PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Ruth de Aquino e "A guerra dos juizecos, chefetes e senadorecos"
Epoca
Renan pode morrer pela boca. E pela arrogância. Fala demais, se altera demais, seu riso é falso demais
A disputa entre o Legislativo e o Judiciário descambou para uma
linguagem vulgar, quase chula, graças a um presidente do Senado que tem
nas costas 11 inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Onze! É dose. Nove
deles relacionados a corrupção na Petrobras, investigada pela Lava
Jato. Renan Calheiros pode ter herdado de José Sarney a capacidade de
ressuscitar. Mas não herdou a serenidade e a capacidade de aglutinar. O alagoano é muito mais destemperado que seu padrinho maranhense.
Pragueja. Se pensa que pode varrer malas, documentos e malfeitos, dele e
de seus colegas, para baixo do tapete, é bom repensar, porque a batalha
verbal pode lhe valer a derrota na guerra. Ex-amante da morena mineira
com quem teve uma filha e a quem pagava pensão com suposta ajuda de uma
empreiteira, Renan pode morrer pela boca. E pela incontinência e
arrogância. Fala demais, se altera demais, manobra demais. Seu riso com
os dentinhos de fora é falso demais. Tudo demais. Não se iludam com a apregoada paz que juntou na sexta-feira Michel
Temer, Cármen Lúcia e Renan Calheiros numa sala para discutir a
violência no Brasil. Não passa de trégua de primeira instância,
provisório cessar-fogo. Não existem pontos em comum entre o presidente
do Senado e a presidente do Supremo Tribunal Federal. Fingem um convívio
pacífico em nome da República. É questão de tempo para isso estourar. A disputa não começou agora. O juiz Sergio Moro já tinha dito que o
Congresso “deve mostrar em que lado se encontra”. Moro defende o projeto
de dez medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público e
assinadas por mais de 2 milhões de eleitores. Renan pressiona o Senado a aprovar projeto para coibir “abusos de
autoridade”. De que lado Renan está? O projeto estava engavetado no
Senado havia mais de cinco anos. Quem é o relator do projeto? O senador
Romero Jucá. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a
prisão de Jucá. Quem é o autor do projeto, datado de 2009? O atual
ministro da Defesa de Michel Temer, Raul Jungmann. Nesse cenário de House of cards,
a PF deslancha a Operação Métis – deusa grega da astúcia, prudência e
virtudes – e prende quatro policiais legislativos que, autorizados por
Renan, fizeram varredura eletrônica em casas de senadores como Fernando
Collor e Gleisi Hoffmann e do ex-presidente Sarney. Uma das varreduras
foi no escritório do ex-genro do ex-senador Lobão Filho, no Maranhão.
Usou-se verba pública para buscar grampos em locais não oficiais, fora
da responsabilidade do Senado. Com um objetivo aparente, porém não
confessado: atrapalhar a Lava Jato. Renan explode. Chama o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de
“chefete” de polícia que “dá bom dia a cavalo” e pressiona Temer a
dispensá-lo. Acusa a Polícia Federal de mais “fascista” que a polícia da
ditadura militar. (Renan não gostaria que chamassem a polícia do Senado
de “milícia particular” – seria uma clara injustiça). O senador
denunciou “arreganhos, truculência, intimidação”. Fez o mesmo. Investiu contra o “juizeco de primeira instância” Vallisney de Souza
Oliveira, de Brasília, que autorizou a ação da PF no Senado. Discreto e
com um blog de poesias suas e de outros autores, Vallisney recebeu uma
solidariedade de alta patente: da presidente do STF, Cármen Lúcia. “Onde
um juiz for destratado, eu também sou. Qualquer um de nossos juízes é”,
disse Cármen, sem entrar no mérito da operação em si e sem citar Renan. Na quinta-feira, o ministro do STF Teori Zavascki suspendeu a Operação
Métis da PF, acolhendo o argumento de que só o Supremo poderia
investigar os senadores. As maletas antigrampo do Senado foram remetidas
ao STF. Renan comemorou, com “fé na Justiça”. E saudou “a harmonia
entre as instituições”. Logo quem. Renan poderia ter defendido, com elegância, a soberania do Congresso
contra policiais federais. Mas seu temperamento explosivo e seu passado
de ficha discutível acabam por torná-lo um alvo nas redes sociais, que
erguem a bandeira #forarenan. Todos sabem que renunciou em 2007 para se
livrar da cassação. E foi absolvido, em votação secreta no Senado, da
acusação de ter suas contas particulares pagas por um lobista. Estamos cheios já de foros privilegiados. Cármen Lúcia também é contra.
Estamos cheios de castas políticas que legislam em causa própria e
querem cortes nas aposentadorias sem mexer em suas mordomias vitalícias,
imorais e passadas a herdeiros. Estamos cheios de nepotismo e do “você
sabe com quem está falando”. No dia 3 de novembro, o STF julgará uma ação que impede réus com
processos no Supremo de ocupar cargos da linha sucessória da Presidência
da República. Renan se encaixa exatamente nesse perfil. Mais um
episódio, talvez o final de uma temporada. O que acontecerá? DO J.TOMAZ
Prejuízos com ocupações de escolas: ENEM, TSE e os próprios alunos sem aulas
Invasões em escolas incentivadas por Lula e a esquerda custou R$ 3
milhões ao contribuinte, informa Gilmar Mendes. Mas o prejuízo citado é
de apenas do remanejamento de locais de votações.
Ocorreu outros prejuízos: os alunos deixaram de estudar atrasando o ano letivo.
Depredações e roubos nas escolas ( roubaram computadores, pincharam as paredes das escolas, quebraram cadeiras, portas, equipamentos)
Somente o Estado de São Paulo, teve um prejuízo de três milhões. O levantamento foi feito considerando 81 escolas, das quais 72 foram, segundo a secretaria de Educação de São Paulo, “vandalizadas e furtadas”. O órgão destacou que a avaliação é parcial e o valor deve aumentar. De acordo com a administração estadual, das cerca de 200 escolas tomadas pelos estudantes.
O ocupação de escolas foi uma ação política organizada pelo PSOL e pelo PT.
Além de danificar e destruir objetos da secretaria da escola, das salas de coordenação, de mediação e de equipamentos de festas, foram furtados, computadores, notebooks, radiocomunicadores.
Termina hoje o prazo para desocupação das escolas ou o ENEM será cancelado nessas localidades
Termina hoje (31) o prazo dado pelo Ministério da Educação (MEC) para que os estudantes deixem as escolas, universidades e institutos federais ocupados em protesto contra medidas tomadas pelo governo federal. Caso isso não ocorra, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será cancelado nessas localidades.
De acordo com o último balanço da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) são 1.177 locais ocupados em todo o país. Não há um balanço nacional oficial. Os números locais, no entanto, são diferentes. É o caso do Paraná, por exemplo, onde a Ubes diz que há 843 estabelecimentos. enquanto a Secretaria de Educação fala em 491
De acordo com o último balaço do Ministério da Educação (MEC), 182 locais de prova estão ocupados por estudantes em protesto contra a Medida Provisória do Novo Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que estabelece um limite de gastos para a União para os próximos 20 anos.
O MEC deu prazo até 31 de outubro para os estudantes deixarem os locais. Caso isso não ocorra, o exame será cancelado nessas escolas e institutos federais. Segundo a pasta, cerca de 95 mil candidatos poderão ser afetados.
De acordo com a AGU, a maior preocupação é com a própria realização do Enem, marcada para os dias 5 e 6 de novembro. A ideia é cobrar dos responsáveis o valor pago por cada nova prova aplicada. O Enem tem um custo de R$ 90 por participante.
A AGU também estuda o ajuizamento de ações por eventual prejuízo ao patrimônio, caso seja constatada depredação das instituições de ensino. O órgão diz que, em conjunto com outros órgãos, vai trabalhar para identificar os responsáveis. Equipes de advogados públicos estarão de plantão até a realização do exame.
Depredações e roubos nas escolas ( roubaram computadores, pincharam as paredes das escolas, quebraram cadeiras, portas, equipamentos)
Somente o Estado de São Paulo, teve um prejuízo de três milhões. O levantamento foi feito considerando 81 escolas, das quais 72 foram, segundo a secretaria de Educação de São Paulo, “vandalizadas e furtadas”. O órgão destacou que a avaliação é parcial e o valor deve aumentar. De acordo com a administração estadual, das cerca de 200 escolas tomadas pelos estudantes.
O ocupação de escolas foi uma ação política organizada pelo PSOL e pelo PT.
Além de danificar e destruir objetos da secretaria da escola, das salas de coordenação, de mediação e de equipamentos de festas, foram furtados, computadores, notebooks, radiocomunicadores.
Termina hoje o prazo para desocupação das escolas ou o ENEM será cancelado nessas localidades
Termina hoje (31) o prazo dado pelo Ministério da Educação (MEC) para que os estudantes deixem as escolas, universidades e institutos federais ocupados em protesto contra medidas tomadas pelo governo federal. Caso isso não ocorra, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será cancelado nessas localidades.
De acordo com o último balanço da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) são 1.177 locais ocupados em todo o país. Não há um balanço nacional oficial. Os números locais, no entanto, são diferentes. É o caso do Paraná, por exemplo, onde a Ubes diz que há 843 estabelecimentos. enquanto a Secretaria de Educação fala em 491
AGU diz que poderá cobrar Enem dos estudantes em escolas ocupadas
Advocacia-Geral da União (AGU) diz que poderá cobrar os prejuízos aos
cofres públicos causados pela ocupação de unidades de ensino
programadas para receber a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), de acordo com nota divulgada pelo órgão.De acordo com o último balaço do Ministério da Educação (MEC), 182 locais de prova estão ocupados por estudantes em protesto contra a Medida Provisória do Novo Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que estabelece um limite de gastos para a União para os próximos 20 anos.
O MEC deu prazo até 31 de outubro para os estudantes deixarem os locais. Caso isso não ocorra, o exame será cancelado nessas escolas e institutos federais. Segundo a pasta, cerca de 95 mil candidatos poderão ser afetados.
