Sintomaticamente, Aécio prepara um ciclo de viagens para o início de dezembro. Deve passar por Pernambuco no dia 8, pela Bahia no dia 9 e pelo Espírito Santo no dia 10. De resto, Aécio articula com o aliado Sérgio Guerra, presidente do PSDB, uma agenda de viagens aos municípios onde o partido dispõe de candidatos bem postos. Na opinião de FHC, deve-se sobretudo ao vazio proporcionado pela inação de Aécio a sobrevida da candidatura presidencial de José Serra. FHC enxerga em Serra, por exemplo, credenciais para fazer incursões no debate sobre a degradação moral da política. Costuma dizer que sempre houve corrupção na política. Mas acha que, agora, subverteu-se a ordem das coisas: há política na corrupção. Dito de outro modo: hoje, a corrupção, por abundante, prevalece sobre a política, ofuscando-a. “O Serra é duro o bastante para romper com isso”, acredita. O que se esconde sob os comentários de FHC é, em essencia, uma ponta de decepção com Aécio. Nas pegadas da derrota de Serra para Dilma Rousseff, na eleição presidencial do ano passado, FHC dissera que a fila do PSDB andara. Seria a vez de Aécio. Daí o desapontamento. Na avaliação de FHC, Aécio como que desperdiça sua hora.
DO BLOG DO JOSIAS DE SOUZA
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