terça-feira, 31 de maio de 2011

Se Palocci cair, o governo cai junto?


Não há mais dúvidas de que há crime. E crime feio. E crime escancarado. E crime contra os cofres públicos.
  • Por que motivo um ministro do Estado não entrega informações completas à Procuradoria Geral da República sobre a sua evolução patrimonial? A única expicação é que está exercendo o direito constitucional de não produzir provas contra si. 
  •  Por que a Controladoria Geral da União, órgão do governo federal, cujo papel é investigar possíveis danos ao patrimônio público no âmbito interno do governo, usa um truque vagabundo para não fazê-lo, qual seja a de que Antônio Palocci não teve a sua nomeação como Coordenador da Equipe de Transição publicada no Diário Oficial? O motivo só pode ser um: não incriminá-lo definitivamente.
  •  Por que o Ministro da Justiça nega que as estranhas movimentações financeiras de Antônio Palocci tenham sido encaminhadas à Polícia Federal pelo COAF, quando é óbvio que foram, pois isto é automático, bastando que elas passem de determinado limite? Só por uma razão: impedir que seja aberta uma investigação policial contra Palocci. 
Estes três fatos, somados, saem da evidência para a contundência. Há uma blindagem construída em torno de um único nome, com antecedentes criminais na área, envolvendo todo o Governo Federal. A proteção ao ministro Palocci vem de todos os lados. Ela se dá não mais no campo da ética, mas no espaço dos bandidos: as brechas legais.  A única coisa que podemos concluir é que se o ministro Palocci for incriminado, cai o Governo Dilma. Que Palocci é apenas o operador de um esquema muito maior. A impressão é esta. Impressão que, a cada dia, caminha mais para a certeza.
DO B. DO CEL

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