De acordo com a AGU, a maior preocupação é com a própria realização do Enem, marcada para os dias 5 e 6 de novembro. A ideia é cobrar dos responsáveis o valor pago por cada nova prova aplicada. O Enem tem um custo de R$ 90 por participante.
A AGU também estuda o ajuizamento de ações por eventual prejuízo ao patrimônio, caso seja constatada depredação das instituições de ensino. O órgão diz que, em conjunto com outros órgãos, vai trabalhar para identificar os responsáveis. Equipes de advogados públicos estarão de plantão até a realização do exame.
DO J.RORIZ
domingo, 30 de outubro de 2016
Populistas autoritários, vergonha do país: Lula e Dilma não votam.
As duas
figuras mais nefastas da política brasileira não votam hoje.
Antidemocráticos desde o berço, os destruidores do país fogem das urnas,
assim como fogem da população. Que não passem perto de postos de
gasolina (lembrem-se de Mussolini):
Os dois
últimos ex-presidentes eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma
Rousseff (PT) decidiram não votar neste segundo turno das eleições
municipais. O PT não participa mais da disputa nas duas cidades onde
eles poderiam votar: São Bernardo do Campo (SP) e Porto Alegre (RS).
A
informação oficial é de que Lula decidiu não comparecer às urnas hoje
porque tem 71 anos, completados na última quinta-feira, dia 27. Conforme
as regras do Tribunal Superior Eleitoral, o voto é facultativo para as
pessoas acima dos 70 anos. Segundo apurou o Broadcast, contudo, a
decisão do ex-presidente seria uma forma de protesto ao atual cenário
político no Brasil.
A manhã
foi tranquila em frente ao prédio onde ele mora, em São Bernardo. Nem
ele nem familiares foram vistos. Somente seguranças do petista entraram e
saíram do condomínio.
Na
cidade que é governada, desde 2008, pelo petista Luiz Marinho,
considerado afilhado político do ex-presidente, o candidato do PT,
Tarcísio Secoli, ficou em terceiro lugar na disputa do primeiro turno.
Disputam a prefeitura de São Bernardo neste segundo turno, no domicílio
eleitoral de Lula, os candidatos Alex Manente, do PPS, que teve 28,41%
dos votos no primeiro turno, e Orlando Morando, do PSDB, com 45,07%.
Ambos já foram votar.
Belo
Horizonte. Já a ex-presidente Dilma não votou no segundo turno da
eleição em Porto Alegre, onde tem domicílio eleitoral, pois, segundo a
assessoria da petista, está em Belo Horizonte, onde foi visitar a mãe.
No
primeiro turno a ex-presidente apoiou publicamente e participou da
campanha de Raul Pont (PT), que ficou em terceiro lugar com 16% dos
votos. A votação de Dilma foi marcada por tumultos depois que um juiz
proibiu a presença da imprensa na sessão onde a ex-presidente
vota.(Estadão). DO O.TAMBOSI
O Brasil sobreviverá! Tomara que os corruptos, não!
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Sabe aquelas sofisticadas maletas de
espionagem, que fazem escutas telefônicas e varreduras ambientais para
descobrir se existe grampo telefônico ilegal? A Polícia Federal tem duas, de
última geração, para investigações especiais. Agora como Freud pode explicar que
a inconstitucional “Polícia Legislativa” disponha de 12 destes equipamentos que
só são disponibilizados com autorização de órgãos do governo dos Estados Unidos
da América?
Arapongagens, espionagens e extorsões
à margem da lei são “negócios” comuns em Brasília e adjacências. Certamente,
rendem informações privilegiadas e comprometedoras que favorecem políticos e
empresários que têm acesso ou que podem pagar pelo serviço sujo de investigação
da vida alheia. Existem transnacionais de “consultoria em segurança”
especializadas até na arte de forjar documentos, obtidos com quebras ilegais de
sigilos, que se transformam em “provas” para condenações judiciais.
A máquina de jagunçagem, que tem
tentáculos públicos e privados, é uma das maiores preocupações da cúpula do
Judiciário. Não só porque muitos processos correm risco de anulação porque usam
provas obtidas de forma ilegal. Mas sim porque magistrados de cortes superiores,
primeira instância e até membros do Ministério Público, são os principais alvos
de monitoramento eletrônico pelas gangs do crime institucionalizado. As
informações ilegalmente obtidas servem para inimagináveis chantagens nos
bastidores.
É por tudo isso que o caso Renan
Callheiros assume uma dimensão de extrema gravidade institucional. O poder do
senador alagoano é tão imenso que, nos bastidores do Supremo Tribunal Federal,
ontem se especulava que pelo menos dois ministros (José Dias Toffoli e/ou Luís
Roberto Barroso) tenderiam a “pedir vistas” do processo que vai decidir, na
próxima quinta-feira (dia 3), se réus em processos podem continuar ocupando
cargos na linha de sucessão do Presidente da República. Se a votação não se
efetivar, o beneficiário direto é Renan Calheiros – alvo de uns 12 processos.
Segue a pergunta enigmática: “Quem tem medo do Renan Cabeleira?”
Não dá para tolerar que seja cometida
uma desigualdade de tratamento entre Eduardo Cunha e Renan Calheiros. O
poderoso evangélico, dono do domínio “Jesus.com”, responsável maior pelas
articulações que efetivaram o impeachment de Dilma Rousseff, simplesmente foi
afastado da Presidência da Câmara porque era réu e segundo na linha sucessória
do Palácio do Planalto (depois do vice-Presidente). Renan, que é o terceiro na
fila, deveria receber o mesmo tratamento dado ao Malvado Favorito que agora
experimenta o cárcere gelado em Curitiba.
Se o STF amarelar na decisão,
protelando-a em nome de uma “governabilidade” que não existe, estará
contribuindo para agravar a gravíssima crise institucional brasileira, cada vez
mais em ritmo de ruptura. Se Renan for poupado, ficará claro que é realmente
mais poderoso que a maioria pode supor. Também ficará evidente que Cunha foi
alvo do rigor seletivo. Agora é o momento do Supremo agir com a firmeza
demonstrada pela sua presidente Carmem Lúcia. Ela tem sinalizado tolerância
zero com a corrupção e os desmandos anti-republicanos.
Brasília já está apavorada com a
colaboração premiada feita por 75 executivos da Odebrecht, sobretudo a do seu
ex-presidente Marcelo Odebrecht. As denúncias, em 300 anexos, não poupariam
ninguém. Sobraria até para o Presidente Michel Temer, sem falar nos ex Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Também mexeriam com os poderosos
presidenciáveis tucanos Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin. Isto sem
falar naqueles peemedebistas que dirigem a Nova República desde 1985, como
Romero Jucá, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco. Outros enrolados seriam o
ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e seu amigão, o ex-governador
fluminense Sérgio Cabral Filho.
O conjunto de denúncias da Odebrecht
tem um potencial tão destrutivo para a governança do crime institucionalizado
no Brasil que a revista Veja até captou e deu destaque a um comentário feito
pelo juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável pela maior parte dos
processos gerados pela Lava Jato. Moro teria comentado: “Espero que o Brasil
sobreviva”.
O Brasil tem potencial para
sobreviver e se desenvolver de verdade. No entanto, isto só será plenamente
possível se ocorrer uma mudança estrutural da máquina estatal. Não bastam meras
reforminhas, que mais prejudicam o interesse público. É necessária uma faxina
geral com um enxugamento legal que elimine o regramento excessivo, os infindáveis
recursos judiciais e a prática hedionda do rigor seletivo (quando leis, regras
e normas valem para uns, mas não para outros, em situações parecidíssimas de
julgamento).
O aprimoramento institucional
brasileiro só será efetivo com uma inédita Intervenção Cívica Constitucional,
após amplo debate democrático. Qualquer outra medida, que não promova a mudança
estrutural, será paliativa e beneficiará a máquina criminosa que opera a pleno
vapor e tenta até se reinventar para sobreviver na Era Pós-Delação Premiada.
Golpes legislativos podem quebrar a autonomia de magistrados. Também podem
conceder anistias aos corruptos. É bom ficar de olho aberto...
A esperança dos brasileiros de bem e
do bem é que o Brasil sobreviva e prospere, mas que os corruptos acertem suas
contas com as leis humanas e divinas.
Aguenta, sim...
Tubarão Renan
Espantoso
Perdendo a calma
sábado, 29 de outubro de 2016
Modesto Carvalhosa: A milícia de Calheiros e o abuso de poder
Nenhum outro corpo policial pode existir na
República. Se não fosse assim, cada órgão de poder criaria a sua
“polícia” própria, como a que existe no Senado
Publicado no Estadão
A prisão, no recinto do Senado Federal, do chefe da sua milícia – o Pedrão – e três de seus companheiros põe à mostra até que ponto os donos daquela Casa, nas últimas décadas, a tornaram um feudo para a prática de grandes crimes e de refúgio de notórios corruptos. Para tanto os sucessivos presidentes do outrora respeitável Senado da República formaram uma milícia, totalmete à margem do sistema constitucional, a que, pomposamente, denominaram “Polícia Legislativa”, também alcunhada de “Polícia do Senado”.
Não se podem negar a esse agora notório exército particular relevantes trabalhos de inteligência – do tipo CIA, KGB –, como a célebre violação do painel de votações daquele augusto cenáculo, ao tempo do saudoso Antônio Carlos Magalhães e do lendário José Roberto Arruda, então senador e depois impoluto governador do Distrito Federal. E nessa mesma linha de sofisticação tecnológica a serviço do crime – agora de obstrução de Justiça – a milícia daquela Casa de Leis promove “varreduras”, nos gabinetes e nos solares e magníficos apartamentos onde vivem esses varões da República, a fim de destruir qualquer prova de áudio que porventura possa a Polícia Federal obter no âmbito das investigações instauradas pelo STF.
Acontece que o poder de polícia só pode ser exercido pelos órgãos instituídos na Carta de 1988, no seu artigo 144, e refletidos nos artigos 21, 22 e 42, dentro do princípio constitucional de assegurar as liberdades públicas. Assim, somente podem compor o organograma da segurança pública constitucional a Polícia Federal (incluindo a Rodoviária e a Ferroviária) e as Polícias Civis e Militares dos Estados (incluindo o Corpo de Bombeiros).
Nenhum outro corpo policial pode existir na República. Se não fosse assim, cada órgão de poder criaria a sua “polícia” própria, como a que existe no Senado. Também seriam criadas tais forças marginais nos tribunais superiores e nos Tribunais de Justiça dos Estados, nas Assembleias Legislativas, nos Tribunais de Contas, nas Câmaras Municipais, cada um com seu exército particular voltado para contrastar e a se opor aos órgãos policiais que compõem o estrito e limitado quadro de segurança pública estabelecido na Constituição.
Cabe, a propósito, ressaltar que todos os órgãos policiais criados na Carta Magna de 1988 estão submetidos à severa jurisdição administrativa do Poder Executivo, da União e dos Estados, sob o fundamento crucial de que nenhum ente público armado pode ser autônomo, sob pena de se tornar uma milícia. Nem as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – fogem a essa regra de submissão absoluta ao Ministério da Defesa, pelo mesmo fundamento.
E não é que vem agora o atual chefe da nossa Câmara Alta declarar textualmente que a “polícia legislativa exerce atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento do Senado”? Vai mais longe o ousado presidente do Congresso Nacional, ao afirmar que o Poder Legislativo foi “ultrajado” pela presença, naquele templo sagrado, da Polícia Federal, autorizada pelo Poder Judiciário. Afinal, para o senhor Renan, o território do Senado é defendido pela chamada polícia legislativa. Ali não pode entrar a Polícia Federal, ainda mais para prender o próprio chefe da milícia – o Pedrão.
E com esse gesto heroico o preclaro chefe do Congresso Nacional proclama mais uma aberração: o da extraterritorialidade interna.
Como se sabe, a extraterritorialidade é concedida às embaixadas estrangeiras que se credenciam num país e ali têm instalada a sua representação diplomática. Trata-se, no caso, da extraterritorialidade externa, que garante a inviolabilidade da embaixada e a imunidade de jurisdição de seus membros, em tempos de paz e de guerra.
Mas não para aí a extraterritorialidade interna proclamada pelo grande caudilho do Senado. As palacianas residências e os apartamentos dos senadores e senadoras tampouco podem ser violadas pela Polícia Federal. Trata-se de um novo conceito de Direito Internacional Público inventado pelo grande estadista pátrio: a noção de extraterritorialidade estendida. Ou seja, o domicílio de um representante do povo é incólume às incursões da Polícia Federal autorizadas pelo Poder Judiciário.
Foi o que ocorreu em agosto, quando o ilustre marido de uma senadora do Paraná foi preso na residência do casal e dali foram retirados documentos comprometedores. A reação foi imediata: marido de senadora, estando na casa onde com ela coabita, não pode ser ali preso, pois se trata de espaço extraterritorial interno estendido!
E assim vai o nosso país, que não para de andar de lado em matéria de instituições republicanas. E o fenômeno é impressionante. Basta o sr. Calheiros declarar que o território do Senado é inviolável para que a tese seja acolhida por um ministro do Supremo, numa desmoralização do próprio Poder Judiciário, que se autodesautoriza, na pessoa do ilustre magistrado de primeiro grau que acolheu as providências da Polícia Federal no território livre do Senado Federal.
E, last but not least, o senhor das Alagoas, não contente com o reconhecimento da legitimidade de sua milícia e da extraterritorialidade interna, por força do despacho do ministro Teori Zavascki, propõe-se, com o maior rompante, próprio dos destemidos senhores medievais, a cercear as atividades da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário, sob a égide do abuso do poder, para, assim, livrar-se, ele próprio, e liberar dezenas de representantes do povo no Congresso do vexame das “perseguições políticas” que se escondem nos processos por crime de corrupção, que nunca praticaram, imagine!
E vivam o foro privilegiado, a futura Lei de Abuso de Autoridade e os demais instrumentos e interpretações, omissões e postergações do STF, que, cada vez mais, garante a impunidade desses monstros que dominam o nosso Congresso Nacional, sob o manto de lídimos representantes do povo brasileiro.
Que vexame, que vergonha! DO A.NUNES
Publicado no Estadão
A prisão, no recinto do Senado Federal, do chefe da sua milícia – o Pedrão – e três de seus companheiros põe à mostra até que ponto os donos daquela Casa, nas últimas décadas, a tornaram um feudo para a prática de grandes crimes e de refúgio de notórios corruptos. Para tanto os sucessivos presidentes do outrora respeitável Senado da República formaram uma milícia, totalmete à margem do sistema constitucional, a que, pomposamente, denominaram “Polícia Legislativa”, também alcunhada de “Polícia do Senado”.
Não se podem negar a esse agora notório exército particular relevantes trabalhos de inteligência – do tipo CIA, KGB –, como a célebre violação do painel de votações daquele augusto cenáculo, ao tempo do saudoso Antônio Carlos Magalhães e do lendário José Roberto Arruda, então senador e depois impoluto governador do Distrito Federal. E nessa mesma linha de sofisticação tecnológica a serviço do crime – agora de obstrução de Justiça – a milícia daquela Casa de Leis promove “varreduras”, nos gabinetes e nos solares e magníficos apartamentos onde vivem esses varões da República, a fim de destruir qualquer prova de áudio que porventura possa a Polícia Federal obter no âmbito das investigações instauradas pelo STF.
Acontece que o poder de polícia só pode ser exercido pelos órgãos instituídos na Carta de 1988, no seu artigo 144, e refletidos nos artigos 21, 22 e 42, dentro do princípio constitucional de assegurar as liberdades públicas. Assim, somente podem compor o organograma da segurança pública constitucional a Polícia Federal (incluindo a Rodoviária e a Ferroviária) e as Polícias Civis e Militares dos Estados (incluindo o Corpo de Bombeiros).
Nenhum outro corpo policial pode existir na República. Se não fosse assim, cada órgão de poder criaria a sua “polícia” própria, como a que existe no Senado. Também seriam criadas tais forças marginais nos tribunais superiores e nos Tribunais de Justiça dos Estados, nas Assembleias Legislativas, nos Tribunais de Contas, nas Câmaras Municipais, cada um com seu exército particular voltado para contrastar e a se opor aos órgãos policiais que compõem o estrito e limitado quadro de segurança pública estabelecido na Constituição.
Cabe, a propósito, ressaltar que todos os órgãos policiais criados na Carta Magna de 1988 estão submetidos à severa jurisdição administrativa do Poder Executivo, da União e dos Estados, sob o fundamento crucial de que nenhum ente público armado pode ser autônomo, sob pena de se tornar uma milícia. Nem as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – fogem a essa regra de submissão absoluta ao Ministério da Defesa, pelo mesmo fundamento.
E não é que vem agora o atual chefe da nossa Câmara Alta declarar textualmente que a “polícia legislativa exerce atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento do Senado”? Vai mais longe o ousado presidente do Congresso Nacional, ao afirmar que o Poder Legislativo foi “ultrajado” pela presença, naquele templo sagrado, da Polícia Federal, autorizada pelo Poder Judiciário. Afinal, para o senhor Renan, o território do Senado é defendido pela chamada polícia legislativa. Ali não pode entrar a Polícia Federal, ainda mais para prender o próprio chefe da milícia – o Pedrão.
E com esse gesto heroico o preclaro chefe do Congresso Nacional proclama mais uma aberração: o da extraterritorialidade interna.
Como se sabe, a extraterritorialidade é concedida às embaixadas estrangeiras que se credenciam num país e ali têm instalada a sua representação diplomática. Trata-se, no caso, da extraterritorialidade externa, que garante a inviolabilidade da embaixada e a imunidade de jurisdição de seus membros, em tempos de paz e de guerra.
Mas não para aí a extraterritorialidade interna proclamada pelo grande caudilho do Senado. As palacianas residências e os apartamentos dos senadores e senadoras tampouco podem ser violadas pela Polícia Federal. Trata-se de um novo conceito de Direito Internacional Público inventado pelo grande estadista pátrio: a noção de extraterritorialidade estendida. Ou seja, o domicílio de um representante do povo é incólume às incursões da Polícia Federal autorizadas pelo Poder Judiciário.
Foi o que ocorreu em agosto, quando o ilustre marido de uma senadora do Paraná foi preso na residência do casal e dali foram retirados documentos comprometedores. A reação foi imediata: marido de senadora, estando na casa onde com ela coabita, não pode ser ali preso, pois se trata de espaço extraterritorial interno estendido!
E assim vai o nosso país, que não para de andar de lado em matéria de instituições republicanas. E o fenômeno é impressionante. Basta o sr. Calheiros declarar que o território do Senado é inviolável para que a tese seja acolhida por um ministro do Supremo, numa desmoralização do próprio Poder Judiciário, que se autodesautoriza, na pessoa do ilustre magistrado de primeiro grau que acolheu as providências da Polícia Federal no território livre do Senado Federal.
E, last but not least, o senhor das Alagoas, não contente com o reconhecimento da legitimidade de sua milícia e da extraterritorialidade interna, por força do despacho do ministro Teori Zavascki, propõe-se, com o maior rompante, próprio dos destemidos senhores medievais, a cercear as atividades da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário, sob a égide do abuso do poder, para, assim, livrar-se, ele próprio, e liberar dezenas de representantes do povo no Congresso do vexame das “perseguições políticas” que se escondem nos processos por crime de corrupção, que nunca praticaram, imagine!
E vivam o foro privilegiado, a futura Lei de Abuso de Autoridade e os demais instrumentos e interpretações, omissões e postergações do STF, que, cada vez mais, garante a impunidade desses monstros que dominam o nosso Congresso Nacional, sob o manto de lídimos representantes do povo brasileiro.
Que vexame, que vergonha! DO A.NUNES
Doença é a corrupção. A Lava Jato é o remédio
Em dezembro de 2014, o advogado Modesto Carvalhosa transformou a entrevista ao programa Roda Viva (assista abaixo)
numa aula magna sobre a praga da corrupção apadrinhada pelos donos do
poder — talvez a obra mais repulsiva entre as tantas obscenidades
institucionalizadas por Lula e expandidas por Dilma Rousseff. Ao longo
de 90 minutos, Carvalhosa lancetou tumores escancarados pelo Petrolão e
mostrou como extirpá-los.
