Leiam o que vai abaixo. Volto em seguida:
Por Robson Bonin, do G1:
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), conversou com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira (1º) e disse ao G1 que “pediu desculpas” pelas denúncias realizadas pelo irmão dele, Oscar Jucá Neto, em entrevista publicada pela revista “Veja” na edição do final de semana.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), conversou com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira (1º) e disse ao G1 que “pediu desculpas” pelas denúncias realizadas pelo irmão dele, Oscar Jucá Neto, em entrevista publicada pela revista “Veja” na edição do final de semana.
O irmão do líder do governo, mais conhecido como “Jucazinho”, foi exonerado da diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) depois de autorizar - sem a permissão e com verba que não serviria para tal finalidade - um pagamento para uma suposta empresa de fachada. Alegando ter sido vítima de uma armação, Jucazinho disse à revista que existe um esquema de corrupção envolvendo o Ministério da Agricultura e o titular da pasta, Wagner Rossi. Segundo Jucazinho, o PMDB, partido do seu irmão e do ministro, teria transformado o ministério em uma “central de negócios”.
“Participei da reunião de coordenação nesta manhã e, ao final, conversei com a presidente Dilma, expliquei o episódio, pedi desculpas, marquei minha posição contrária à entrevista do meu irmão e prestei solidariedade ao ministro Wagner Rossi. A presidente ouviu e disse que está tudo bem”, disse Jucá ao G1.
Na entrevista à revista, o irmão de Jucá relatou um suposto “acerto” no atraso do pagamento de R$ 14,9 milhões em dívidas à Caramuru Alimentos, empresa de armazenagem de grãos. Segundo ele, o acerto aconteceria porque representantes da Conab queriam aumentar o valor para R$ 20 milhões. Desse total, R$ 5 milhões seriam repassados por fora. Jucá disse que não autorizou o pagamento.
Jucá foi exonerado do cargo de diretor da Conab nesta quarta-feira (27). Ele é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). A exoneração ocorreu após a revista “Veja” publicar há duas semanas que Osmar Jucá teria autorizado um pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa de propriedade de um sem-teto, em Brasília.
Convocação
Diante das acusações feitas pelo irmão do líder do governo, a oposição no Senado anunciou nesta segunda a apresentação de requerimentos para convocar o ministro da Agricultura a fim de explicar no Congresso as denúncias envolvendo a pasta. O pedido será feito junto à Comissão de Agricultura do Senado. “Todos os requerimentos foram preparados no fim de semana e serão apresentados nesta segunda. Estamos diante de um modelo promíscuo em que a corrupção se instalou em todas as áreas do governo, tanto no primeiro quanto no segundo escalão. O ideal seria constituir uma CPI [comissão parlamentar de inquérito] da corrupção, mas sabemos das dificuldades”, disse Dias.
Diante das acusações feitas pelo irmão do líder do governo, a oposição no Senado anunciou nesta segunda a apresentação de requerimentos para convocar o ministro da Agricultura a fim de explicar no Congresso as denúncias envolvendo a pasta. O pedido será feito junto à Comissão de Agricultura do Senado. “Todos os requerimentos foram preparados no fim de semana e serão apresentados nesta segunda. Estamos diante de um modelo promíscuo em que a corrupção se instalou em todas as áreas do governo, tanto no primeiro quanto no segundo escalão. O ideal seria constituir uma CPI [comissão parlamentar de inquérito] da corrupção, mas sabemos das dificuldades”, disse Dias.
Voltei
Vamos ver. Romero Jucá (RR) é líder do governo no Senado. Pertence ao PMDB, mesmo partido do ministro da Agricultura e do vice-presidente da República. Oscar, um de seus irmãos, era diretor da Conab justamente por ser… seu irmão! Está na cota do líder e do partido. Ou seja: trata-se de uma ação entre amigos e irmãos… Exonerado, o homem sai atirando e acusa ninguém menos do que o ministro de lhe ter oferecido propina, não sem antes o próprio Jucá-chefe ter telefonado para Michel Temer: “Eu vou te foder”. Recorria naturalmente a uma metáfora. Queria dizer: “Vou prejudicá-lo, vou retaliar, vou reagir”. Faço essa ressalva para o leitor não confundir certos ambientes de Brasília com um lupanar em razão do vocabulário dessa gente.
Vamos ver. Romero Jucá (RR) é líder do governo no Senado. Pertence ao PMDB, mesmo partido do ministro da Agricultura e do vice-presidente da República. Oscar, um de seus irmãos, era diretor da Conab justamente por ser… seu irmão! Está na cota do líder e do partido. Ou seja: trata-se de uma ação entre amigos e irmãos… Exonerado, o homem sai atirando e acusa ninguém menos do que o ministro de lhe ter oferecido propina, não sem antes o próprio Jucá-chefe ter telefonado para Michel Temer: “Eu vou te foder”. Recorria naturalmente a uma metáfora. Queria dizer: “Vou prejudicá-lo, vou retaliar, vou reagir”. Faço essa ressalva para o leitor não confundir certos ambientes de Brasília com um lupanar em razão do vocabulário dessa gente.
Pois bem. Qual é a conseqüência? O governo decidiu silenciar. Wagner Rossi, o ministro, que eu saiba, até agora, não decidiu nem mesmo processar Oscar Jucá. Romero, chefe político do irmão, pediu desculpas à presidente. E pronto!
Venham cá: se foi Oscar quem fez a acusação, por que as desculpas foram pedidas por Romero? Se um acusa e o outro pede desculpas, a denúncia deixa de existir? Se Romero fala agora por Oscar, Oscar estava antes falando por Romero?
REV VEJA
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