A CPI do Cachoeira tem tudo para desaguar nos negócios ocultos do
companheiro $talinácio em Angola. O bicheiro Carlos Augusto Ramos
derramou R$ 1 milhão no caixa 2 da campanha presidencial de Luiz Inácio
Lula da Silva, em 2002. A contrapartida seria o empenho de Lula em
legalizar os bingos. A revelação é de Rogério Buratti – ex-assessor e
amigo de Antônio Palocci Filho – o mesmo ex-ministro da Fazenda que foi o
sucessor do falecido Celso Daniel na coordenação financeiro da primeira
campanha presidencial vitoriosa de Lula.
Buratti dedura que o intermediário da doação oculta foi o angolano
Roberto Carlos Kurzweil. O empresário foi sócio de Artur José Valente de
Oliveira Caio e José Paulo Teixeira Cruz Figueiredo, o Vadinho, dois
bingueiros de nacionalidade angolana que foram investigados pela CPI dos
Bingos por supostamente terem doado R$ 1 milhão à campanha de Lula em
2002. O retorno da história ao noticiário – feito pelo jornalista
Cláudio Humberto – forçou Lula a deixar de lado seu tratamento
pós-câncer e baixar hoje, de emergência, em Brasília, para reforçar sua
blindagem na CPI do Cachoeira.
A tendência é que, mais uma vez, as denúncias dêem em nada. Como a
doação milionária não apareceu na contabilidade da campanha de Lula, é
como se ela não tivesse existido. Não há provas. Tudo fica no campo do
denuncismo. Na CPI, Cachoeira não deve comprometer o PT. Seu advogado
Marcio Thomaz Bastos – que opera em sintonia com Lula – não deixará que a
petralhada seja queimada. Mas se um Rogério Buratti da vida aparecer
para depor podem aparecer novas revelações sobre arrecadação de recursos
clandestinos que se transformam em dinheiro para negócios legais da
turma ligada a Lula e ao PT.
Delta em todas
A empreiteira Delta tem mais de R$ 1 bilhão em contratos com o município do Rio de Janeiro.
Tem quatro grandes contratos com a prefeitura do Rio, incluindo
estradas, viadutos, melhorias em favela, corredor de ônibus, cujo valor é
de R$ 1.027.640.154.
A Delta também faz parte do consórcio responsável pela Transcarioca,
corredor expresso de ônibus que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto
Internacional Tom Jobim, passando pela Penha, na Zona Norte, no valor
de R$ 798,4 milhões.
Jogada perigosa
É temerária a tática do governador Sérgio Cabral Filho de tentar desvincular sua imagem do empreiteiro Fernando Cavendish.
Em cinco anos e quatro meses de gestão no Estado, Cabral pagou R$ 1,49
bilhão em obras e serviços para a empresa que a Polícia Federal aponta
ter ligações com o esquema de Carlinhos Cachoeira.
Todo mundo sabe que ambos são amigos íntimos e, muito certamente, parceiros – pelo menos nas empreitadas políticas.
Cabral seria a ponte com o também amigo Eduardo Paes para que a Delta
faça grandes negócios também na Prefeitura do Rio de Janeiro.
DO ALERTA TOTAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário