sexta-feira, 17 de junho de 2011

Camões agradece: Haddad anuncia disposição de deixar o governo

Não é que não possa piorar. Em matéria de petismo, sempre pode, como vimos nas últimas mudanças. Mas o fato é, em si, uma boa notícia: Fernando Haddad, o ministro da Educação, pensa em deixar o governo. Vamos bater palmas! Pode sair! Não sem antes corrigir o verso de Os Lusíadas, violentados por aquele instituto federal do Rio Grande do Norte, que mantém sua boçalidade no ar sem nem mesmo ter a dignidade de fazer uma correção. Leiam trecho da reportagem de Vera Magalhães, na Folha:
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse a dirigentes do PT nas últimas semanas que está disposto a ser candidato a prefeito de São Paulo. Afirmou ainda que, mesmo que isto não ocorra, planeja deixar o governo Dilma Rousseff. Haddad não deu prazos para a eventual saída do Executivo. Nas conversas, disse apenas que tinha a sensação de que a sua missão à frente do MEC estaria cumprida. Ele fez um balanço de realizações positivas, mas disse que estaria na hora de alguém com “ideias novas” para o MEC. Ele foi mantido no cargo por Dilma a pedido de Lula e enfrentou sucessivos desgastes na pasta neste ano.
A disposição de Haddad de ser candidato e de deixar o governo foi confirmada à Folha por dois dirigentes do PT, um deputado, um senador e um ministro, sob a condição de anonimato. Já a assessoria de Haddad diz que ele está “trabalhando normalmente”. Procurado pela Folha, ele não quis falar sobre o assunto. “Que ele quer ser candidato, isso ele quer”, disse o ministro, que acompanha a movimentação eleitoral do PT.
Mas Haddad não gostaria de enfrentar prévias. Pretende ser candidato de consenso, a partir da indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De início descrentes na convicção de Lula, os petistas agora acham que ele insistirá no ministro. O apoio se daria a despeito de incidentes no MEC que contribuíram para arranhar sua imagem -como as falhas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os problemas em livros didáticos aprovados pela pasta e a polêmica do kit anti-homofobia.
Nas conversas sobre 2012, Lula tem repetido a tese de que é preciso um nome novo, com boa capacidade de penetração na classe média. Resta ao ministro conquistar apoio na base partidária. “O Haddad quer a liberdade de solteiro e a segurança de casado, com o dedaço do Lula”, diz um deputado federal. Aqui
Por Reinaldo Azevedo

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