terça-feira, 24 de abril de 2012

Ex-amigo de Palocci revela que Cachoeira usou angolano para doar R$ 1 milhão ao caixa 2 de Lula em 2002

A CPI do Cachoeira tem tudo para desaguar nos negócios ocultos do companheiro $talinácio em Angola. O bicheiro Carlos Augusto Ramos derramou R$ 1 milhão no caixa 2 da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. A contrapartida seria o empenho de Lula em legalizar os bingos. A revelação é de Rogério Buratti – ex-assessor e amigo de Antônio Palocci Filho – o mesmo ex-ministro da Fazenda que foi o sucessor do falecido Celso Daniel na coordenação financeiro da primeira campanha presidencial vitoriosa de Lula.
Buratti dedura que o intermediário da doação oculta foi o angolano Roberto Carlos Kurzweil. O empresário foi sócio de Artur José Valente de Oliveira Caio e José Paulo Teixeira Cruz Figueiredo, o Vadinho, dois bingueiros de nacionalidade angolana que foram investigados pela CPI dos Bingos por supostamente terem doado R$ 1 milhão à campanha de Lula em 2002. O retorno da história ao noticiário – feito pelo jornalista Cláudio Humberto – forçou Lula a deixar de lado seu tratamento pós-câncer e baixar hoje, de emergência, em Brasília, para reforçar sua blindagem na CPI do Cachoeira.
A tendência é que, mais uma vez, as denúncias dêem em nada. Como a doação milionária não apareceu na contabilidade da campanha de Lula, é como se ela não tivesse existido. Não há provas. Tudo fica no campo do denuncismo. Na CPI, Cachoeira não deve comprometer o PT. Seu advogado Marcio Thomaz Bastos – que opera em sintonia com Lula – não deixará que a petralhada seja queimada. Mas se um Rogério Buratti da vida aparecer para depor podem aparecer novas revelações sobre arrecadação de recursos clandestinos que se transformam em dinheiro para negócios legais da turma ligada a Lula e ao PT.
Delta em todas
A empreiteira Delta tem mais de R$ 1 bilhão em contratos com o município do Rio de Janeiro.
Tem quatro grandes contratos com a prefeitura do Rio, incluindo estradas, viadutos, melhorias em favela, corredor de ônibus, cujo valor é de R$ 1.027.640.154.
A Delta também faz parte do consórcio responsável pela Transcarioca, corredor expresso de ônibus que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, passando pela Penha, na Zona Norte, no valor de R$ 798,4 milhões.
Jogada perigosa
É temerária a tática do governador Sérgio Cabral Filho de tentar desvincular sua imagem do empreiteiro Fernando Cavendish.
Em cinco anos e quatro meses de gestão no Estado, Cabral pagou R$ 1,49 bilhão em obras e serviços para a empresa que a Polícia Federal aponta ter ligações com o esquema de Carlinhos Cachoeira.
Todo mundo sabe que ambos são amigos íntimos e, muito certamente, parceiros – pelo menos nas empreitadas políticas.
Cabral seria a ponte com o também amigo Eduardo Paes para que a Delta faça grandes negócios também na Prefeitura do Rio de Janeiro.
DO ALERTA TOTAL

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