A capa da edição especial de IstoÉ sobre o segundo turno da eleição municipal de Belo Horizonte |
A
revista semanal IstoÉ, que chegou às bancas neste final de semana, teve
uma edição nacional e outra especial para Belo Horizonte, com uma
reportagem-bomba revelando que o candidato a prefeito de Belo Horizonte,
Alexandre Kalil, do PHS, não consegue explicar a origem de 2,2 milhões
que doou à própria campanha. Segundo IstoÉ, Kalil estaria iludindo o
eleitor e se apresentando como um grande gestor, mas suas empresas
desprezam os direitos dos trabalhadores e acumulam dívidas milionárias.
Além dos problemas financeiros apontados por IstoÉ, a campanha de Kalil está cercada de muitos mistérios.
É
que seu companheiro de chapa, o candidato a vice-prefeito Paulo Lamac é
um ex-petista que se bandeou para a Rede de Marina Silva, em razão da
implosão do PT em decorrrência das roubalheiras e corrupção reveladas
pela Operação Lava Jato, sendo que Lula, o chefão petista, já é réu em
três processos.
Por
baixo dos panos Alexandre Kalil tem o apoio do PT pelas mãos do
governador Fernando Pimentel. O vice na chapa de Kalil, Paulo Lamac, tem
como “padrinho” Pimentel, que o lançou na política mineira.
A
jogada no PT nessa história é a possibilidade de Lamac, no caso de
vitória de Kalil, assumir a Prefeitura. A expectativa petista é que
Kalil poderia ser condenado em segunda instância na Justiça Federal em
decorrência de processo a que responde por não ter recolhido o INSS dos
trabalhadores de suas empresas.
A
eleição em Belo Horizonte, segundo o Ibope, estaria muito equilibrada.
Houve um inusitado crescimento da campanha de Alexandre Kalil nos
últimos dias mas as mais recentes pesquisas sugerem um equilíbrio em
nível de virada a favor do tucano João Leite.
Faço
a seguir a postagem da primeira parte da reportagem-bomba de IstoÉ que
faz estremecer Belo Horizonte, com link ao final para leitura completa.
Leiam:
FANTASMAS PETRALHAS EM BH
As
mais recentes pesquisas revelam que a disputa pela Prefeitura de Belo
Horizonte (MG) chega na reta final absolutamente indefinida. Depois de
promover uma campanha marcada pela agressividade e pela absoluta falta
de compromisso com a verdade, o candidato do PHS, Alexandre Kalil,
ex-presidente do Clube Atlético Mineiro, passou a última semana
contabilizando uma enorme perda de votos. De acordo com o Ibope
divulgado na quinta-feira 27, ele perdeu dois pontos percentuais das
intenções de voto em apenas sete dias. Kalil e o tucano João Leite estão
em empate técnico. O primeiro, segundo o Ibope, soma 39% e Leite
cresceu para 36%. “É natural que logo depois do primeiro turno houvesse
um crescimento da candidatura de Kalil devido ao seu maior tempo de
exposição no horário eleitoral nesse segundo turno. Mas, nos últimos
dias, o eleitor passou a verificar que o candidato é uma fraude montada
por marqueteiros”, analisa o cientista político André Ventura. De fato,
na última semana, ficou claro que os fatos desmentem as falas do
candidato do PHS. Ele não consegue sequer explicar de onde vêm os
recursos destinados à sua campanha e até esconde o fato de receber
“clandestinamente” o apoio do PT.
BALANÇA E PODE CAIR
Nos debates
do segundo turno, o tucano desafiou Kalil a explicar a origem de R$ 2,2
milhões que ele próprio destinou à sua campanha. Trata-se de uma
quantia enorme para o dono de duas empreiteiras que se encontram
atoladas em dívidas, até com a Prefeitura de Belo Horizonte, e que
colecionam uma série de processos por continuamente desrespeitar os
direitos trabalhistas, inclusive tomando recursos dos funcionários e não
repassando-os ao FGTS e ao INSS, como denunciaram diversos antigos
empregados. Em sua declaração de Imposto de Renda, apresentada à Justiça
Eleitoral, Kalil declarou ser dono de um patrimônio avaliado em R$ 2,7
milhões, incluindo sociedade em alguns imóveis, quatro motos Harley
Davidson, um Mercedes e um Land Rover. Como poderia, então, alguém que
tem um patrimônio de R$ 2,7 milhões doar, em espécie, R$ 2,2 milhões
para a campanha? Quando indagado por João Leite, Kalil nada respondeu.
Assessores, no entanto, fizeram chegar a jornais e rádios de Belo
Horizonte que o candidato do PHS havia vendido um imóvel para obter os
recursos declarados no TSE. Na quarta-feira 26, ISTOÉ perguntou a Kalil
qual seria a origem dos recursos. No email encaminhado à campanha, a
reportagem questiona que imóvel teria sido vendido, qual o valor da
venda, o nome do comprador e o cartório em que fora registrada a
negociação. Até o fechamento dessa edição, nenhuma resposta havia sido
dada. Na quinta-feira, procuradores do TRE de Minas afirmaram à ISTOÉ
que, nos próximos dias, independentemente do resultado da eleição, Kalil
e o PHS terão que justificar a origem dos R$ 2,2 milhões. “As contas da
campanha precisam ser transparentes e o eleitor tem que saber de onde
vem o dinheiro gasto pelos candidatos”, disse o procurador. “Ele pode
até vencer a eleição, mas se não comprovar a legalidade da campanha
corre o risco de não tomar posse”. Continue LENDO AQUI - DO A.AMORIM
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