Em artigo publicado no jornal paranaense Gazeta do Povo,
Rodrigo Constantino afirma que o tema da imigração foi crucial para a
vitória de Donald Trump. Obama, por sua vez, permitiu a imigração
descontrolada, de olho nos votos e na mão de obra barata:
Se houve um tema
crucial na vitória de Trump, foi o da imigração. Talvez nada demonstre
melhor o abismo existente entre a elite “progressista” e o povo de carne
e osso. Enquanto o imigrante, para essa elite, é uma abstração
distante, um eleitor em potencial, ou então a babá e o jardineiro
latinos, para o trabalhador de classe média ele pode ser o que rouba seu
emprego numa competição desleal, um fardo pelo aumento de impostos para
sustentar os benefícios estatais, o vizinho estranho que não aceita
assimilar a cultura local ou até um criminoso em potencial.
O livro mais
influente sobre o assunto, que ajudou a definir o resultado da eleição, é
Adios, America!, de Ann Coulter. O livro tem 100 páginas só de notas,
ou seja, está repleto de dados muitas vezes ignorados pela grande mídia.
Ele ataca abertamente a crescente latinização e islamização da América.
Sua tese central é de
que a esquerda deliberadamente abriu as fronteiras do país para
permitir a entrada de milhões de imigrantes, em especial de mexicanos,
sem critério algum, sem filtrar minimamente pela capacidade de produção
dessas pessoas, atraindo o que há de pior em termos de habilidades, de
olho apenas na mão de obra barata e nos votos. Ou seja, a América
estaria sendo transformada num típico país de terceiro mundo, e quem
ousar questionar esses rumos será logo acusado de “xenófobo” e
“preconceituoso”.
Como a imprensa se
recusa a debater honestamente o tema, as pessoas ficam no escuro,
desconhecem o que está em jogo. Coulter busca eliminar esse hiato,
esfregando na cara do leitor inúmeros casos e estatísticas que montam
uma narrativa bem assustadora: os Estados Unidos estariam sendo
invadidos por uma praga que vem destruindo seus valores mais básicos,
que ajudaram a fazer da nação o relativo sucesso que é hoje, a ponto
justamente de atrair essa multidão toda.
Imigrantes legais e
ilegais que nem sequer aprendem o inglês, que rejeitam aquilo que a
América representa, conseguem não só permanecer no país como conquistar
“direitos”, distribuídos de forma irresponsável pela esquerda de olho
nos votos. Vale notar que 80% dos latinos votam nos democratas e apenas
20%, nos republicanos. Se a classe média americana se recusa a eleger a
esquerda, então a esquerda vai inundar o país de imigrantes e vencer na
marra. A menos que surja um Trump no caminho.
Muitos repetem que a
América foi moldada por imigrantes, mas ignoram que, em sua maioria,
eram europeus em busca de oportunidades, não do “welfare state”. Não dá
para negar que, na média, a qualidade desse imigrante se deteriorou
bastante. Os Estados Unidos parecem ter se tornado o destino final de
todos os “refugiados” do mundo, todos os ignorantes sem formação que a
elite culpada precisa defender, com recursos alheios, para se sentir
moralmente superior.
Não há país decente,
porém, que não tenha uma política de imigração, filtrando quem pode
viver no país. O “progressista” Canadá, a Suécia, a Austrália, todos
selecionam quem pode ou não viver dentro de suas fronteiras. Mas a
América virou a casa da Mãe Joana, e o discurso sensacionalista fala em
construir pontes em vez de muros, como se fosse um absurdo tentar
estancar a entrada descontrolada de imigrantes ilegais que, depois,
custam uma fortuna para o pagador de impostos e elevam as taxas de
criminalidade.
Como disse, o livro
contém muitos dados desconhecidos por aqueles que adotam um discurso
fácil a favor da imigração irrestrita, acusando de xenofobia quem
resolve questionar o modelo atual. Não cabe aqui listar todos os fatos,
muitos deles chocantes. Mas recomendo a leitura, pois esse é um tema
extremamente relevante, e que infelizmente tem gerado bem mais calor do
que luz. DO O.TAMBOSI
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