Hoje o Valor Econômico informa que apesar de todo o silêncio do governo sobre o assunto, o adiamento do leilão do trem de alta velocidade (TAV), pela terceira vez, já é dado como certo.O governo já está fazendo duas alterações brutais no projeto, em favor dos interessados: a flexibilização de locais para a construção das estações do trem-bala e a adequação dos processos de transferência tecnológica, que agora será definida com o consenso do governo e o consórcio construtor, e não mais uma decisão unilateral do poder público, como cantarolou o governo, inicialmente. Mas a bomba maior não é essa. Embora as cinco maiores construtoras do país - Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão - não confirmem, há uma expectativa de que elas entrem juntas no negócio, formando um único bloco. Obviamente, vencerão a concorrência contra qualquer outro grupo. A obra está orçada em R$ 33,4 bilhões pelo governo, embora a fatura estimada pelo mercado ultrapasse R$ 50 bilhões. Se o consórcio acima for homologado, não há dúvida alguma que será o verdadeiro trem da alegria dos maiores doadores do PT, com direito a financiamento total do BNDES.
Depois de 5 aeroportos, Dilma privatiza 45 portos. Está bom assim ou quer mais do que 50 privatizações em 6 meses?
Privatizar é bom, desmonta o discurso mentiroso e caquético do PT, mas não "a la loca". Depois de decidir que cinco grandes aeroportos serão entregues á iniciativa privada, o governo federal resolve privatizar quarenta e cinco portos de uma só tacada, sem informar qual o plano que existe por trás disso, em termos estratégicos. Onde está a revisão do Plano Nacional de Logística e Transportes? Quanto das metas previstas para o período 2008 a 2011 serão cumpridas? Quanto foi efetivamente investido pelo PAC nesta área? O Brasil assiste, mais uma vez, uma cessão do patrimônio nacional às escuras, sem nenhum debate com quem produz e comercializa no Brasil.
No ciclo de privatizações dos governos tucanos, houve o máximo de cuidado para impedir uma cartelização de setores, como na telefonia. Agora as agências reguladoras estão desmontadas, entulhadas de companheiros incompetentes, perderam completamente a credibilidade. Vejam o perigo nos portos: "Quem vencer vai administrar e operar tudo dentro do porto, com a supervisão da Antaq", explicou ao Estado o diretor da agência, Tiago Lima.
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