o Dia Nacional da Pizza...
Nada de anormal, porque este é o
prato predileto da politicagem tupiniquim – em ritmo de roubalheira sem fim,
até a hora que o povo, pt da vida, promova o “juízo final” que pode não ser
apenas uma “revolta” no voto, mas sim na base da porrada...
Assim prossegue a guerra de todos
contra todos... Assim a vida segue no Brasil em ritmo de corrupção e de guerra
civil não-declarada, na qual a população é alvo de balas perdidas, enquanto
policiais e militares das forças armadas são alvos de balas achadas...
Já passou da hora de se reinventar o
País dominado pelo Crime Institucionalizado e em ritmo de fragmentação... Mas
já que isso não acontece por bem, quem sabe, não aconteça pelo mal, que se
esfarela e se desmoraliza?
Todos em queda
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