O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, defendeu o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, acusado de cometer irregularidades na gestão do órgão, e disse que a demissão dele não está decidida - Pagot saiu de férias assim que a presidente Dilma Rousseff (PT) afastou a cúpula do Ministério dos Transportes, ligada ao PR. "Até agora, a única pessoa contra quem não apareceu nenhuma denuncia efetivamente é o Pagot", afirmou ao Valor o ministro antes do congresso nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, na sexta-feira.
À base aliada, Dilma fez circular a informação de que pretende demitir o diretor, que na semana passada foi ao Congresso se defender das denúncias. Antes ameaçando entregar petistas envolvidos no suposto esquema, ele não acusou ninguém e ainda fez elogios à presidente, o que a oposição atribuiu a acordo com o governo. "Ele não falou nada porque não tinha o que falar, é inocente", sustentou Carvalho, que negociou o afastamento do diretor. Segundo Carvalho, Dilma decidiu afastar a cúpula dos Transportes "por prudência", depois de saber que "as denúncias não eram vazias". Entretanto, ainda de acordo com o ministro, os afastados podem voltar se não for provada irregularidade. "A palavra que ela [Dilma] nos deu foi de que o Pagot gozasse das suas férias e na volta ela vai tomar a decisão [sobre se vai demiti-lo]", disse.
Também presente ao evento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi outro a defender as apurações. O ex-ministro Alfredo Nascimento (PR), que tem o filho investigado por contratos com a pasta e é presidente nacional do PR, estava no cargo desde 2004, durante o governo Lula. "Não importa de quando foi a denúncia, o que importa é que ela seja investigada", disse o petista. (Do Valor Econômico)
Nenhum comentário:
Postar um comentário