Com a bravura de quem lida desde a juventude com adversários de alta periculosidade, o jurista intimorato demoliu a argumentação malandra dos insones com o instrumento legal da delação premiada e desmoralizou os que insistem em neutralizar a Operação Lava Jato com rabulices de porta de cadeia e chicanas de quinta categoria. Carvalhosa provou que o que prejudica a governabilidade não é o combate à corrupção, mas a impunidade dos corruptos.
Achar o contrário, comparou, é culpar o remédio por estragos provocados pela doença. A Lava Jato é solução, não problema. Não pode terminar antes que seja devassada a última catacumba, não pode ser interrompida antes que sejam identificados todos os integrantes da quadrilha formada por bandidos de estimação de qualquer governo. É o que ensina o artigo publicado no Estadão deste sábado por Modesto Carvalhosa, e reproduzido pela coluna.
O texto demonstra que existe no Congresso uma milícia fantasiada de “Polícia Legislativa”. A operação autorizada pela Justiça Federal teve como alvo um bando de jagunços cuja existência insulta a Constituição e reafirma a desfaçatez do cangaceiro disfarçado de presidente do Senado. “Eu acredito na Justiça”, disse Renan Calheiros ao saber da decisão do ministro Teori Zavascki que, na prática, estendeu a imunidade parlamentar à guarda pretoriana a serviço de parlamentares enredados em bandalheiras multimilionárias.
Tal frase só será endossada pelo Brasil decente quando o Supremo Tribunal Federal tratar como se deve um prontuário ambulante. É o que acaba de fazer Modesto Carvalhosa. DO A.NUNES
Com a bravura de quem lida desde a juventude com adversários de alta periculosidade, o jurista intimorato demoliu a argumentação malandra dos insones com o instrumento legal da delação premiada e desmoralizou os que insistem em neutralizar a Operação Lava Jato com rabulices de porta de cadeia e chicanas de quinta categoria. Carvalhosa provou que o que prejudica a governabilidade não é o combate à corrupção, mas a impunidade dos corruptos.
Achar o contrário, comparou, é culpar o remédio por estragos provocados pela doença. A Lava Jato é solução, não problema. Não pode terminar antes que seja devassada a última catacumba, não pode ser interrompida antes que sejam identificados todos os integrantes da quadrilha formada por bandidos de estimação de qualquer governo. É o que ensina o artigo publicado no Estadão deste sábado por Modesto Carvalhosa, e reproduzido pela coluna.
O texto demonstra que existe no Congresso uma milícia fantasiada de “Polícia Legislativa”. A operação autorizada pela Justiça Federal teve como alvo um bando de jagunços cuja existência insulta a Constituição e reafirma a desfaçatez do cangaceiro disfarçado de presidente do Senado. “Eu acredito na Justiça”, disse Renan Calheiros ao saber da decisão do ministro Teori Zavascki que, na prática, estendeu a imunidade parlamentar à guarda pretoriana a serviço de parlamentares enredados em bandalheiras multimilionárias.
Tal frase só será endossada pelo Brasil decente quando o Supremo Tribunal Federal tratar como se deve um prontuário ambulante. É o que acaba de fazer Modesto Carvalhosa. DO A.NUNES
Lava Jato: a delacao do fim do mundo - Revista Veja
Lava Jato: a delação do fim do mundo
O acordo da Odebrecht a ser assinado com o Ministério Público envolve os ex-presidentes Dilma e Lula, o atual, Michel Temer, tucanos de alta plumagem, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, peemedebistas fortemente ligados a Temer, como o senador Romero Jucá e o ministro Geddel Vieira Lima, e os dois principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral.
As revelações de setenta executivos da Odebrecht prometem implodir o mundo político — e até o juiz Sergio Moro faz votos de que “o Brasil sobreviva”VEJA desta semana mostra as dimensões superlativas e o potencial explosivo da delação premiada de 75 executivos da empreiteira Odebrecht, incluindo seu ex-presidente Marcelo Odebrecht.
Distribuído em mais de 300 anexos – 300 novas histórias sobre a corrupção no Brasil –, o acordo a ser assinado com o Ministério Público envolve os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o atual, Michel Temer, tucanos de alta plumagem, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin,.
E ainda peemedebistas fortemente ligados a Temer, como o senador Romero Jucá e o ministro Geddel Vieira Lima, e os dois principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral.
As revelações na delação da empreiteira, que faturou 125 bilhões de reais em 2015 e reuniu 400 advogados para costurar o acordo, levam procuradores da força-tarefa da Lava Jato a constatar que “se os executivos comprovarem tudo o que dizem, a política será definida como a.O. e d.O. — antes e depois da Odebrecht”.
O sempre comedido juiz federal Sergio Moro também dá dimensão da turbulência que se aproxima ao comentar: “Espero que o Brasil sobreviva”.
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Lava Jato: As revelações de setenta executivos da Odebrecht prometem implodir o mundo político — e até o juiz Sergio Moro faz votos de que “o Brasil sobreviva”
VEJA desta semana mostra as dimensões superlativas e o potencial explosivo da delação premiada de 75 executivos da empreiteira Odebrecht, incluindo seu ex-presidente Marcelo Odebrecht. Distribuído em mais de 300 anexos – 300 novas histórias sobre a corrupção no Brasil –, o acordo a ser assinado com o Ministério Público envolve os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o atual, Michel Temer, tucanos de alta plumagem, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, peemedebistas fortemente ligados a Temer, como o senador Romero Jucá e o ministro Geddel Vieira Lima, e os dois principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral. As revelações na delação da empreiteira, que faturou 125 bilhões de reais em 2015 e reuniu 400 advogados para costurar o acordo, levam procuradores da força-tarefa da Lava Jato a constatar que “se os executivos comprovarem tudo o que dizem, a política será definida como a.O. e d.O. — antes e depois da Odebrecht”. O sempre comedido juiz federal Sergio Moro também dá dimensão da turbulência que se aproxima ao comentar: “Espero que o Brasil sobreviva”. DO DIPLOMATIZZANDO
EPORTAGEM-BOMBA DE 'ISTOÉ' EM EDIÇÃO ESPECIAL PARA BELO HORIZONTE REVELA OS FANTASMAS DO PT ZANZANDO NO COMITÊ DE KALIL
A capa da edição especial de IstoÉ sobre o segundo turno da eleição municipal de Belo Horizonte |
A
revista semanal IstoÉ, que chegou às bancas neste final de semana, teve
uma edição nacional e outra especial para Belo Horizonte, com uma
reportagem-bomba revelando que o candidato a prefeito de Belo Horizonte,
Alexandre Kalil, do PHS, não consegue explicar a origem de 2,2 milhões
que doou à própria campanha. Segundo IstoÉ, Kalil estaria iludindo o
eleitor e se apresentando como um grande gestor, mas suas empresas
desprezam os direitos dos trabalhadores e acumulam dívidas milionárias.
Além dos problemas financeiros apontados por IstoÉ, a campanha de Kalil está cercada de muitos mistérios.
É
que seu companheiro de chapa, o candidato a vice-prefeito Paulo Lamac é
um ex-petista que se bandeou para a Rede de Marina Silva, em razão da
implosão do PT em decorrrência das roubalheiras e corrupção reveladas
pela Operação Lava Jato, sendo que Lula, o chefão petista, já é réu em
três processos.
Por
baixo dos panos Alexandre Kalil tem o apoio do PT pelas mãos do
governador Fernando Pimentel. O vice na chapa de Kalil, Paulo Lamac, tem
como “padrinho” Pimentel, que o lançou na política mineira.
A
jogada no PT nessa história é a possibilidade de Lamac, no caso de
vitória de Kalil, assumir a Prefeitura. A expectativa petista é que
Kalil poderia ser condenado em segunda instância na Justiça Federal em
decorrência de processo a que responde por não ter recolhido o INSS dos
trabalhadores de suas empresas.
A
eleição em Belo Horizonte, segundo o Ibope, estaria muito equilibrada.
Houve um inusitado crescimento da campanha de Alexandre Kalil nos
últimos dias mas as mais recentes pesquisas sugerem um equilíbrio em
nível de virada a favor do tucano João Leite.
Faço
a seguir a postagem da primeira parte da reportagem-bomba de IstoÉ que
faz estremecer Belo Horizonte, com link ao final para leitura completa.
Leiam:
FANTASMAS PETRALHAS EM BH
As
mais recentes pesquisas revelam que a disputa pela Prefeitura de Belo
Horizonte (MG) chega na reta final absolutamente indefinida. Depois de
promover uma campanha marcada pela agressividade e pela absoluta falta
de compromisso com a verdade, o candidato do PHS, Alexandre Kalil,
ex-presidente do Clube Atlético Mineiro, passou a última semana
contabilizando uma enorme perda de votos. De acordo com o Ibope
divulgado na quinta-feira 27, ele perdeu dois pontos percentuais das
intenções de voto em apenas sete dias. Kalil e o tucano João Leite estão
em empate técnico. O primeiro, segundo o Ibope, soma 39% e Leite
cresceu para 36%. “É natural que logo depois do primeiro turno houvesse
um crescimento da candidatura de Kalil devido ao seu maior tempo de
exposição no horário eleitoral nesse segundo turno. Mas, nos últimos
dias, o eleitor passou a verificar que o candidato é uma fraude montada
por marqueteiros”, analisa o cientista político André Ventura. De fato,
na última semana, ficou claro que os fatos desmentem as falas do
candidato do PHS. Ele não consegue sequer explicar de onde vêm os
recursos destinados à sua campanha e até esconde o fato de receber
“clandestinamente” o apoio do PT.
