O
vídeo em que Celso Russomanno aparece apalpando uma garota no Carnaval
circula por aí. Setores da imprensa, em nome de um entendimento cretino
do que seja pudor, pudicícia ou “questão pessoal”, o escondem. Por quê?
Em qualquer democracia respeitável do mundo, ele seria exibido. Homens
privados podem fazer o que lhes der na telha de sua vida sem dar
satisfações a ninguém — a não ser às leis. Homens públicos têm de manter
coerência entre o discurso e a ação.
O Celso
Russomanno defensor dos consumidores já foi processado — e perdeu — com
base do Código de Defesa do Consumidor. Uma empresa sua vendia uma
estrovenga para tirar ar do cano d’água (!!!), e o troço não funcionava.
Há um processo no STF por conta de seu domicílio eleitoral de 2008.
Segundo declarou, morava em Santo André — onde se candidatou a prefeito
—, mas tudo indica que a informação era falsa.
No caso
deste vídeo, vemos o vetusto defensor da moral e dos bons costumes
atuando, segundo ele, como “repórter”. Sim, talvez isso até lhe dê
alguns pontinhos a mais, não é mesmo? Nas tais boas democracias do
mundo, estaria liquidado. Por aqui, talvez ganhe fama de garanhão. Por
isso elas são o que são e somos o que somos.
Este rapaz pode ser prefeito de uma das maiores cidades do mundo. Pode, sim!
Por Reinaldo Azevedo
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