Anúncio foi feito nesta quinta-feira (6); 'medida pretende priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário', conforme a Polícia Federal (PF).
A Polícia Federal (PF) encerrou o grupo de trabalho exclusivo da
Operação Lava Jato em Curitiba. Agora, a equipe fará parte da Delegacia
de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). A medida
também será adotada para a Operação Carne Fraca. A decisão foi
confirmada nesta quinta-feira (6) em nota enviada à imprensa, após reportagem do site da revista Época.
A PF afirmou que a mudança pretende "priorizar ainda mais as
investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o
aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de
dinheiro e facilita o intercâmbio de informações".
De acordo com a PF, essas investigações passam a ter 70 policiais. A
Polícia Federal afirmou que, nestes mais de três anos de Operação Lava
Jato, a equipe chegou a ter 50 policiais.
A iniciativa, conforme divulgado, partiu do delegado Igor Romário de
Paula, que é o coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, e foi
acatada pelo Superintendente Regional da Polícia Federal, delegado
Rosalvo Franco.
Para a instituição, a medida aumenta o efetivo especializado no combate
à corrupção e lavagem de dinheiro e também facilita o intercâmbio de
informações.
"Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na
Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será
reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais", diz
trecho da nota.
A polícia ainda reforçou que "trabalha arduamente para o êxito das
investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o
esclarecimento dos crimes investigados". De acordo com a PF, as duas
investigações
A PF ressaltou ainda que as investigações da Operação Lava Jato não se
concentram apenas em Curitiba, com ramificações no Distrito Federal e
outros dezesseis estados.
Veja a íntegra da nota abaixo:
"Sobre a nota “PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em
Curitiba”, veiculada no portal da revista Época, a Polícia Federal
informa:
1. Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato
possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o
Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a
Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior
potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo
especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o
intercâmbio de informações;
3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na
Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela
será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;
4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;
5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao
Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador
da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente
Regional, delegado Rosalvo Franco;
6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com
resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações
oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro,
Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do
Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores,
ex-integrantes da Operação Lava Jato;
8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;
9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as
investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram
somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros
dezesseis estados;
10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem
partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações,
garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento
dos crimes investigados.
Divisão de Comunicação Social"
Equipe reduzida
Em maio deste ano, durante a coletiva de imprensa a respeito da 41ª
fase da Lava Jato, o delegado da Igor Romário de Paula, coordenador da
operação no Paraná, falou sobre a dificuldade em relação à quantidade de pessoas na equipe.
“Com o número que a gente tem hoje, é muito difícil dar continuidade
para o trabalho da forma satisfatória, como sempre foi”, disse ele à
época.
Ele disse, na mesma coletiva de imprensa, que não via nenhum indício de
tentativa de barrar a investigação em Curitiba e que o ocorria era a
descentralização da operação. "Fica difícil os estados ficarem cedendo
gente para cá", afirmou.
Poucos dias antes, a PF havia se manifestado em nota sobre a redução de
profissionais na força-tarefa no estado. De acordo com a polícia,
diante do elevado número de operações que tem sido deflagrado, o
contingente de policiais precisou ser readequado.
“Como é de conhecimento público, outras inúmeras operações de grande
envergadura estão em andamento em vários estados. Diante desse cenário, o
contingente de policiais federais especializados no combate à corrupção
e lavagem de dinheiro em todo o país tem sido readequado, de acordo com
as demandas de todas as unidades da PF, o que inclui a Superintendência
Regional no Paraná”, dizia trecho da nota.DO G1
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