terça-feira, 4 de setembro de 2012

Esse Tio Rei é FLÓRIDA!

Vou reproduzir abaixo, um texto postado a pouco no blog do Tio Rei.
Mas antes vou discordar de uma colocação do Tio em relação ao marketing, quando ele diz que o marketing "é uma ciência inexata demais". 
Não Tio Rei, não é.
Muito antes pelo contrário. Ela te dá todas as variáveis possíveis para dar uma mexida em áreas sensíveis da psicologia humana, assim como faz a psicologia ou a psiquiatria.
Usar ou não usar, fazer mau ou bom uso desta ciência é que é o grande problema.
O que temos assistido neste Brasil é uma cambada de salafrários se dizendo ou se mostrando como profissionais de marketing.
Paraquedistas de uma ciência que só não é mais exata porque a soma de sentimentos que envolvem um ser humano não pode ser mensurada com tanta precisão.
E a maior prova disso é os grandes gênios desta ciência são as pessoas sensíveis e que dominam, de forma quase perfeita, o uso da comunicação, razão de ser da Ciência Marketing.
O Marketing, nada mais é que isso: LEVAR A COMUNICAÇÃO CERTA PARA AS PESSOAS CERTAS. Dizer para elas o que elas gostariam ou querem ouvir.
Este seu texto, um discurso hipotético de um Serra que não seria Serra, porque é justamente Serra, é a maior prova disso.
Comunicação perfeita.
UM RARO EXEMPLO DE MARKETING DE VALORES. Algo que toca profundamente em qualquer pessoa que preze esta desnutrida palavra chamada VALORES.
Abaixo, o irrepreensível texto que, se fosse Serra, colocava no ar amanhã.


Por Reinaldo Azevedo - VEJA.


Eu lhes trago uma mensagem antiga, que se renova a cada dia: a democracia, com todas as suas imperfeições, ainda é o melhor caminho para resolvermos as nossas diferenças.

Eu lhes trago aqui uma convicção antiga, que se prova verdadeira a cada dia: a igualdade sem a liberdade é justiça tirana; a liberdade sem a busca da igualdade é injustiça cordial. E nós somos aqueles que lutam por um mundo justo, porém amoroso.
Eu lhes trago aqui uma crença antiga, que se faz viva a cada dia: a única razão de ser de um governo, em qualquer esfera, é cuidar das pessoas. E esse cuidado implica criar as condições para que cada brasileiro tenha plenas condições de cuidar de si mesmo.
Sou antigo porque acredito na democracia.
Sou antigo porque acredito na igualdade.
Sou antigo porque acredito na liberdade.
Sou antigo porque acredito na Justiça.
Sou antigo porque acredito na eficiência.
Sou antigo porque acredito na autonomia.

E, por isso, minhas caras, meu caros, por isso mesmo, eu sou muito jovem. Aos 70 anos — eu tenho orgulho da minha idade, eu tenho orgulho da minha luta, eu tenho orgulho da minha história —, eu posso lhes dizer que a idade de uma mulher e a idade de um homem não se medem apenas pelo tempo que viveram, mas também por sua experiência e por sua capacidade de se renovar.
A luta por democracia, por igualdade, por liberdade e por justiça é bem mais velha do que eu, bem mais velha do que todos nós. Ela acompanha a trajetória humana desde os seus primórdios. Que proclamem por aí: a experiência que acumulei em diversos cargos públicos vale bem mais, se quiserem, do que os 70 anos que tenho.
A juventude de uma mulher e de um homem está na sua ousadia.
A juventude de uma mulher e de um homem está no combate ao preconceito.
A juventude de uma mulher e de um homem está na sua inquietude.

E eu tenho a satisfação de ter construído uma carreira política que ousou dizer "não" ao arbítrio, que lutou contra o peso das ideias mortas, que soube se renovar e se preparar para o futuro.
O que pode haver de mais velho neste país do que a incompetência?
O que pode haver de mais velho neste país do que a aposta na impunidade?
O que pode haver de mais velho neste país do que a aposta no vale-tudo?
O que pode haver de mais velho neste país do que a corrupção, que rouba a o futuro de nossas crianças e de nossos jovens e sequestra o presente de nossos homens e mulheres?

Velha, no Brasil, é velhacaria!
Velho, no Brasil, é o autoritarismo!
Velho, no Brasil, é o vale-tudo.

Hitler se tornou chanceler da Alemanha antes de completar 44 anos. Todos conhecem as consequências. Fez o que fez porque era jovem? Não! Produziu a tragédia que produziu porque, na verdade, velhas eram suas ideias. Konrad Adenauer assumiu a chancelaria da Alemanha Ocidental, em 1949, aos 73 anos e conduziu o país até os 87 anos. Só deixou o Parlamento ao morrer, em 1967, aos 91!
Hitler matou milhões porque, sendo jovem, era muito velho.
Adenauer salvou a democracia porque, sendo velho, era muito jovem.

Podem me chamar de velho. Fico feliz que não possam me chamar de velhaco. Os jornalistas lembrarão que Ulysses Guimarães já disse isso antes. É verdade. Foi na disputa eleitoral de 1989, quando perdeu para Lula e Collor.
Ulysses perdeu a eleição, mas não perdeu a vergonha na cara. Eu quero, sim, ganhar a eleição. Mas, para tanto, não aceito a perder a vergonha.
Foi exatamente esta ESTRATÉGIA que o falecido e saudoso Mário Covas usou contra Maluf. E venceu.
Valores!
SEMPRE ELES. 

DO GENTE DECENTE

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