BALANÇA E PODE CAIR
Nos debates
do segundo turno, o tucano desafiou Kalil a explicar a origem de R$ 2,2
milhões que ele próprio destinou à sua campanha. Trata-se de uma
quantia enorme para o dono de duas empreiteiras que se encontram
atoladas em dívidas, até com a Prefeitura de Belo Horizonte, e que
colecionam uma série de processos por continuamente desrespeitar os
direitos trabalhistas, inclusive tomando recursos dos funcionários e não
repassando-os ao FGTS e ao INSS, como denunciaram diversos antigos
empregados. Em sua declaração de Imposto de Renda, apresentada à Justiça
Eleitoral, Kalil declarou ser dono de um patrimônio avaliado em R$ 2,7
milhões, incluindo sociedade em alguns imóveis, quatro motos Harley
Davidson, um Mercedes e um Land Rover. Como poderia, então, alguém que
tem um patrimônio de R$ 2,7 milhões doar, em espécie, R$ 2,2 milhões
para a campanha? Quando indagado por João Leite, Kalil nada respondeu.
Assessores, no entanto, fizeram chegar a jornais e rádios de Belo
Horizonte que o candidato do PHS havia vendido um imóvel para obter os
recursos declarados no TSE. Na quarta-feira 26, ISTOÉ perguntou a Kalil
qual seria a origem dos recursos. No email encaminhado à campanha, a
reportagem questiona que imóvel teria sido vendido, qual o valor da
venda, o nome do comprador e o cartório em que fora registrada a
negociação. Até o fechamento dessa edição, nenhuma resposta havia sido
dada. Na quinta-feira, procuradores do TRE de Minas afirmaram à ISTOÉ
que, nos próximos dias, independentemente do resultado da eleição, Kalil
e o PHS terão que justificar a origem dos R$ 2,2 milhões. “As contas da
campanha precisam ser transparentes e o eleitor tem que saber de onde
vem o dinheiro gasto pelos candidatos”, disse o procurador. “Ele pode
até vencer a eleição, mas se não comprovar a legalidade da campanha
corre o risco de não tomar posse”. Continue LENDO AQUI - DO A.AMORIM
E as escolas continuam "ocupadas".
Meus filhos já estão em outro patamar da vida e como não tenho netos, quero mais que se phodam.
Esse movimento "apartidário" conseguiu teleguiar a cabeça nada firme dessa molecada e está usando a falta de senso crítico desenvolvido e maturidade intelectual e política para satisfazer aos instintos mais burros dos tarados ideológicos da esquerda.
Após o pé na bunda que enfiaram na Jumenta, e o PT e seus satélites passaram a fazer parte da oposição, somando-se as investigações da lava jato e o vexame eleitoral da esquerda, com alguns próceres do partido na cadeia o que sobrou para os vermelhos é a manipulação da molecada.
Molecada que já vem sendo doutrinada faz algum tempo por militantes travestidos de professores que vem fazendo a cabecinha de vento dessa turminha fazendo-os acreditar que eles são revolucionários e irão mudar o mundo.
Já temos aí mais de um mês das tais "ocupações", ahh a esquerda, maquiam os nomes para dar alguma legitimidade para o movimento. Ocupação na força = invasão, simples assim.
Bem, o que pega é que meia dúzia de vagabundos treleguiados assessorados por bandidos da esquerda tmaram de assalto as escolas e os sonhos e planos da turminha do bem que quer tocar a vida.
Com as escolas invadidas em nome da educação, a única coisa que não se tem nelas é...EDUCAÇÃO, pois é, falam que o tal movimento é pela educação mas não permitem quem quer estudar de exercer seu direito a ela. Um contra senso que explicita muito bem o caráter político das invasões. Estão fazendo o serviço sujo que era do PT e que o partido já não tem mais peito de fazer abertamente sob a possibilidade de ser extirpado da política.
O pior é assistir vídeos onde repórteres vão até as escolas invadidas e entrevistam os "ativistas" é nítido que essa molecada não tem ideia de nada e porra nenhuma, são simples papagaios de repetição de seus doutrinadores, não aguentam um debate argumentativo e quando percebem que estão se expondo partem para o ataque, e começam as agressões e palavras de ordem, até os jograis dos anos 50 estão de volta. Tudo na maior modernidade da jurássica esquerda embolorada e chata pracaraleo.
É certo que parcela dessa situação é culpa dos pais, tanto de um lado quanto de outro.
O lado que está fora do movimento não se mobiliza e não cobra das autoridades o fim dessa bandalheira, e do lado dos "ocupantes", esses acreditam que seus rebentinhos são revolucionários e irão mudar o mundo. São daquela turma que passou o dever de educar para o estado.
Com a omissão da maioria e a ilusão da minoria, nada acontece e tudo fica como está.
Não tem governador ou prefeito com CULHÕES de peitar o MP e exigir um fim para essa esculhambação, não existe vontade política em pressionar em nome dos interesses dos alunos de verdade e quando o movimento perder força a conta vem para a população.
O que é pior é o tão ufanado ECA não ser colocado na mesa e cobrado dos responsáveis por essa molecada. Menores de idade, dias a fio dentro de uma escola sem a supervisão de adultos, e quando tem algum adulto é para doutrinar sem parar, estão atacando de forma cruel a formação dessa juventude, será mais uma geração perdida que em vez de crescerem como cidadãos preferem virar vagabundos ideológicos e perderem tempo precioso da vida fazendo de conta que estão na CUba dos anos 50.
Estão sendo manipulados por professores que nasceram depois da revolução CUbana, e ao final da ditadura no Brasil. Gentinha sem eira nem beira que não teve uma revolução para chamar de sua e agora se vingam do tempo phodendo a vida alheia.
O que mais me deixou perplexo foi ver ontem nos noticiários que escolas ocupadas onde deveriam ocorrer as votações do segundo turno das eleições não receberão as seções eleitorais por que os ocupantes que berram ser democráticos não querem que o exercício da democracia seja praticado em seus domínios. Até quando o estado vai se tornar refém dessa corja de aprendizes de bandidos?
Até quando o estado vai atrapalhar a vida do cidadão para não contrariar os "interesses" de uma juventude idiota que pensa ser a dona do mundo?
E os cidadãos idosos que não tem acesso a informação ou dificuldade para isso, sair em busca de saber para onde sua seção eleitoral foi transferida para atender interesses obscuros?
Resultado, em seções que serão transferidas o índice de abstenções será enorme, escrevam aí, e os democráticos estudantes novamente atrapalhando a democracia.
Mas dentro desse movimento existem outros interesses bem subjetivos, do lado dos professores a situação é comoda, não estão trabalhando e estão recebendo sem serem pressionados pelo governo como quando estão em greve, uma espécie de greve por rebote.
E do lado das prefeituras e dos estados as "invasões" são uma forma de economizar em merenda, material, luz, limpeza e segurança das escolas. Muito comodo para os dois lados.
E no meio dessa insanidade os alunos, alunos de verdade, que tem planos para a vida, que o tempo é o senhor da vida deles, que fizeram de tudo para ao final deste ano partirem para as universidades e que seus diplomas talvez só ano que vem. Como ficam esses alunos? Quem vai responder por ter atrapalhado a vida de uma imensa maioria de famílias que se esforça para dar educação e senso de ética a seus filhos e ao final são simplesmente jogados de lado por uma minoria obtusa ideologizada e maconhada que acredita que o que estão fazendo vai mudar a educação no Brasil.
Pior que vai mudar sim, para muito pior.
Alunos de ensino médio falando em PEC 241, sem ao menos terem idéia do que seja essa proposta de emenda constitucional, que a propósito foi basicamente feita no governo da Jumenta, assim como o plano de educação que eles abominam, também feito no governo que foi defenestrado.
O movimento é apartidário como pregam seus membros, porém se a Jumenta estivesse no poder a PEC e o plano de educação estariam implantados sem o pio de quem quer que seja dessa cambada.
E lá vai o Brasil mais uma vez perdendo o bonde da história...
Estamos às portas do ENEM, e aí? Essa molecada vai estar apta a fazer o exame ou tentarão melar também as provas por alegarem que como estão no movimento não tiveram tempo para se prepararem e pau no cu do resto do Brasil? Ou o ministério da educação vai dar um trabalhinho extra curricular valendo pontuação para o ENEM só para não prejudicar os valentes revolucionários de araque?
As grades das universidades públicas já foram rebaixadas o suficiente para atender a demanda dos cotistas e coitadistas alçados às universidades pelo populismo mambembe que o PT enfiou goela abaixo do país nos últimos treze anos. E com o ensino fundamental e médio que temos somados as greves e agora "ocupações" não duvido nada que em breve coloquem bolsa revolucionário com cotas em universidades públicas para atender a demanda de cretinos que estarão tão atrasados em relação a seus colegas que só chegarão ao ensino superior com os empurrões do paternalismo estatal.
Enquanto essa molecada inconsequente e burra faz de conta que está em uma revolução regada a muito sexo, drogas e doutrinação, a turminha diferenciada das escolas particulares está a todo vapor estudando e se preparando para a vida.
A satisfação dos medíocres é phoder a vida dos que estão acima deles. Simples assim.
E quando essa palhaçada acabar, ainda teremos uns dias sem aulas para recuperação de tudo o que foi destruído pela horda de taradinhos manipulados ideológicos, o estado e as prefeituras irão gastar uma verba que poderia ser usada para a melhoria do ensino em reformas e compra de tudo o que foi destruído, e o pior...ROUBADO,
E o mártir morto em uma escola invadida do Paraná é culpa do estado, a esquerda já arrumou uma maneira de jogar esse cadáver para cima do estado, e até na assembléia legislativa levaram uma agitadorazinha menor de idade para esfregar essa nova verdade na cara dos despreparados e omissos deputados.
Digo uma coisa que digo aos meus filhos, se puderem sair do Brasil para tentar a vida em um país sério e estável que o façam, nós aqui na pocilga perdemos a mão da democracia, estamos vivendo no regime democrático na hora do voto e da bandalheira na hora dos direitos civis.
Pobre país, perdendo mais uma juventude para a mediocridade, e o mundo avança intelectualmente e nós aqui brincando de faz de conta.
