quarta-feira, 11 de maio de 2011

Greve de PMs e bombeiros paralisa aeroporto de Alagoas Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/05/11/greve-de-pms-bombeiros-paralisa-aeroporto-de-alagoas-924432216.asp#ixzz1M54DvyKM © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

Reprodução de imagem GazetaWeb/Filiada TV Globo
MACEIÓ - Uma greve de 48 horas dos policiais militares de Alagoas paralisou o aeroporto internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió, nesta quarta-feira. Não há decolagens e os voos estão sendo desviados para os aeroportos de Pernambuco, Sergipe e Salvador. Os voos foram suspensos porque não há bombeiros no aeroporto. A Infraero requisitou uma equipe do grupamento de incêndio da Bahia, que deve seguir para Alagoas enquanto os bombeiros estiverem em greve. Os PMs só devem retornar ao trabalho na sexta-feira.
Os policiais civis estão em greve há duas semanas e a crise na segurança pública de Alagoas piorou ontem, depois que os deputados estaduais aumentaram os próprios salários em 109%, derrubando um veto de janeiro do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), contrário ao aumento. O salário de cada um dos 27 deputados passou de R$ 9.600 para R$ 20 mil. A votação foi secreta e apenas um deputado votou contra. Eram esperados dois votos contra, da oposição, o que não ocorreu.
Na tarde desta terça-feira, os PMs resolveram cruzar os braços por dois dias e os bombeiros, que também são PMs, aderiram. No 1º Gupamento Bombeiro Militar, localizado no bairro do Tabuleiro do Martins, apenas dois homens estão de serviço. Os outros 10, que deveriam estar na escala, cruzaram os braços. No aeroporto, os bombeiros simplesmente não apareceram.
- Pousar ou não no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares é uma decisão que só cabe ao comandante da aeronave. As normas internacionais exigem que um avião só pouse com uma equipe do Corpo de Bombeiros a postos, para agir numa necessidade. Entretanto, se um comandante decidir pousar, a responsabilidade é dele - disse Adilsom Pereira, superintendente da Infraero em Alagoas.
Nesta terça-feira, os policiais militares ameaçaram invadir a Assembleia Legislativa do estado. Uma bomba de efeito moral rachou um vidro do prédio. O clima é de animosidade depois que a Secretaria de Comunicação do governo de Alagoas divulgou uma nota classificando os PMs como "vândalos".
Em entrevista a Rádio Gazeta de Alagoas, na manhã desta quarta-feira, o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, major Wellington Fragoso, informou que uma grande parte dos bombeiros aderiu ao movimento de paralisação de 48 horas, decretado em assembleia na tarde de ontem.
- Quero dizer que não somos vândalos, e sim, trabalhadores lutando por seus direitos. Vândalo é aquele que desrespeita a democracia, que desrespeita os direitos do trabalhador, que não cumpre as decisões judiciais. É preciso deixar claro à população que nós não queremos causar o caos em Alagoas. Pelo contrário, nosso objetivo é acabar com o caos que se instalou aqui - disse Fragoso.
O governo do estado deve divulgar uma nova nota, mas ela ainda está sendo elaborada. A nota anterior não teria passado pelo crivo do governador.
Apenas 30% das delegacias de Alagoas estão funcionando e os policiais civis pedem aumento de salário. Ele querem equiparação com os delegados em início de carreira, que recebem R$ 7 mil. Os policiais militares querem o cumprimento de um plano de cargos e carreiras, que também deve resultar em aumento salarial.
o globo

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