Luciana Nunes Leal, de O Estado de S.Paulo
RIO - Depois de três horas de manifestação por melhores salários para professores e servidores e mais verbas para a educação, alunos de escolas técnicas e do colégio Dom Pedro II se dispersaram enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) participava da solenidade de abertura da XV Bienal Internacional do Livro, no Riocentro, na capital fluminense. Os alunos, que gritavam muitas palavras de ordem, não pouparam nem o escritor e cartunista Ziraldo, um dos convidados da solenidade. Vaiado e xingado pelos estudantes, Ziraldo reagiu: "Nunca estive contra vocês. Desde quando sou contra vocês?", reagiu o cartunista.
Houve um ligeiro tumulto, depois de iniciada a cerimônia, e os estudantes, que foram mantidos a uma distância de 100 metros do auditório onde estava a presidente, deixaram o pavilhão cinco ao serem informados de que uma comissão de estudantes, professores e pais de alunos, foi recebida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.
Projeto. Em discurso, a presidente Dilma anunciou o lançamento do programa de livros populares. Com investimento de R$ 36 milhões do Fundo Nacional de Cultura, o projeto pretende viabilizar a venda de livros a R$ 10 para leitores de baixa renda.
Mais cedo nesta quinta-feira, 1º, um ruidoso grupo de cerca de 250 estudantes do ensino médio e de cursos técnicos esperava a presidente na entrada do pavilhão do Riocentro. Com cartazes e bandeiras, os alunos protestaram e gritaram palavras de ordem por mais recursos na educação. "Ei, Dil-má, cadê a educação?", "Estudantes na rua, Haddad a culpa é sua", diziam algumas faixas abertas pelos manifestantes na entrada do pavilhão cinco.
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