Por Gerhard Erich Boehme
Não faltarão críticas e denúncias contra este que agora ocupa tão importante Ministério. Não apenas pelo seu passado em defesa do Foro São Paulo e dos narcotraficantes lá abrigados. Mas é de assustar tal decisão – o tempo dirá – e se ela sairá caro para os brasileiros. Muito se escreve hoje dizendo que se trata do homem errado no lugar errado. A presidente Dilma errou por entregar o Comando do Ministério da Defesa a quem passou os últimos oito anos nos subjugando ao Foro de São Paulo e aos interesses da esquerda sul-americana, nos impondo um viés ideológico ‘bolivariano’ à diplomacia brasileira, com o agravante de ter sido um fracasso total.
Entre os inúmeros fracassos até então podemos citar as razões que deveriam levá-lo ao ostracismo.
O apoio e a defesa de Ahmed Ahmadinejad, a identificação com a Cuba dos irmãos Castro, e a confraternização com a Venezuela de Hugo Chávez, configuraram uma política que "contrariou princípios e valores" das Forças Armadas e os interesses do povo brasileiro. E Dilma errou por nomear um egresso do Itamaraty para cuidar dos assuntos militares, aparentemente, alheia à verdade elementar de que a função do soldado começa quando se esgota a do negociador. A guerra pode ser a continuação da política por outros meios, mas há um abismo entre a mentalidade de um general e a de um diplomata. Essas duas áreas cruciais do Estado devem se articular nas circunstâncias necessárias. Mas as culturas profissionais inerentes a uma e a outra são distintas, quando não, distantes. Essa questão de fundo continuaria a existir fosse o escolhido de Dilma um ex-chanceler que tivesse se pautado pelo interesse nacional como o interpretam os militares. Com um ideólogo do socialismo comunista soviético, então, é brincar com fogo. Ele é do tipo certo de quem apaga o fogo jogando gasolina.
E o mais triste e ao mesmo tempo incongruente é ver o esforço deste grupo em buscar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Assim nunca o Brasil o fará por merecer. E agora, com a escalada do tráfico de drogas e armas pela Bolívia, onde o presidente-aimará, cria do Foro de São Paulo e para cuja vitória o ex-Ministro Celso Amorim muito contribuiu, como se dará a defesa de nosso território e de nosso povo?
As fronteiras continuarão abertas ao tráfico de drogas, armas, veículos roubados, etc.?
Abraços,
Gerhard Erich Boehme
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