E eu me pego pensando o quanto ajudei na luta pelo fim dos governos militares, pelas diretas já e pela retomada da democracia. Se eu soubesse que o Brasil iria virar essa merda que está, jamais moveria uma palha para mudar o país. Phodemos o Brasil!!!
Em tempo, um país sem prêmios Nobel, sem ter uma única universidade pública ranqueada entre as cem melhores do mundo precisa urgente de reformas na educação, mas reformas sérias pensando em futuro a médio e longo prazo. Enquanto a educação for tratada como moeda de troca ou trampolim ideológico continuaremos no terceiro mundo com uma população de jumentos atrasados e metidos a espertos. Os famosos "Nem nem". E PHOD@-SE -DO O MASCATE
CONEXÃO URUGUAI: REPORTAGEM-BOMBA DE "ISTOÉ" REVELA QUE LAVA JATO INVESTIGA SE MANSÃO EM PUNTA DEL ESTE PERTENCE A LULA.
A
revista IstoÉ, que chega às bancas neste sábado quebra a frieza da
grande mídia com uma reportagem-bomba que tem como principal envolvido o
ex-presidente Lula. Desta feita, a revista traz revelações de
investigação da Operação Lava Jato que já ultrapassa as fronteiras e
chega ao Uruguai, onde o ex-presidente seria o proprietário de uma
mansão no sofisticado balneário de Punta Del Leste. O imóvel teria
entrado para o ‘patrimônio’ de Lula da mesma forma que teriam entrado o
sítio de Atibaia e o triplex do Guaruja: troca de favores, benesses e
tráfico de influência, segundo a revista IstoÉ.
Faço a transcrição da parte inicial da reportagem com link para leitura completa ao final. Leiam:
As
investigações sobre o patrimônio oculto do ex-presidente Lula
ultrapassaram as fronteiras do Brasil. Depois de identificarem ligações
do ex-presidente com imóveis suspeitos em solo nacional, como o tríplex
no Guarujá, o sítio em Atibaia e uma cobertura em São Bernardo do Campo,
procuradores do Ministério Público Federal (MPF), integrantes da
força-tarefa da Operação Lava Jato, apuram se uma mansão em Punta Del
Este, no Uruguai, pertence a Lula. A investigação foi iniciada em
agosto. O esquema seria semelhante ao adotado pelo petista para as
outras propriedades utilizadas por ele no Brasil. No modus operandi
tradicional, os imóveis ficam registrados em nome de empresários amigos.
Em troca de benesses e tráfico de influência no governo ou fora do
País, Lula se transforma no dono real desses imóveis, com poder para
deles usufruir quando bem entender, determinar quem entra e sai e até
mesmo promover caríssimas reformas, mesmo que oficialmente as
propriedades não figurem em seu nome. O que ISTOÉ revela agora é que
essa prática se repetiria no Uruguai. Neste caso, a mansão – segundo
colaboradores do Ministério Público Federal que estiveram em Punta Del
Este – pertenceria a uma offshore ligada ao empresário Alexandre
Grendene Bertelle, um dos donos da indústria de calçados Grendene e que,
no Uruguai, é proprietário de um sem-número de casarões – entre os
quais uma suntuosa casa na rua paralela à do imóvel suspeito de ter
ligações com Lula – e sócio de empreendimentos bem-sucedidos como o
Hotel e Cassino Conrad.
Esta seria a mansão de Lula no sofisticado balenário de Punta Del Este, no Uruguai. Clique sobre a imagem para vê-la ampliada e ler a legenda. |
A
casa que motiva a investigação da Lava Jato possui um terreno de 7,5
mil metros quadrados e fica localizada na Calle Timbó, conhecida por
Villa Regina, com valor estimado em US$ 2 milhões, segundo corretores
locais. A mansão adota o estilo de chalé suíço, com uma escadaria de
acesso à residência. O que mais chama a atenção é a grande área verde da
propriedade, que cerca toda a edificação. A reportagem de ISTOÉ esteve
no local na última quarta-feira 26. A mansão está vazia. Outras moradias
da região, reduto de endinheirados da América Latina que escolhem o
local para passar temporadas de veraneio, são ocupadas apenas por
caseiros.
As
informações sobre a possível propriedade de Lula no país vizinho foram
transmitidas ao MPF por um conhecido colaborador. Ele fora responsável
pelas denúncias que levaram à deflagração da Operação Lava Jato. Daí a
sua confiabilidade. No mesmo dia em que entregou documentos à Lava Jato,
esse delator narrou que vários ônibus de excursão, responsáveis por
conduzir comitivas de brasileiros pela paradisíaca Punta Del Este,
passam defronte a casa de Calle Timbó e dizem, sem pestanejar, que a
propriedade pertence a Lula. Em duas dessas visitas monitoradas, os
turistas brasileiros demonstraram revolta ao receberem a informação. Um
deles chegou a fotografar a casa de dentro do ônibus. Na última semana, o
procurador destacado para investigar o caso disse à ISTOÉ que se
encontra na fase de coleta de provas. Ele não descarta a possibilidade
de pedir a colaboração do governo uruguaio. Na Procuradoria da
República, a investigação está sendo tratada com total discrição. A
avaliação é de que, se no Brasil já é difícil caracterizar a ocultação
de patrimônio quando ele figura em nome de terceiros, em Punta del Este,
no Uruguai, torna-se ainda mais complicado puxar o fio desse intrincado
novelo. Haja vista que lá os imóveis, em geral, ficam escondidos em
offshores, dificultando o rastreamento. Procurada por ISTOÉ, a
assessoria de Lula repetiu uma versão já conhecida. Disse que o
ex-presidente não tem nenhuma casa ou conta no exterior e que todas as
propriedades dele estão em São Bernardo do Campo e são devidamente
declaradas.
ELES
TOCAM DE OUVIDO: Lula ao lado de Pedro Grandene, irmão de Alexandre:
guitarra de Lenny Kravitz doada ao Fome Zero rendeu investigação da Lava
Jato sobre destino de recurso.
|
MAIS UM MECENAS?
Se
o triplex do Guarujá está em nome da OAS de Léo Pinheiro, o sítio de
Atibaia no de Fernando Bittar e Jonas Suassuna e a segunda cobertura de
São Bernardo no de um primo do pecuarista José Carlos Bumlai, o mecenas
de Lula na mansão de Punta Del Este seria o bilionário Alexandre
Grendene. O empresário do ramo calçadista mantém relações com Lula – e
com os políticos de um modo geral. Durante o governo do petista,
Grendene obteve empréstimos subsidiados do Banco de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 3 bilhões. Esses empréstimos
estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal de Novo
Hamburgo (RS). Só para a compra da Vulcabrás, o BNDES emprestou R$ 314
milhões para a Grendene. Os irmãos Pedro e Alexandre Grendene
participaram também em 2008 de um negócio para implantação de usinas de
açúcar e álcool no valor de R$ 1,8 bilhão, com dinheiro do governo.
Integraram a negociação, além dos Grendene, a Odebrecht, o empresário
André Esteves (Banco Pactual) e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo
íntimo de Lula. CLIQUE AQUI para ler TUDO! - DO A.AMORIM
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
MPF denuncia Palocci e mais 14 por corrupção e lavagem de dinheiro
Ex-ministro é acusado de gerenciar pelo menos R$
128 milhões em propina
do PT
Por Cleide Carvalho / Katna Baran
/ Dimitrius Dantas
O Globo
Antonio Palocci é acusado de gerenciar a conta de propina paga pela Odebrecht para o PTSÃO PAULO - O ex-ministro Antonio Palocci e mais 14 pessoas foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro pela força-tarefa do Ministério Pùblico Federal. Preso em setembro passado na 35ª Fase da Lava-Jato, Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula e está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Rodolfo Buhrer / Reuters
A denúncia, porém, refere-se à obtenção, pela Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a Petrobras. Palocci, segundo os procuradores, teria interferido para que o edital de licitação para contratação de 21 sondas fosse formulado de forma a atender os interesses da empreiteira: não apenas ganhar a licitação, mas também a margem de lucro pretendida. Palocci teria consultado Marcelo Odebrecht antes da publicação do edital para verificar se ele estava adequado.
Também foram denunciados o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto; os ex-funcionários da Sete Brasil, João Ferraz e Eduardo Musa; e o executivo da Odebrecht Rogério Araújo.
Todos teriam participado do esquema que permitiu que a Odebrecht fechasse contrato para fornecer seis sondas para a Petrobras, por meio do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, do qual era sócia. A Sete Brasil era a empresa responsável pela contratação dos navios e sondas destinados à Petrobras.
O esquema teria sido o mesmo usado pela Petrobras, na diretoria de Serviços, que era controlada pelo PT. Ferraz e Musa são delatores da Lava-Jato e afirmaram, em depoimento de delação, que foi pactuado com os estaleiros o pagamento de propina no valor de 0,9% dos contratos. Do valor da propina, dois terços iam para o PT e um terço era dividido entre Renato Duque e os executivos da Sete Brasil.
Em nota, a defesa de Palocci afirmou que esperava a medida tomada pelo MPF. “Ela veicula mais uma deplorável injustiça e se mostra inepta porque não tem o menor apoio nos fatos. Palocci não é, nunca foi e jamais será o "Italiano" referido no apócrifo papelucho em que se apoia a irreal acusação, e fora essa monstruosa presunção, nenhum indício aponta em sua direção. Aliás, o codinome "Italiano" já foi anteriormente atribuído a outras três pessoas. Trata-se de um apelido em busca de um personagem”, comunicou a defesa do ex-ministro.28/10/2016
Vídeo mostra casal fazendo sexo dentro da Câmara de Guarulhos
28/10/2016 19h13
- Atualizado em
28/10/2016 19h56
Estudantes ocupam Casa desde o dia 20 em protesto contra a PEC 241.
Presidente da Câmara diz que pediu à Justiça reintegração de posse.
Do G1 São Paulo
A cena foi flagrada na manhã desta quinta-feira (27), segundo informações de funcionários da Casa. O presidente da Câmara, vereador professor Jesus Roque Freitas (DEM), disse que tomou conhecimento das imagens, mas não viu o vídeo.
