terça-feira, 31 de maio de 2011

Herança maldita também na Petrobras


MENTIRA “Sim, Lula, você será presidente [novamente]. A direita está implacável, mas, força Lula, coragem. Vamos ao contra-ataque. (…) Da mesma forma que você seria meu eleitor, se fosse venezuelano.” (Presidente da Venezuela Hugo Chávez, no lançamento da pedra fundamental da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), 17/12/2005)
“Se eu conseguir eleger a Dilma, eu já disse para o Gabrielli, eu vou ser o presidente da Petrobras e você, Gabrielli, vai ser meu assessor e o acordo (com a Venezuela) vai sair.” (Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a refinaria Abreu e Lima, em Brasília, 26/05/2009.)
A VERDADE
Mais uma herança maldita do ex começa a tomar forma. Desde que Lula passou a explorar a imagem da estatal mais querida dos brasileiros para fazer populismo e campanha eleitoral, a Petrobras, entre outros constrangimentos, como se ver envolvida no mensalão petista, se viu também metida em um acordo com o governo Hugo Chávez, para construir uma refinaria em Pernambuco.
Esse agrado aos venezuelanos que, diga-se, contou com oposição de parte dos próprios funcionários, hoje deixa o Brasil muito próximo a mais um calote de um governo “hermano”. De lá para cá, Rousseff já foi eleita, Gabrielli continua presidente da Petrobras, e o acordo nunca saiu. Agora, a petrolífera brasileira vai ter que buscar sócios para terminar a refinaria Abreu e Lima, porque a Venezuela não compareceu com um centavo sequer desde que a obra foi iniciada em 2007.
A refinaria deveria ser erguida numa parceria entre a Petrobras e a PDVSA, estatal venezuelana, com participação de 60% e 40%, respectivamente. Mas, da contrapartida da Venezuela nunca se teve notícia. Para concluir a Abreu e Lima, a estatal brasileira desembolsará R$ 16 bilhões de recursos próprios, além de quitar a dívida da PDVSA de US$ 4 bilhões junto ao Bndes, que ainda está a ver navios.
A novela começou em 2003, com a assinatura dos primeiros documentos por Lula e Chávez. Mas, como a dupla mais encenava do que outra coisa, como comumente fazem los que dicen mentiras, ficou tudo nas fotos. Desde então, o custo da obra, como sempre na gestão petista, quadruplicou e bateu em R$ 26 bilhões, dos quais R$ 7 bilhões já foram aportados pelos brasileiros.
A Petrobras, estatizada para os interesses petistas, já havia sido lograda por um amigo-hermano de Lula. Em 2006, o presidente Evo Morales decidiu nacionalizar a exploração dos negócios de petróleo e gás na Bolívia e ordenou a ocupação, pelo Exército, dos campos de produção das empresas estrangeiras, entre elas a nossa, que tinha investimentos de US$ 1,6 bilhão em terras bolivianas.
Três anos depois, o “hermano” Lula cedeu ainda mais às pressões bolivianas e assinou um aditivo de contrato de importações de gás boliviano. Com a bondade do ex em cima do bolso alheio, os brasileiros passaram a pagar R$ 1,2 bilhão a mais pelo produto, que, aliás, sobra por aqui.
DO GENTE QUE MENTE

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