terça-feira, 28 de junho de 2011

Mercadante diz que nota de Veloso nega acusação. Bem, não é verdade!

Aloizio Mercadante, um dos chefões dos aloprados, segundo o petista Expedito Veloso, afirmou ontem, ao falar com a imprensa, que Veloso emitiu uma nota negando tudo. Lamento! Não é verdade. O homem que atuou na “área de inteligência” dos aloprados mandou a tal nota para o meu blog, publicada na seção de comentários. Eu a tenho aqui. Além de ter confirmado em entrevista o conteúdo da gravação que VEJA pôs no ar, ele NÃO NEGA COISA NENHUMA em sua nota. Querem ler? Pois não:
Nota a Imprensa
Em relação à materia intitulada “A confissão do aloprado”, veiculada na revista Veja de 22 de junho, quero esclarecer que:
1. Nas investigações sobre o episódio de 2006 citado pela revista, fui totalmente inocentado, ficando claro que minha participação foi meramente técnica, de análise de documentos, com base em minha experiencia como bancário.
2. Como está registrado na matéria, nunca participei de qualquer questão que envolva dinheiro ou recursos de campanha, nem citei nomes, sendo de estrita responsabilidade do reporter as afirmações que constam da matéria.
3. Na conversa de poucos minutos que tive com o jornalista Hugo Marques, no dia 16.06.2011, deixei claro que não falaria mais sobre o assunto, visto que já foi exaustivamente investigado pela Policia Federal, pelo Ministério Público e por Comissão Parlamentar Mista de Inquérito no Congresso Nacional.
4. Quanto a “Nota de Esclarecimento” da Ex-Senadora Serys Slhessarnko de 23.06.2011 confirmo nossa conversa e afirmo que o conteúdo refere-se ao que consta do meu depoimento na Policia Federal.
Expedito Veloso
Então vamos ver, número por número:
1 - Sim, a participação de Expedito foi “meramente técnica”. Em entrevista à VEJA, ele afirmou que cumpria uma tarefa política.
2 - Na entrevista à revista, ele não citou nomes. Citou na gravação que está no ar. E disse que confirmava o seu conteúdo.
3 - Sim, na entrevista, ele afirmou que não queria mais falar sobre o assunto. Mas não tem querer de Veloso. Quem agora quer é a lei. Quando se fez a investigação, não se tinha a confissão do companheiro.
4 - Ele confirma a conversa com a ex-senadora Serys Slhessarenko. Nesse particular, então, reafirma a participação do petista Carlos Abicalil — atualmente secretário de Educação Especial do MEC —, cotado para ser o segundo de Ideli Salvatti nas Relações Intitucionais. Ideli é aquela, apurou VEJA, que participou de reunião com os aloprados no gabinete de Mercadante e chegou a manipular os falsos documentos da farsa.
Como se vê, não é verdade que a nota de Veloso tenha negado tudo. Ela não negou nada.
Por Reinaldo Azevedo
REV. VEJA

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