terça-feira, 31 de maio de 2011

Dilma dá um gelo em Kassab. Bom para o Kassab.

Gilberto Kassab acaba de calar a boca da imprensa por linhas tortas. Vítima de um intenso ataque midiático quando decidiu liderar a formação do PSD, foi transformado em adesista, dilmista, governista, joguete dos interesses do Palácio do Planalto. Não é o que parece. No episódio da denúncia contra Antônio Palocci, por enriquecimento súbito e misterioso, até agora não explicado, a acusação de vazamento de dados recaiu sobre a Prefeitura Municipal de São Paulo, por intermédio de um secretário que seria aliado de José Serra. O Planalto pediu investigação. Kassab emitiu uma nota oficial informando que os dados de Palocci, quando manipulados, foram a pedido da própria empresa de Palocci, como mostravam os registros internos. E não abriu investigação alguma, o que desagradou Dilma Rousseff que, na oportunidade e na única vez em que se manifestou sobre o escândalo, sugeriu que a denúncia era meramente política.Contava, para isso, com um estardalhaço promovido em torno de São Paulo, para jogar a culpa em cima dos tucanos e seus aliados.

Hoje Dilma Rousseff reúne governadores e prefeitos para tentar fazer as obras da Copa do Mundo saírem do papel e da terraplenagem. Antes, mandou um recado para Kassab de que ele seria "persona non grata" na reunião. Uma atitude típica de uma presidente que perdeu a liderança do próprio governo e que busca, desesperadamente, formas de mostrar alguma autoridade. Kassab está mandando a vice-prefeita que é do PMDB. E o secretário de esportes que é do PCdoB. Com o PMDB a Dilma não se mete. A última vez que tentou foi praticamente demitida do cargo, tanto pelo vice-presidente quanto pelo ex-presidente.Seria bom incluir um vigésimo-nono remédio no receituário prescrito à presidenta doenta: Lexotan. 
DO B. DO CEL

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