Ele também afirmou ao G1 que a Procuradoria da Casa entrou com um pedido para a reintegração de posse da Câmara, também quinta, na 1ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos.
saiba mais
A Câmara de Guarulhos está ocupada por cerca de 50 estudantes
secundaristas e universitários desde o dia 20 de outubro, em protesto
contra a PEC 241, que foi aprovada na Câmara dos Deputados em Brasília e
que limita os gastos públicos da União.A cena de sexo protagonizada pelo casal ocorreu na parte superior do plenário - que é ocupada, normalmente, pelo público que acompanha as votações.
O prédio da Câmara é um antigo cinema. A parte inferior, onde os vereadores realizam as sessões, é separada da parte posterior por um vidro e também está ocupada pelos alunos.
Vídeo mostra casal fazendo sexo em cadeiras do plenário da Câmara Municipal de Guarulhos (Foto: Reprodução)
Durante a cena de sexo nas imagens, uma criança, que integra o grupo de invasores, passa ao fundo do plenário."Quando eu cheguei na Casa na quinta me avisaram que havia ocorrido isso (da cena de sexo no plenário). Eu estava entendendo a ocupação como um ato democrático. Mas a votação foi na terça e eles continuaram lá. Na quarta não saíram e então, na quinta, entramos com um pedido de reintegração de posse", disse o presidente da Câmara.
"A Câmara está parada, temos votações para fazer, e não podemos ficar ao bel prazer [dos invasores], afirmou o vereador Jesus.
"Sou professor universitário e não queria parecer autoritário, já que é um ato democrático. Mas tudo tem limites", acrescentou o vereador.
Movimento diz ser 'tentativa falaciosa'
O G1 procurou os estudantes que coordenam o movimento que ocupa a Câmara pelo Facebook para solicitar a posição do grupo em relação ao ocorrido. Eles possuem uma página oficial da ocupação, chamada "Ocupa Câmara Guarulhos".
Em nota, a Comissão de Comunicação Ocupa Câmara de Guarulhos afirmou: "não cairemos em tentativas falaciosas de deslegitimar os movimentos com fatos risíveis e sem real importância diante da atual conjuntura política".
"Primeiramente, temos que deixar claro que em nosso movimento não há um líder todas as decisões são decididas em assembleia", informaram em mensagem pelo Facebook.
Veja a íntegra da nota do movimento Ocupa Câmara Guarulhos:
"Nós, estudantes e trabalhadores que ocupamos de forma legítima e auto-organizada a Câmara Municipal de Guarulhos, viemos por meio desta nota reforçar mais uma vez a legitimidade de nossa ação, contra a PEC 55/2016 e a MP da Reforma 'empresarial' do ensino médio, e dizer que NÃO CAIREMOS EM TENTATIVAS FALACIOSAS de deslegitimar os movimentos, com fatos risíveis e sem real importância diante da atual conjuntura política e a luta travada contra o retrocesso.
Reforçamos o recado: Não tem arrego, não tirarão nossa voz!
Só a luta muda a vida.
Assinado, Comissão de Comunicação Ocupa Câmara Guarulhos". Do G1 São Paulo
Pai da adolescente “apartidária” que discursou na Assembleia do PR é militante petista ligado a Gleisi
Na quarta-feira (26), a adolescente Ana Júlia Pires Ribeiro, de 16 anos, fez um discurso a favor das invasões das escolas no Paraná. Foi em Curitiba que um estudante, também de 16 anos, foi assassinado depois consumo de drogas. A estudante, que se disse “apartidária”, é filha do militante petista fanático Júlio César Pires, ligado à senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que diariamente faz manifestações exaltadas a favor das invasões das escolas.
O discurso de Ana Júlia, que “viralizou” nas redes sociais – recebeu elogios de Lula e virou até matéria de publicações internacionais –, eximiu de qualquer culpa os estudantes que ocupam escolas e seus mentores políticos, do PT e do PCdoB, pela morte do estudante Lucas Eduardo Araújo Mota. Ela apontou um dedo acusador para a sociedade. A estudante chegou a dizer que todos os deputados tinham as mãos “manchadas de sangue”.
A acusação foi imediatamente rebatida pelo presidente da Assembleia paranaense, deputado Ademar Traiano (PSDB), que afirmou que não aceitaria ofensas nem acusações absurdas aos deputados. Traiano lembrou que a Assembleia tivera espírito democrático suficiente ao abrir espaço para que falassem na tribuna tanto os alunos que querem a desocupação, porque querem estudar e não desejam ser prejudicados e perder o Enem, quanto para os que defendem as ocupações como protesto contra as políticas do governo de Michel Temer, mas não permitiria insultos aos parlamentares.
Tanto o aluno morto quanto seu assassino, também menor de idade, eram invasores que não permitiam que a polícia e os pais de alunos entrassem na escola para ver seus filhos. Os invasores no Paraná estão sendo acobertados por adultos ligados a partidos políticos e pelo Conselho Tutelar, que nada viu de extraordinário nas invasões, apesar dos seguidos relatos de uso de drogas e orgias sexuais nas escolas ocupadas, e não recomendou ao Ministério Público que solicitasse à Justiça a reintegração de posse dos estabelecimentos educacionais.
A idealização da “apartidária” adolescente Ana Júlia, louvada como “o futuro do Brasil” em uma matéria cheia de equívocos e erros factuais na revista Forbes, e uma simpatia desmesurada por parte imprensa brasileira pelas posições da estudante, só servirá de combustível para perpetuar as invasões.
As ocupações já deixaram centenas de milhares de alunos sem aula, ameaçam a realização das provas do Enem e tumultuarão as eleições municipais do próximo domingo (boa parte dos postos de votação são em escolas ocupadas), causando prejuízos enormes ao País. DO UCHO.INFO
PF defende operação no Senado e pede perícia em maletas antigrampo
André Richter – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) defendeu hoje (28) no Supremo Tribunal
Federal (STF) a validade da investigação da Operação Métis deflagrada
pela PF na semana passada. Além de ressaltar que não investigou
parlamentares, a PF diz que precisa periciar as maletas antigrampo
apreendidas com a Polícia do Senado.O pedido dos investigadores chegou ao Supremo após a solicitação do Senado para que os equipamentos sejam devolvidos à Polícia Legislativa. A polêmica está em torno das provas que podem ser obtidas a partir da memória dos equipamentos. Os aparelhos apreendidos foram usados pelos policiais do Senado para fazer varreduras em busca de escutas ambientais nos gabinetes e residências particulares de alguns parlamentares. Sem as maletas, os senadores ficam vulneráveis a escutas telefônicas.
Na manifestação, o delegado Felipe Alcântara Leal pede a suspensão do cumprimento da decisão do ministro Teori Zavascki, que determinou a entrega imediata dos equipamentos para o Supremo.
O delegado explicou que as máquinas fazem a varredura de frequências eletrônicas e não fazem distinção entre os tipos de escuta, podendo detectar escutas autorizadas pela Justiça. Leal ainda disse ao ministro que os investigadores entenderam que não existe "foro privilegiado de prédio público". "A mera subordinação hierárquica não pode indicar desde o primeiro momento inafastável participação de parlamentar em atos investigatórios. Se fosse assim, teríamos um verdadeiro foro de prorrogativa por extensão a todos os servidores do Senado Federal", argumenta a PF.
A Operação Métis apura supostas intervenções de contrainteligência do Senado para barrar as investigações da Operação Lava Jato e foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que ordenou também a suspensão das atividades funcionais dos policiais legislativos que são investigados.
Senado
Mais cedo, o Senado pediu ao ministro Teori a devolução das "maletas antigrampo" da Polícia Legislativa. A Casa argumentou que a apreensão dos equipamentos “põe em risco a salvaguarda da atividade legislativa”
De acordo com o relatório, a falta dos equipamentos torna o Senado vulnerável. “A ausência de recursos que ampliem a segurança da informação em um momento de ajuste fiscal, reformas constitucionais e similares, eleva o risco de que informações sensíveis tornem-se acessíveis e gerem riscos sociais, econômicos e políticos”, diz o documento.
Edição: Fábio Massalli
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Tribunal rejeita pedido da defesa de Lula de suspeição do juiz Moro
Foto:
José Cruz / Agência Brasil / Agência Brasil
A defesa de Lula havia argumentado que Moro ordenou conduções coercitivas e interceptações telefônicas ilegais, além de ter levantado ilegalmente o sigilo profissional dos advogados do petista ao grampear seus telefones.
Para o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso, "a simples verificação dos pressupostos necessários à instauração de medidas cautelares não permite dizer que o julgador seja suspeito ou esteja impedido de continuar na lide". Para ele, a atuação de Moro está restrita ao cotidiano jurisdicional.
Quanto aos grampos telefônicos dos advogados do ex-presidente, Gebran afirmou que o terminal estava registrado em nome da empresa Lils Palestras, pertencente à Lula, e não de um escritório de advocacia.
A defesa do petista tentou invalidar a decisão do TRF4 por apontar o próprio desembargador Gebran como suspeito, por ter relacionamento pessoal com o juiz Moro. O recurso, no entanto, foi rejeitado pelo desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus.
Por: Agência Brasil 27/10/2016 - 18h00min | Atualizada em 27/10/2016 - 18h03min
Poder público deve cortar o ponto de servidores grevistas, decide STF
BRASÍLIA — Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu nesta quinta-feira que o poder público tem o dever de descontar
os dias parados do salário do servidor em greve desde o primeiro dia do
movimento. Embora todos os ministros concordem que a greve no serviço
público é permitida, a maioria ponderou que o Estado não deve pagar por
um serviço que não foi prestado. A ação tem repercussão geral – ou seja,
a decisão do STF deve ser aplicada por juízes de todo o país no
julgamento de processos semelhantes.
A corte admitiu exceções à regra. Se a greve tiver sido motivada por atraso do empregador no pagamento de salários, ou se ficar comprovado que o poder público não fez esforço algum para negociar com a categoria, a justiça poderá decidir que o trabalhador tem direito a receber parte dos dias parados.
