As críticas à decisão de Lula de procurar o hospital privado mais caro do Brasil para se tratar, o Sírio-Libanês, e não um hospital que atende pelo SUS, não têm nada a ver com seu desejo de se salvar, mas à incoerência entre o que fez pelo SUS no seu governo e o que é o Sistema Único de Saúde. Lula poderia ter resgatado o SUS e não fez isto. Mais: é enorme a incoerência entre o presidente que disse que "o SUS é um sistema público de saúde perto da perfeição", e o ex-presidente que não quer saber dele para se tratar.
. Esta é a questão.
. Pesonalidades como FHC não gostam da discussão, mas como Lula, FHC vive noutro mundo, que é o mundo de quem só sabe desfrutar as benesses proporcionadas pelo farto dinheiro público. Do mundo real, vale mais a pena ler o que pensa gente como Luana Piovani (jornal O Sul, hoje, página 2): "Ele podia ter arrumado o SUS e não fez isto. Achava que era o melhor sistema de saúde pública do mundo e na primeira crise de saúde trata de procurar um caro hospital privado".
. Lula pode pagar o tratamento de R$ 50 mil, porque segundo seu valete Paulo Okamoto "ele tem dinheiro"... e tanmbém um Plano de Saúde milionário caríssimo e fantástico, o Global Care, que permite atendimento em casa. Foi o que lhe permitiu entrar na sexta-feira no hospital, obter o diagnóstico no dia seguinte e iniciar o tratamento dois dias depois, na segunda-feira. No mesmo Sírio-Libanês, um paciente do SUS espera 30 dias pelo diagnóstico, outros 76 dias para começar o tratamento por quimioterapia (se for radio, mais 113 dias).
- Lula sabe cuidar da própria saúde, mas durante seus oito anos de presidência, não soube cuidar da saúde do povo brasileiro.
DO BLOG POLIBIO BRAGA
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