Um incêndio florestal deixou ao menos 19 mortos, 21 feridos e dois desaparecidos neste sábado (17) no vilarejo de Pedrógão Grande, no centro de Portugal.
"Temos a confirmação de 19 mortos, todos civis. Três faleceram por inalação de fumaça e 16 calcinados em seus carros quando foram cercados pelas chamas na estrada entre Figueiro dos Vinhos e Castanheira de Pêra", informou o secretário do Interior, Jorge Gomes.
Alguns dos mais de 330 bombeiros que tentavam combater as chamas ficaram feridos e veículos da corporação foram destruídos. As causas do incêndio, que começou por volta das 14h (10h em Brasília), não estão claras.
O presidente da Câmara municipal, Valdemar Alves, anunciou que as autoridades tentaram retirar os residentes das áreas mais afetadas, mas que algumas vilas estavam "em muito perigo, completamente cercadas" pelas chamas. Ele também reclamou da falta de bombeiros para apagar o fogo.
O presidente Marcelo Rebelo de Souza viajou ao local do incêndio e disse que os bombeiros são "verdadeiros heróis". "Não era posível fazer mais. Há situações que são imprevisíveis, e quando acontecem não há prevenção possível."
O distrito de Leiria, onde fica Pedrógão Grande, decretou estado de emergência. O vilarejo tem cerca de 4.000 habitantes e fica a 200 quilômetros de Lisboa.
"Este incêndio é algo de anormal nos incêndios que têm ocorrido em Portugal", disse Jaime Marta Soares, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses.DA FOLHA
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