A corte admitiu exceções à regra. Se a greve tiver sido motivada por atraso do empregador no pagamento de salários, ou se ficar comprovado que o poder público não fez esforço algum para negociar com a categoria, a justiça poderá decidir que o trabalhador tem direito a receber parte dos dias parados.
Formaram a maioria no STF os ministros Dias Toffoli, Luís Roberto
Barroso, Teori Zavascki, Gilmar Mendes, Luiz Fux e a presidente, Cármen
Lúcia. Por outro lado, os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Marco
Aurélio e Ricardo Lewandowski defenderam o direito de greve dos
servidores públicos com o recebimento dos salários. O corte de ponto
seria possível apenas se a justiça declarar que a paralisação é ilegal. O
ministro Celso de Mello não participou do julgamento. por Carolina Brígido
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Atualizado
Juízes protocolam representação contra Renan no Conselho de Ética do Senado
Magistrados acusam presidente da Casa de quebra de decoro por declaração sobre juiz
A base da representação é o ataque adjetivado de Renan, que se referiu ao juíz Vallisney Oliveira, que autorizou a prisão dos agentes da Polícia Legislativa, como “juizeco”. Os juízes pertencem ao grupo “ Magistratura Independente”, com 1.200 integrantes em uma rede social.
— Se havia uma irresignação do presidente Renan Calheiros com a decisão do juiz, o caminho seria o recurso às instâncias próprias, não a adjetivação que agride, diminui e ofende. Da mesma forma que o Judiciário deve respeito ao Senado, o Senado também deve respeito ao Judiciário. Nossa representação não é agressiva, é extremamente sóbria e caberá à Comissão de Ética avaliar se houve o distanciamento do decoro — disse o porta-voz do grupo, juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara de Execuções Penais de Pernambuco.
Já o juiz do trabalho de Goiás, Ronie Carlos Bento de Souza, afirma que não cabe eles, os autores da representação, indicar o pedido de cassação por quebra de decoro.
— Se vai andar ou não, e a dosimetria, é a Comissão de Ética que irá avaliar se concluir que houve quebra de decoro. Nós estamos cumprindo nossa obrigação de defender a magistratura — ressaltou Ronie Bento.
— Estamos numa época de atacar ideias, não atacar pessoas — completou o juiz Michel Coury, de Minas Gerais.
Procurado pelo GLOBO, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto de Souza (PMDB-MA), muito próximo de Renan na Casa, disse que vai decidir o que fazer depois que receber e ler a petição. Nesses casos ele tem encaminhado a análise da assessoria jurídica do Senado e depois decide se admite ou se arquiva. O fato de ter como autores juízes, segundo João Alberto, não tem um peso maior.
— O peso é normal, igual ao de qualquer outra denúncia — garante.
O prazo para o despacho sobre a admissibilidade de João Alberto é de cinco dias contados a partir do seu recebimento.
por Maria Lima
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Atualizado
‘Você decide seu futuro’, diz MEC para estudantes em campanha na televisão
Em meio a protestos contra a reforma do ensino médio, o Ministério da
Educação levará ao ar, a partir desta sexta-feira, dois comerciais de
um minuto cada. O blog obteve cópias das peças (veja
acima e no rodapé). Exibem cenas que se passam no interior de uma sala
de aula, ambiente que, em várias localidades, se encontra sob ocupação
de alunos contrários à reforma. Quem assiste aos vídeos fica com a
sensação de que os estudantes protestam contra contra si mesmos.
A lógica da reforma é resumida num bordão repetido ao final dos dois comerciais: “Agora é você quem decide o seu futuro.” Num dos vídeos, uma atriz no papel de professora ensina aos seus alunos: “O novo ensino médio vai dar mais liberdade pra você escolher as áreas de conhecimento de acordo com a sua vocação ou projeto de vida. Ou ainda optar pela formação técnica, caso queira concluir o ensino e já começar a trabalhar.”
Noutro vídeo, um estudante explica aos colegas: “Pois é, agora, além de aprender o conteúdo obrigatório, essencial para a formação de todos, […] eu vou ter liberdade de escolher entre quatro áreas do conhecimento pra me aprofundar. Tudo de acordo com a minha vocação e com o que eu quero pra minha vida. E pra quem prefere terminar o ensino já preparado pra começar a trabalhar poderá optar por uma formação técnica profissional, com aulas teóricas e práticas.”
A “professora” pinta o cenário de terra arrasada que levou à reforma: “Vocês sabiam que a última avaliação da educação mostrou que o Brasil precisa melhorar muito o ensino médio? O desempenho dos jovens em matemática e português está menor do que há 20 anos. Duas décadas, gente! E hoje já são quase 2 milhões de jovens que nem estudam e nem trabalham.” A personagem como que justifica o uso da medida provisória: “A gente precisa virar essa página. Melhorar a educação dos jovens é uma das tarefas mais importantes e urgentes no Brasil. É pra ontem!”
No vídeo estrelado pelo “estudante”, ele esclarece que a reforma, esboçada pelo menos desde o governo FHC e defendida até por Dilma Rousseff na última campanha presidencial, não saiu do bolso de nenhum colete. Referindo-se à proposta de mudança no ensino médio submetida ao Congresso, declara: “…ela foi baseada nas experiências de vários países. Países que tratam a educação como prioridade.”
É contra a perspectiva de assumir o controle sobre sua própria formação, selecionando com autonomia as matérias que irá cursar na fase final do ensino médio, que protestam os alunos que pegam em lanças contra a reforma. Ou por outra, esses estudantes ocupam as salas de aula em favor da manutenção do velho modelo, uma jabuticaba brasileira que, segundo todos os indicadores disponíveis, conduz ao desastre. Talvez devessem mudar o foco dos protestos, exigindo do governo mais clareza sobre a forma e os meios que serão utilizados para converter a reforma de comerciais de tevê em realidade. - DO JOSIASDESOUZA
A lógica da reforma é resumida num bordão repetido ao final dos dois comerciais: “Agora é você quem decide o seu futuro.” Num dos vídeos, uma atriz no papel de professora ensina aos seus alunos: “O novo ensino médio vai dar mais liberdade pra você escolher as áreas de conhecimento de acordo com a sua vocação ou projeto de vida. Ou ainda optar pela formação técnica, caso queira concluir o ensino e já começar a trabalhar.”
Noutro vídeo, um estudante explica aos colegas: “Pois é, agora, além de aprender o conteúdo obrigatório, essencial para a formação de todos, […] eu vou ter liberdade de escolher entre quatro áreas do conhecimento pra me aprofundar. Tudo de acordo com a minha vocação e com o que eu quero pra minha vida. E pra quem prefere terminar o ensino já preparado pra começar a trabalhar poderá optar por uma formação técnica profissional, com aulas teóricas e práticas.”
A “professora” pinta o cenário de terra arrasada que levou à reforma: “Vocês sabiam que a última avaliação da educação mostrou que o Brasil precisa melhorar muito o ensino médio? O desempenho dos jovens em matemática e português está menor do que há 20 anos. Duas décadas, gente! E hoje já são quase 2 milhões de jovens que nem estudam e nem trabalham.” A personagem como que justifica o uso da medida provisória: “A gente precisa virar essa página. Melhorar a educação dos jovens é uma das tarefas mais importantes e urgentes no Brasil. É pra ontem!”
No vídeo estrelado pelo “estudante”, ele esclarece que a reforma, esboçada pelo menos desde o governo FHC e defendida até por Dilma Rousseff na última campanha presidencial, não saiu do bolso de nenhum colete. Referindo-se à proposta de mudança no ensino médio submetida ao Congresso, declara: “…ela foi baseada nas experiências de vários países. Países que tratam a educação como prioridade.”
É contra a perspectiva de assumir o controle sobre sua própria formação, selecionando com autonomia as matérias que irá cursar na fase final do ensino médio, que protestam os alunos que pegam em lanças contra a reforma. Ou por outra, esses estudantes ocupam as salas de aula em favor da manutenção do velho modelo, uma jabuticaba brasileira que, segundo todos os indicadores disponíveis, conduz ao desastre. Talvez devessem mudar o foco dos protestos, exigindo do governo mais clareza sobre a forma e os meios que serão utilizados para converter a reforma de comerciais de tevê em realidade. - DO JOSIASDESOUZA
Transparência e PF investigam desvios de recursos públicos na Lei Rouanet
A Lei Rouanet foi criada no governo Fernando Collor (PTC/AL), em 1991. A legislação permite a captação de recursos para projetos culturais ppr meio de incentivos fiscais para empresas e pessoas físicas. Na prática, a Lei Rouanet permite que uma empresa privada direcione parte do dinheiro que iria gastar com impostos para financiar propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura para receber recursos.
Segundo nota divulgada pelo Ministério, o trabalho é desdobramento da Operação Boca Livre, deflagrada em junho deste ano, e resultado do aprofundamento da investigação, que apurou o envolvimento de novas empresas no esquema, que atuavam como “incentivadoras”. Foi identificada a ocorrência de fraudes como superfaturamento, serviços fictícios, projetos duplicados, utilização de terceiros para proposição de projetos e prestação de contrapartida ilícita às instituições.
As empresas investigadas financiavam os supostos projetos culturais, que eram subsidiados com os incentivos fiscais e condicionavam o patrocínio à obtenção de vantagens indevidas, como shows, exposições, espetáculos teatrais e publicação de livros. Os projetos com indicativos de reprovação de contas alcançam o montante de R$ 28,7 milhões, podendo chegar a mais de R$ 58 milhões, considerando as prestações de contas ainda em análise.
Mais de 100 pessoas, entre policiais e auditores da CGU participam da operação. Estão sendo cumprindo 28 mandados de busca e apreensão na sede de empresas nos municípios de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Campinas, Jundiaí, Barueri Cerquilho e Várzea Paulista.
Em 28 de junho de 2016, o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal deflagraram a Operação Boca Livre, para apurar desvios de recursos públicos relacionados a projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura (MinC) com benefícios advindos da Lei Rouanet. De acordo com as investigações, grupo criminoso atuou por cerca de 20 anos no órgão na aprovação de projetos que somam R$ 170 milhões. DO ESTADÃO
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